sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Ricardo Gomes já sabe que não ficará no São Paulo em 2017. E repassa a culpa pelo fracasso à diretoria, à preparação física, à saída de jogadores. Não será surpresa se um novo treinador assumir o clube ainda neste Brasileiro. O nome de Roger, ex-Grêmio, é repetido diariamente no Morumbi...

Ricardo Gomes já sabe que não ficará no São Paulo em 2017. E repassa a culpa pelo fracasso à diretoria, à preparação física, à saída de jogadores. Não será surpresa se um novo treinador assumir o clube ainda neste Brasileiro. O nome de Roger, ex-Grêmio, é repetido diariamente no Morumbi...




Ricardo Gomes já sente que não seguirá no São Paulo em 2017. Não tem apoio do executivo de futebol, Marco Aurélio Cunha. Conselheiros não param de insistir com Leco. Consideram a escolha errada. E falam isso abertamente. Em todas as reuniões. O presidente pede paciência. Insiste que faltam 11 rodadas para acabar o Brasileiro. Na coletiva de imprensa, Gomes tentou mostrar seu desdém com a situação. Típica reação de quem sabe que não seguirá no clube. E repassou a culpa a Leco. "Não sou vítima, é um momento complicado de um grande clube. A Libertadores tem um peso para o São Paulo pelo número de conquistas. Teve uma ressaca, falei isso há um mês. Além disso, perdemos jogadores importantes." O treinador já tentou desviar o foco reclamando da falta de força física do elenco. Ou seja, comprometeu os preparadores físicos do clube. As coisas vão se acumulando rapidamente. O jogo de amanhã contra o Flamengo será importante. O time está a quatro pontos da zona do rebaixamento. Com medo das organizadas, a diretoria terá proteção extra no Morumbi. Principalmente se acontecer nova derrota. O clima é de extrema tensão. Por isso, nomes de treinadores seguem sendo repetidos. Há cada vez mais conselheiros que defendem uma intervenção já.

Como aconteceu em 2013, com a chegada de Muricy Ramalho. Como o tetracampeão brasileiro está aposentado... Surge outro técnico no cenário. Alguém desempregado e que não diria não. Roger. O ex-técnico do Grêmio se cansou de esperar pelo Corinthians. Se o São Paulo perder para o Flamengo, muita coisa pode mudar. Apesar do inseguro Leco tentar disfarçar. Não há nada na vida que o presidente deseje mais que a reeleição. E ele já percebeu que ela está cada vez mais longe. Perde diariamente apoios fundamentais. Precisa reagir. Trocar o técnico seria o primeiro passo...



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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Palmeiras 'ganha' mando de jogo na reta final do Brasileiro. Por dinheiro, América troca Belo Horizonte por um dos maiores redutos de palmeirenses no país: Londrina. Flamengo e Atlético prejudicados. A CBF desmoraliza seus próprios campeonatos...

Palmeiras 'ganha' mando de jogo na reta final do Brasileiro. Por dinheiro, América troca Belo Horizonte por um dos maiores redutos de palmeirenses no país: Londrina. Flamengo e Atlético prejudicados. A CBF desmoraliza seus próprios campeonatos...




Palmeiras, 54 pontos. Flamengo, 53 pontos. Atlético Mineiro, 49 pontos. Disputa acirrada, interessante, tensa. Três dos maiores clubes da América Latina querendo vencer o Campeonato Nacional. O Atlético Mineiro não conquista esta honraria desde 1971. 45 anos de espera. O Palmeiras, desde 1994. 22 anos de jejum. O Flamengo venceu em 2009, há sete anos. Faltando apenas 11 rodadas, cada detalhe é fundamental. Um ponto pode fazer toda a diferença. Que tal se um dessas três equipes ganhasse um mando de presente. Em vez de jogar fora, atuasse praticamente em casa. Em uma cidade que é um dos maiores polos de seus torcedores fora do seu estado? Pois bem, o Palmeiras acaba de ganhar um presente. Inadmissível que uma entidade séria que administra o futebol aceite as vendas de mando, algo corriqueiro. Ainda mais com o Brasileiro se encaminhando para a decisão. Não é culpa da diretoria de Paulo Nobre. Mas nem por isso a revolta de flamenguistas e atleticanos tem de ser menor. Assim como de todos os torcedores brasileiros. Com o time rebaixado, os dirigentes do América querem saber apenas de arrancar mais dinheiro, antes da justa volta para a Série B. Uma indecência que a CBF já permitiu. O empresário e ex-jogador Roni, comprou o mando por R$ 700 mil, livres de impostos ou quaisquer outras taxas. O Conselho Deliberativo do clube mineiro aceitou sem titubear. Até a organizada Mancha Verde, banida dos estádios paulistas, terá sua entrada liberada no estádio paranaense. No dia 26 de junho, o Atlético teve de jogar com o mando do rival, no Independência. A tabela marca América e Flamengo no dia 16 de novembro, no Independência. Será que o clube mineiro levará o jogo para Cariacica, cidade que adotou os rubro negros? Quer ficar revoltado? E ainda mais descrente do futebol brasileiro? Acesse o site oficial do glorioso América Futebol Clube. Equipe que já foi decacampeã mineira...

"Nota Oficial A partida entre América e Palmeiras, válida pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, será disputada no próximo dia 09/10, no Estádio Municipal Jacy Scaff (Estádio do Café), Londrina, Paraná. Desde o primeiro turno da competição, o clube tem recebido insistentes convites para mandar jogos em outros estados, convites estes que foram prontamente recusados. Porém, neste momento, após ampla análise, o Conselho de Administração decidiu levar o jogo contra o Palmeiras para Londrina, por se tratar de uma proposta financeira altamente vantajosa. O Conselho de Administração vem trabalhando fortemente na busca pela manutenção do time na elite do futebol nacional, mas também se empenha arduamente no controle das finanças do clube. A decisão tomada neste momento contribuirá significativamente para o equilíbrio das contas nesta difícil temporada 2016 do Campeonato Brasileiro. É importante destacar que a alteração do local de jogo como forma de aumento de receita é um recurso normalmente utilizado por clubes da Série A em busca de equilíbrio financeiro. Esta não é a primeira vez que o América levará seus jogos para fora de Belo Horizonte, buscando não apenas reforçar o seu caixa, como também divulgar a sua marca em outras praças. Na temporada de 2011 o Coelho atuou nos jogos em que era mandante contra o Corinthians, Atlético/PR e Santos no Estádio João Havelange, em Uberlândia (MG), e contra o Internacional no Estádio Morenão, em Campo Grande (MS). O América está preparando uma série de ações para o torcedor que serão realizadas no dia do jogo, incluindo a organização de caravanas para Londrina, e promoções especiais para o sócio onda verde. Conselho de Administração, triênio 2015/2017 Belo Horizonte, 29 setembro de 2016..." A responsabilidade não é do América. É da CBF, que desmoraliza seus próprios campeonatos...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Prioridades...

Prioridades...



Olá galera. O Flamengo é o vice-líder do Brasileirão, apenas um pontinho atrás do Palmeiras. No momento, o outro concorrente ao título é o Atlético Mineiro. A briga pela liderança vem sendo intensa há algumas rodadas entre o Verdão e o Rubro-Negro. Ontem, os dois times entraram em campo por competições diferentes e foram derrotados. O Galo venceu. A diferença é que apesar do revés, o Palmeiras está vivo na Copa do Brasil. Por ter marcado um gol fora de casa, o placar de um a zero no jogo de volta será suficiente pra garantir uma vaga na semifinal. O Grêmio mostrou que pode brigar pela taça da competição, além de reagir no Campeonato Brasileiro com o treinador Renato Portaluppi no comando. O Atlético Mineiro venceu o Juventude, mas o resultado de um a zero ficou abaixo do esperado. Enquanto o Galo está na briga pela taça da Série A, os gaúchos estão nas finais da Série C. Com uma equipe recheada de jogadores que podem fazer a diferença como Robinho, Lucas Pratto e Dátolo, o placar foi considerado magrinho, mas não ter sofrido gol em casa é uma boa vantagem. Na Sul-Americana, o Flamengo deixou escapar a classificação. Depois de ganhar do Palestino por um a zero, fora de casa, o Fla foi eliminado pelo modesto time chileno, perdendo por dois a um. Se o foco já era o Brasileirão, agora então nem se fala. Apesar da importância do Campeonato Brasileiro, o clube deveria ter dado um pouco mais de atenção para a competição continental. Todo ano é assim. As equipes que chegam brigando em mais de uma frente, acabam priorizando um ou outro campeonato. Quem acaba sofrendo com isso é o torcedor, que gosta de comemorar título, seja ele qual for. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

Derrota para o miúdo Palestino, e eliminação da Sul-Americana, transformam o ambiente no Flamengo. A empolgação virou frustração. É a primeira crise de Zé Ricardo. Os efeitos colaterais são imprevisíveis...

Derrota para o miúdo Palestino, e eliminação da Sul-Americana, transformam o ambiente no Flamengo. A empolgação virou frustração. É a primeira crise de Zé Ricardo. Os efeitos colaterais são imprevisíveis...




A eliminação do Flamengo na Copa Sul-Americana foi um banho de água fervente. Ser derrotado pelo pequeno Palestino, perder a invencibilidade em Cariacica, novo oásis para os rubro-negros, incomodou. Muito mais do que o previsto. A lamentação de conselheiros e torcedores transformou a conquista do hepta em obrigação. Seria a compensação óbvia para o desejo dos dirigentes de um título sul-americano, que faria muito bem para a imagem do clube de maior torcida do país. São 17 anos sem conquistas. A última foi a Mercosul, em 1999. A queda para o Palestino foi dolorida em vários sentidos. O miúdo clube chileno tem uma folha salarial 11 vezes menor do que os cariocas, R$ 540 mil contra R$ 7,5 milhões. E havia sido derrota pelo time misto de Zé Ricardo no Chile, por 1 a 0. Bastaria um empate e o Flamengo seguiria para as quartas de final. Mesmo misturando outra vez titulares e reservas, o time brasileiro foi irreconhecível. Não tenho o mesmo empenho que seu adversário. Transmitia a nítida sensação de que se sentia muito superior. Ganharia a partida quando bem entendesse. Seus atletas pareciam se poupar para o jogo importante contra o São Paulo, no Morumbi, sábado. O próprio Zé Ricardo não sabia explicar, mas admitiu a marcação frouxa, desinteressada. A derrota e eliminação foi uma lição ao jovem treinador. Sem cobrança, sem firmeza, qualquer partida, considerada apenas mera formalidade, pode desviar o foco. E prejudicar completamente uma caminhada na disputa de um título. O clima de decepção contaminou a Gávea. Os dirigentes ficaram frustrados com a eliminação, pela maneira tola com que aconteceu. Mesmo com o time coalhado de reservas, o Flamengo tem muito mais qualidade do que os fracos chilenos. A sério, a derrota foi inadmissível. O caminho do desgaste, do cansaço dos atletas é real. O elenco não teve o tempo para descanso ideal. Mas todos os clubes envolvidos em grandes competições, como o Brasileiro e a Copa do Brasil também estão extenuados. O estúpido calendário brasileiro é democrático. Estorva a todos, sem privilégios.

O que Zé Ricardo e nem a diretoria levaram em consideração que o Flamengo vinha de três fracassos. Campeonato Carioca, Primeira Liga e Copa do Brasil. A Sul-Americana se tornou o quarto. Ninguém previu o clima de velório, tenso que viria com a frustração de ontem. Foi um choque de realidade. Clube algum, não só o Flamengo, pode entrar com uma equipe mista, desconcentrada, desestimulada e acreditar que possa vencer qualquer adversário. Ninguém tem elenco para isso. Os reservas do, líder do Brasileiro, suaram sangue na derrota para o Botafogo da Paraíba, na semana passada. Sorte que os titulares haviam vencido o primeiro confronto por 3 a 0. O medo na Gávea está nos efeitos colaterais da inesperada eliminação em Cariacica. E que possam sabotar o time na disputa "cabeça a cabeça" com o Palmeiras pelo título brasileiro. Restam 11 partidas no ano. A equipe tem dois dias para lamber as feridas e voltar todo o foco para vencer o São Paulo. O jogo de sábado, às 16 horas, no Morumbi ganhou uma importância fundamental. Não só pelos pontos. Mas na moral pela luta pelo hepta. O Palmeiras jogará na segunda-feira, em Recife, contra o Santa Cruz, um dos últimos no Brasileiro. Adversário teoricamente mais fácil que o time sem rumo de Ricardo Oliveira. O empate no Morumbi é um péssimo resultado. E que pode fazer desandar o sonho de título de vez. Porque, se o Palmeiras vencer, em vez de apenas um ponto, a distância entre os clubes passaria a ser de três pontos. E, pelo momento, a situação seria venenosa.

Na Gávea já se fala em pacto. Jogar externamente a culpa no cansaço pela queda contra o Palestino. Mas internamente, Zé Ricardo só aceita uma compensação. E vai cobrar duro seus jogadores. Ele sabe que virou sua primeira crise na carreira. O sprint final pela conquista do Brasileiro. Sabe que no futebol tudo é muito rápido, dinâmico. A verdade absoluta de ontem vira questionamento hoje. A diretoria e os torcedores querem uma resposta. Acabou o sorriso fácil. A pressão voltou, incandescente. A memória foi atiçada. O dia 28 de março, há seis meses, retornou à mente de muitos. Naquela manhã que as organizadas invadiram o Ninho do Urubu. Que a lição de Cariacica tenha sido efetiva. Tudo é fugaz no clube de maior torcida do Brasil. A euforia se transforma em frustração, pressão, em 24 horas. É exatamente o que está vivendo hoje. A eliminação da Sul-Americana trouxe uma certeza. Lutar para ganhar o hepta virou obrigação. A começar pelo São Paulo. É imprevisível a reação do promissor, mas novato, Zé Ricardo...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Em uma das piores partidas de 2016, o Palmeiras perde para o entusiasmado Grêmio de Renato Gaúcho. 2 a 1 foi até pouco. Agora, o time de Cuca tem a obrigação de vencer por 1 a 0 em São Paulo...

Em uma das piores partidas de 2016, o Palmeiras perde para o entusiasmado Grêmio de Renato Gaúcho. 2 a 1 foi até pouco. Agora, o time de Cuca tem a obrigação de vencer por 1 a 0 em São Paulo...




O Palmeiras jogou muito mal. Três volantes e muita disposição na marcação da saída de bola bastaram ao Grêmio. E o time de Renato Gaúcho saiu na frente no duelo pelas quartas de final da Copa do Brasil. Vitória por 2 a 1. em Porto Alegre. Diante das chances criadas pelos gaúchos, o resultado pode ser considerado muito bom para o time de Cuca. Mesmo tendo uma das piores atuações em 2016, a derrota é reversível. Basta o Palmeiras vencer por 1 a 0 na partida "de volta" em São Paulo, daqui a três semanas. A Cuca resta torcer que seus jogadores não atuem novamente sem alma, como foi no estádio gremista. Nem a péssima atuação do árbitro Claudio Francisco Lima e Silva serve como justificativa pelo péssimo futebol dos paulistas. O Grêmio teve muito mais vontade, gana de vitória. Atitude. Bem ao contrário do líder do Brasileiro. O Palmeiras teve uma postura acovardada, decepcionante. Principalmente por ter um elenco muito melhor. "Não fomos bem. Mas não estamos mortos. A disputa pela vaga não está decidida", avisa Gabriel Jesus. "A vantagem é boa. Poderia ser melhor, se não tivesse um único vacilo. Tomamos infiltração, acabou entrando, de pênalti. Não ocorreu como esperava, mas a gente fez um grande jogo. Fomos merecedores da vitória. Se a gente caprichasse mais, teríamos feito mais gol", garante Douglas.




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Vai virar G-6?

Vai virar G-6?



Olá galera. O Brasileirão segue com várias disputas bem intensas. Uma novidade anunciada ontem pela Conmebol deve acirrar ainda mais uma das brigas no Campeonato Brasileiro. Se o G-4 já tinha grandes chances de virar G-5, agora ele tem tudo pra virar G-6. A Libertadores, já na próxima temporada, será jogada de fevereiro até novembro. Com isso, a competição terá mais clubes do que possui atualmente. A tendência é que o Brasil ganhe mais uma vaga, o que seria ótimo pra turma que está brigando pela quarta posição. Santos, Fluminense, Atlético Paranaense, Corinthians, Grêmio, Ponte Preta, Botafogo e Chapecoense, estariam na briga por três vagas. Para isso, a Confederação Sul-Americana de Futebol precisa confirmar mais uma vaga para nosso país, além de um dos clubes entre os cinco no Brasileiro, levar a Copa do Brasil. Mas há outras mudanças significativas como a decisão em jogo único, como ocorre na Liga dos Campeões da Europa, e a classificação direta pra Copa Sul-Americana, para os clubes que forem eliminados antes da fase de oitavas de final. Pra quem achava que a disputa do Brasileirão em pontos corridos não seria tão emocionante, essa novidade na Libertadores só anima ainda mais a competição. Mas é bom os concorrentes não ficarem esperando a confirmação, a hora de correr atrás da classificação é agora. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Paranoia? Excesso de zelo? Sabotagem. Diretoria vê 'estranha coincidência' nos problemas vazados para a imprensa. Justo na reta final do Brasileiro, duelando contra o Flamengo. Time será blindado...

Paranoia? Excesso de zelo? Sabotagem. Diretoria vê 'estranha coincidência' nos problemas vazados para a imprensa. Justo na reta final do Brasileiro, duelando contra o Flamengo. Time será blindado...




Paranoia? Excesso de zelo? Sabotagem? A verdade é que a diretoria do Palmeiras está muito tensa. Não bastasse a árdua briga dentro do campo contra o Flamengo, os dirigentes estão estranhando o que chamam de "pipocar" de notícias ruins do clube. Nesta reta final do Campeonato Brasileiro. Primeiro foi o vazamento no Rio de Janeiro, que Cuca pretende trabalhar na China em 2017. Declaração que poderia desmotivar o time, aguçar desrespeito dos reservas, já que o técnico pode fazer suas malas ao final da temporada. Houve a necessidade de muita conversa para acalmar o grupo. Depois a queixa de Cuca ao que classificou como desrespeito, menosprezo de seu trabalho. O uso termo Cucabol, apelação para laterais e cruzamentos aéreos em escanteios e faltas em busca de vitórias. Não há veículo de comunicação que não tenha tocado no assunto nos últimos dias. O desgaste do técnico o levou a não mais querer tocar no assunto. Em seguida, ontem, vazou a troca de mensagens entre Gabriel Jesus e seu ex-agente Fábio Caran. O empresário procurou a justiça por querer sua parte na venda do atacante para o Manchester City por R$ 121 milhões. Paulo Nobre só concordou com a venda, quando exigiu mais dinheiro que o clube tinha direito por contrato. "Fábio, você sabe como o presidente (Paulo Nobre) é, por mim o Palmeiras apenas pegava o que tem direito, sério. De verdade. Mais infelizmente ainda existe (sic) pessoas egoístas demais. Juro. Quase desisti de fechar esse negócio para o Palmeiras não ganhar nada." Esta foi a mensagem que o jogador enviou no no WhatApp do agente. E que consta como parte do processo contra o Palmeiras. Gabriel Jesus ficou revoltado com a revelação.

O jogador, via sua assessoria de imprensa, divulgou uma nota. "Lamento o fato de um trecho de uma conversa com o meu ex-agente ter sido utilizada de maneira descontextualizada, incompleta e sem nenhuma responsabilidade. Infelizmente fui enganado e manipulado por uma pessoa que antes eu confiava. Utilizar uma conversa particular que foi "preparada" com segundas intenções mostra um pouco da índole e caráter dessa pessoa." Cuca teve de tranquilizar seu principal jogador de apenas 19 anos. Na manhã de hoje foi confirmada uma ríspida discussão entre o treinador e Rafael Marques. O treinador cobrou o elenco com palavrões depois da vitória contra o Coritiba, quando o time não jogou bem, na vitória por 2 a 1, em plena arena palmeirense. Rafael Marques não aceitou os palavrões do treinador. E exigiu que ele respeitasse os jogadores. Cuca ficou surpreso com a reação do jogador. E começaram a discutir, gritar um com o outro. Atletas e membros da Comissão Técnica tiveram de acalmar a situação. Com os ânimos serenados, todos fizeram um pacto para que a confusão não chegasse à imprensa. E Cuca, uma hora após a partida, foi dar a sua tradicional entrevista. Só que o "segredo" durou três dias. Paulo Nobre já cobrou Alexandre Mattos e quer um fim nestas confusões. Teme que sejam suficientes para sabotar o Palmeiras na briga pelo título. E exige comprometimento dos jogadores e Comissão Técnica. O medo é que haja perda de foco neste momento tão importante.

Se Cuca ficou ou não magoado com a atitude de Rafael Marques, a verdade é que os jornalistas não saberão. O técnico foi aconselhado e não se aprofundará na questão. Repetirá que não passou de algo corriqueiro no vestiário. O que não é. O treinador fez questão de levar Rafael Marques entre os atletas convocados para enfrentar o Grêmio, pelas quartas da Copa do Brasil, amanhã em Porto Alegre. Conselheiros palmeirenses garantem que não é fácil enfrentar nos bastidores o clube mais popular do Brasil. E que seria muito melhor, por exemplo, para a TV Globo, a conquista do Brasileiro pelos cariocas. Mais audiência. E maior proximidade, já que as duas partes ainda discutem a transmissão do Carioca de 2017. De qualquer maneira, Alexandre Mattos fará uma reunião com os jogadores e a Comissão Técnica. Quer o fim de roupa suja lavada em veículos de comunicação. Quer o time blindado até a final do Campeonato Brasileiro. Com a possibilidade de punições, como multas, para quem estragar o ambiente do clube. Mattos também acha "coincidência demais" vazarem todos esses problemas. Justo agora no caminho da decisão. Paranoia?





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Ele merece!

Ele merece!



Olá galera. Temos hoje no Brasil alguns jogadores se destacando em campo, mesmo com a idade acima da média da grande maioria que pratica futebol. Dois bons exemplos são Zé Roberto, do Palmeiras, com 42 anos, e Magno Alves, do Fluminense, com 40 anos. Na Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1994, o camaronês Roger Milla, na época com 42 anos de idade, encantou os amantes do futebol. Além de marcar quatro gols, teve grandes exibições. Na ocasião ele se tornou o jogador mais velho a marcar gol em Mundiais. Milla só se aposentou com 45 anos, jogando pelo Putra Samarinda, da Indonésia. Hoje um outro grande craque completa 40 anos. O meia italiano Francesco Totti, que atua pela Roma, continua jogando em alto nível. Vários jogadores, incluindo Messi, não esqueceram de parabenizá-lo. Desde que se profissionalizou, em 1992, Totti só vestiu duas camisas. A da Roma, e claro, a da Seleção Italiana. Jogando pela Itália ele participou de torneios importantes como a Eurocopa de 2000, e Copa do Mundo de 2002, quando foi expulso na partida decisiva contra a Coreia, na eliminação da Azzurra. Quatro anos depois se redimiu, fazendo parte da equipe que conquistou o Tetracampeonato Mundial, na Copa da Alemanha. Parabéns Totti! Tomara que continue encantando pelos campos por um bom tempo, assim como fez durante toda sua carreira. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

A assustadora decadência do Internacional. Como a incompetência de dirigentes fez o clube mergulhar na sua mais vexatória crise. Ameaças de morte dos vândalos só vão prejudicar ainda mais o péssimo time e Roth, dominados pelo medo...

A assustadora decadência do Internacional. Como a incompetência de dirigentes fez o clube mergulhar na sua mais vexatória crise. Ameaças de morte dos vândalos só vão prejudicar ainda mais o péssimo time e Roth, dominados pelo medo...




"Sem B ou Morte." É essa a promessa de vândalos a dirigentes do Internacional. As famílias de dois deles despertaram ontem e hoje com essa frase pichada em frente às suas moradias. Primeiro, o intimidado foi o diretor executivo, Newton Drummond. E nesta manhã, a advertência foi dada ao vice-presidente, Fernando Carvalho. O enredo é o mesmo todos os anos. Em um campeonato nivelado de 20 equipes e com o saudável rebaixamento de quatro equipes, 20% dos times, a chance de quem cometer erros graves cair para a Série B é imensa. E exatamente o que está acontecendo com o Internacional. O bicampeão da Libertadores em 2010 caiu em um processo de degradação impressionante. Acumula dívidas, péssimas contratações caríssimas, trocas sucessivas de técnicos, precipitação e incompetência dos seus dirigentes, em busca do passado vencedor. Nas eleições de 2014, foi destacada com ênfase sua dívida de R$ 240 milhões. R$ 26 milhões gastos na reforma do Beira-Rio. Ela chegou a R$ 330 milhões. R$ 304 milhões bancados pela construtora Andrade Gutierrez, enrolada até a alma na Operação Lava-Jato. A AG ganhou o direito de explorar o Beira-Rio, em atividades fora do futebol, por 20 anos. Ao contrário do que fez o Corinthians com a Odebrecht, o dinheiro das arrecadações fica com o Internacional. Mas só que os dirigentes seguem sem saber o que fazer com ele. A decadência do time é impressionante. Jogadores importantes no cenário passaram pelo clube. Como o melhor da Copa do Mundo de 2010, o uruguaio Diego Forlan. Os argentinos Scocco, Cavenaghi também passaram por lá. Dagoberto, Anderson. A liberação por empréstimo de D"Alessandro ao River Plate foi algo insano. Os dirigentes resolveram premiar o grande ídolo da equipe, deixá-lo disputar a Libertadores e o restante do ano pelo clube que formou. Homenagem ao seu capitão. D"Alessandro era o símbolo de resistência, da garra, da luta que sempre marcou os grandes times colorados. Emprestá-lo ao River, sem ter um atleta à sua altura, foi algo amador. Imperdoável. A honraria a um jogador ainda imprescindível.

A falta de convicção na escolha dos treinadores. Todos os três que passaram em 2016. De perfis completamente distintos. Cada um tentou impor sua filosofia, a maneira particular com que encaram o futebol. O primeiro, Argel, preso ao seu pragmatismo. As linhas justas, ao futebol competitivo, sem brilho. De muita luta, determinação, sem espaço para o improviso, os dribles, o toque de bola. Só marcação, força. Esquema de leitura fácil de decorar por parte dos adversários. O utópico Falcão entrou no seu lugar. E o choque cultural foi profundo. Cinco partidas já foram suficientes para mostrar o quanto ele, infelizmente, estava longe da realidade. O elenco do Internacional é fraco. Jogadores nem entendiam a dupla, tripla função exigida do excelente comentarista. Veio Celso Roth, técnico especialista em montar esquemas defensivos. Contratado com a missão de fazer o time pontuar. Escapar do rebaixamento. Chegou descartável, sabendo que após o Brasileiro teria de procurar emprego. O convite chegou em boa hora, já que estava há quase um ano desempregado, depois de péssima passagem pelo Vasco. Só que seus truques não surtem mais o mesmo efeito. O elenco, além de limitado, está pressionado psicologicamente. Abatido, questionado, xingado por seus próprios torcedores. E sofrendo o impacto de conselheiros divididos, revoltados a cada derrota. Não há apoio no clube nem para o time e muito menos para Celso Roth. A torcida, os dirigentes e os conselheiros qualificam como "patrimônio moral" o Internacional nunca ter sido rebaixado. Ainda mais na comparação com o rival de sangue, o Grêmio, rebaixado duas vezes. Além do Inter, só Flamengo, São Paulo, Santos, Cruzeiro e a Chapecoense, que desde 2014, quando subiu, não caiu para a Série B.

Desta vez, as 14 derrotas, os seis empates e apenas sete vitórias fixam o clube na 18ª colocação, com 27 pontos. Só Santa Cruz e América Mineiro conseguem ser piores. A última passagem por Belo Horizonte acabou de vez com a paz no clube. Jogando mal, o time de Roth perdeu para o América, o lanterna, e para o Atlético Mineiro. Os protestos já eram esperados. Mas foram mais violentos do que o normal. No treinamento de ontem, vândalos infiltrados nas organizadas, queimaram um matagal que divide o Centro de Treinamento da Avenida Beira-Rio. Gritavam, ameaçando fisicamente jogadores e o presidente Vitorio Piffero. Na reunião de ontem à noite no Conselho Deliberativo, Piffero foi pressionado, cobrado. Muitos exigem a demissão sumária de Celso Roth. Não aceitam que continue a ameaça de rebaixamento. No início do ano, a conquista da vaga para a Libertadores de 2017 era obrigação. O sonho era a conquista do Brasileiro, título que o clube não tem desde 1979, há 37 anos. Piffero deu a pior resposta possível aos jornalistas. "Futebol é resultado." Ou seja, como Roth está perdendo, pode sim ser trocado. Mesmo restando apenas 11 partidas para acabar o Brasileiro. Tudo que o técnico não precisava era ameaça do próprio presidente. Ou Piffero o trocasse de vez. Ou não o pressionasse ainda mais.

A tabela é cruel. Os jogos restam, no Beira-Rio são: Figueirense, Coritiba, Flamengo, Santa Cruz, Ponte Preta, Cruzeiro. E fora de casa: Botafogo, Grêmio, Palmeiras, Corinthians, Fluminense. O aproveitamento até aqui do Internacional é de 33,3%. Matemáticos apontam: a equipe precisa chegar a pelo menos 51,5% de aproveitamento nos confrontos para escapar. Quando um clube pequeno está na zona de rebaixamento é algo previsível, corriqueiro. Agora, quando um gigante se defronta com essa situação, tudo é muito pior. A pressão da mídia, dos conselheiros, dos dirigentes, dos torcedores sobre o treinador e os jogadores beira o insuportável. Daí a dificuldade em reagir. Ameaças de morte são algo inadmissível, desumano. As famílias de Newton e de Fernando Carvalho estão apavoradas. Isso já é crime. Mas os vândalos infiltrados nas organizadas não se intimidam. E prometem não parar. Acreditam que estão contribuindo. Um time ruim e um técnico limitado conseguirão se superar por medo. O resultado costuma ser exatamente o contrário.

A hora seria dos dirigentes se unirem a Roth e aos jogadores. Dizer que "futebol é resultado" é descabido, absurdo. Se o Inter dá vexames é por causa do péssimo elenco montado. Escolhido pelo próprio Piffero. O próprio presidente deveria ser o primeiro a sair pelos fracassos. Jogar a culpa em Roth é muito fácil. O dirigente já fez isso com Argel e Falcão. O que melhorou? O clube corre sério risco do seu primeiro rebaixamento. Por culpa da incompetência dos dirigentes. A hora é da torcida e até dos vândalos apoiarem. E deixar as cobranças, a revolta para quando o Brasileiro acabar. O medo já domina o fraco time e Roth. O Internacional precisa deixar de ser seu principal inimigo...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Cuca se perturba com a desvalorização da imprensa. Não aceita o 'Cucabol'. Zé Ricardo é só confiança, com os justos elogios. Esse duelo psicológico vai decidir o futuro do Palmeiras e do Flamengo, na luta pelo título Brasileiro...

Cuca se perturba com a desvalorização da imprensa. Não aceita o 'Cucabol'. Zé Ricardo é só confiança, com os justos elogios. Esse duelo psicológico vai decidir o futuro do Palmeiras e do Flamengo, na luta pelo título Brasileiro...




Cuca, treinador líder do Brasileiro, campeão da Libertadores. 18 anos como técnico. Zé Ricardo, técnico do vice líder, três meses interino, três como efetivo. O comandante do Palmeiras está tenso, não pela disputa acirrada entre o seu Palmeiras e o Flamengo pelo título. Mas pela desvalorização da imprensa. O organizador da reação do time da Gávea, pelo contrário, está sufocando de tantos elogios. Esta disputa psicológica entre os treinadores pode resultar em mais um título no Palestra Itália ou na Gávea. O momento é todo favorável a Zé Ricardo. Cuca é um técnico consagrado. Foi evoluindo com o passar dos anos, amadurecendo. Mais ganhou do que perdeu. Tem trabalhos excelentes sem títulos, como no Botafogo, no São Paulo. Passagens fraquíssimas como a pelo Flamengo. E momentos vitoriosos inesquecíveis como no Atlético Mineiro. Enriqueceu de vez no Shandong Luneng Taishan Football Club. Mas foi demitido na China. Veio, passou sua quarentena, recebendo os salários da equipe chinesa. Acertou sua ida para o Fluminense. Mas a diretoria fazia um leilão às avessas com Levir Culpi. Quem aceitasse ganhar menos seria contratado. Cuca desistiu. E o executivo Alexandre Mattos o levou ao Palmeiras, no lugar de Marcelo Oliveira, que se mostrava sem repertório. Até antes de assinar o contrato deixou claro que o objetivo real seria o Brasileiro. A queda ainda na fase de grupos da Libertadores, a eliminação nas semifinais do Paulista eram esperadas. Paulo Nobre concordou com Cuca e se animou. Não só em deixar de herança para Galiotte, a Libertadores de 2017. Como em celebrar a vitória de suas duas gestões quebrando o jejum de 22 anos sem conquistas do Campeonato Nacional. Além disso, Cuca disse que haveria como tentar a Copa do Brasil. Mas a prioridade assumida é o Brasileiro. Com o elenco mais recheado do futebol deste país, Cuca está cumprindo a promessa. Faltando 11 rodadas, seu time é o primeiro. Está há dez jogos sem derrotas. Torcida empolgada. Jogadores animados. Mas Cuca está incomodado. Ele que está contendo suas superstições, mantendo discreta a religiosidade, como Alexandre Mattos pediu. Mas sente não ter o reconhecimento que merece. Muito pelo contrário. Está inconformado com o apelido que seu time ganhou, cunhado pelo colega Mauro César Pereira. O comentarista qualifica a maneira de o Palmeiras jogar como Cucabol.

Na sua visão, o Palmeiras seria um time pragmático, sem brilho aos olhos, que se apela para as jogadas de bola parada, como cobranças longas de laterais para os seus jogadores altos e fortes, como Mina e Vitor Hugo, para decidir os jogos mais importantes. E explora o talento individual de Gabriel Jesus, Dudu. Não vê brilho no 4-2-3-1, com suas variáveis para o 4-3-3, 4-2-2-2 e 4-1-4-1. Cuca está profundamente magoado. Porque o apelido se espalhou. E remete ao antigo Muribol muito utilizado para explicar e desprezar as vitórias de Muricy Ramalho. Tetracampeão brasileiro, campeão da Libertadores, entre outros tantos títulos. O ex-treinador que fez história no São Paulo foi perseguido, rotulado, por ganhar a maioria de seus jogos apelando para as bolas aéreas, desprezando o potencial do meio de campo, esperando apenas jogadas individuais ou cruzamentos para a área adversária. Muricy ficava muito magoado. Tanto que fez questão de espalhar pelos quatro ventos que foi se modernizar na Europa. Com direito a estágio no Barcelona. Infelizmente, sua saúde não permitiu provar se havia mudado ou não. Por coincidência, sua saída forçada da Gávea abriu espaço a Zé Ricardo. O treinador flamenguista tem apenas 45 anos, oito a menos que o rival palmeirense. Não conseguiu ser jogador de futebol. Conseguiu atuar no futsal. Lá passou rapidamente à função de treinador. Comandou Vila Isabel, Vasco, Botafogo. Se aventurou na Itália. Voltou para o Flamengo, no futsal. Aceitou treinar o time sub-13 de futebol de campo. Aplicou conceitos modernos que via na Europa, ficava à vontade.

Assumiu os juniores em 2014. Salário baixo. Sempre considerou o maior investimento de sua carreira. Os dirigentes ficavam atentos ao progresso das equipes que formava, mesmo longe das melhores condições de trabalho. Mas o que acordou a todos foi a conquista, este ano, da Copa São Paulo. Com o Flamengo enfrentando o Pacaembu superlotado de corintianos. O time conseguiu empatar em 2 a 2 e triunfou nos pênaltis. O trabalho de Zé Ricardo, R$ 9,5 mil mensais, foi exaltado. Assumiu interinamente no lugar de Muricy. Os dirigentes não quiseram Jaime, campeão da Copa do Brasil de 2013. E a diretoria partiu atrás de treinadores consagrados. O nome mais cogitado era de Abel Braga. Só que, como acontece em 99% das vezes que um técnico interino da base assume um clube, o grupo de profissionais o "abraçou". A desconfiança dos dirigentes é que os atletas acreditavam que seria possível manipular Zé Ricardo. Além de muito inteligente, estudioso, tem na educação, uma enorme qualidade. Zé Ricardo provou que não seria um fantoche. Muito pelo contrário. Quando precisou deixou jogadores como Guerrero, Sheik e mesmo Diego de fora. O importante, repete, é sempre colocar o melhor time em campo. Doa a quem doer. A princípio, repórteres que cobriam o dia a dia no Ninho do Urubu desconfiavam. Pensavam ser bravata. Mas o jovem técnico sabia que tinha uma oportunidade de ouro. E a agarrou com unhas e dentes.

Os resultados logo entusiasmaram Bandeira de Mello e o departamento de futebol. O sonho de buscar uma vaga na Libertadores de 2017 logo se transformou. A disputa pelo título se mostrou real, possível, verdadeira. O futebol do time foi melhorando, evoluindo. O sistema de jogo envolvente de muita compactação, velocidade, recomposição, triangulações pelas laterais casou com excepcional vigor físico. Daí tantas viradas. A mais emocionante delas, contra o Cruzeiro, ontem, com direito a Zé Ricardo comemorando o 2 a 1 entre seus jogadores, empolga a imprensa brasileira. Principalmente a carioca. O técnico acumula elogios e mais elogios. Tenta conter a euforia não só em relação ao famoso "cheiro de hepta", como ao seu nome. Embora mereça com seus seis meses à frente do Flamengo ser considerado o técnico revelação de 2016. E mostrando potencial de quem chega para ficar. Cuca não consegue disfarçar o incômodo diante das críticas, de como o Palmeiras vem ganhando seus jogos. Contra o Coritiba, os gols de Leandro Pereira e Mina saíram de jogadas ensaiadas. Sem meias talentosos foi uma grande saída do técnico. Mas não adianta, o Cucabol segue sendo repetidos em redações, tevês, rádios, portais.

Enquanto isso, Zé Ricardo está cada vez mais confiante. Essas duas situações antagônicas são importantíssimas. E podem decidir o Brasileiro de 2016. Que conhece Cuca sabe o quanto é transparente. Questionado, criticado, seu rendimento cai. Zé Ricardo dá mostra que está cada vez mais forte. O reconhecimento traz mais força nesta hora decisiva. Restam 11 jogos neste duelo pessoal. E o momento é do competente jovem treinador carioca. Apenas um ponto atrás do seu injustiçado rival. O resultado final da disputa é imprevisível. Mas o cenário atual é muito melhor para o flamenguista...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

domingo, 25 de setembro de 2016

Arbitragem rouba a cena na vitória do Fluminense. Anderson Daronco não marca pênalti para os cariocas. Mas compensa. Valida gol em impedimento. Vitória e vingança do time de Levir. Corinthians despenca no Brasileiro. E busca técnico...

Arbitragem rouba a cena na vitória do Fluminense. Anderson Daronco não marca pênalti para os cariocas. Mas compensa. Valida gol em impedimento. Vitória e vingança do time de Levir. Corinthians despenca no Brasileiro. E busca técnico...




Anderson Daronco, um dos melhores árbitros do país, mostrou hoje, no Itaquerão, ser um homem justo. Ele não marcou um pênalti claríssimo de Marquinhos Gabriel em Marcos Junior, no primeiro tempo. No segundo, no último lance do jogo, a compensação. Gustavo Scarpa bateu falta, Gum, impedido, ajeitou para Magno Alves. Dele, a ajeitada para Cícero chutar para as redes. Elas por elas. Gol e vitória do Fluminense por 1 a 0 contra o Corinthians. A vingança pela eliminação da Copa do Brasil complica de vez o sonho dos paulistas de título brasileiro. O time despenca no Brasileiro. Está há quatro jogos sem vencer. É apenas o sétimo. O Fluminense pulou para quinto. A derrota traz mais pressão para Roberto de Andrade. O auxiliar Fábio Carille vem mostrando que não adianta ser um clone de Tite. Não será surpresa se os dirigentes resolverem contratar um treinador "de verdade" ainda esta semana. Roger segue cotado. Luxemburgo, o mais rejeitado. A partida teve apenas 18.838 pagantes e R$ 914.004,50 de arrecadação. Graças à briga de suas organizadas com a polícia, a diretoria do Corinthians não pôde vender ingressos para o setor Norte. Mas o que afastou o público foi mesmo o péssimo futebol que o time vem mostrando. O total de público foi um recorde negativo da história do Itaquerão. Foi a partida com menos torcedores desde que houve a construção do estádio. Quanto menos torcedores, menos arrecadação. Menos dinheiro para pagar a arena. Mais juros que o clube passa a dever. Cair para a sétima colocação é algo assustador para Roberto de Andrade. No planejamento do dirigente, a classificação para a Libertadores de 2017 é obrigatória. Por isso, a diretoria exige a vitória, na próxima quarta-feira, contra o Cruzeiro, na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil. No mesmo Itaquerão. O jogo é de alto risco para Carille. "Foi muito prazeroso para gente esse resultado. Foi muito interessante essa vitória, um jogo muito bom. Foi uma das vitórias importantes da minha carreira. O jogo foi tão legal para nós que isso dispensa os comentários sobre a arbitragem", dizia, esperto, Levir Culpi. O treinador reclamou demais e colocou na culpa dos árbitros a eliminação do Fluminense na Copa do Brasil, quarta-feira, diante do Corinthians, no mesmo Itaquerão.

Fez hoje um escândalo imenso quando Daronco não marcou pênalti claro de Marquinhos Gabriel em Marcos Júnior. Mas se calou na hora de confirmar que seu time venceu graças a um gol que teve a participação fundamental de Gum, impedido. Ou seja, não valeria a pena falar sobre arbitragem. Porque teria de reconhecer que o Fluminense foi favorecido no último lance da partida. Aí, se vale o escândalo quando se considera prejudicado, haveria a obrigação de destacar que um lance ilegal deu a vitória ao seu time. E a primeira vitória sua no Itaquerão, reduto corintiano. Depois de quatro derrotas. Três com o Atlético Mineiro e uma com o Fluminense. O jogo foi muito disputado. A marcação carioca foi eficiente. Levir queria marcar forte o meio de campo corintiano. Matar as jogadas no nascedouro. E sair em contragolpes em velocidade. O Corinthians de Carille não conseguiu fugir do sistema defensivo dos cariocas. A primeira etapa foi muito disputada, quase sem lances de perigo. A rigor, houve dois. O primeiro foi uma bola enfiada pelo ótimo Rodrigo Sparta para Marcos Júnior. Ele invadiu livre e obrigou Walter a excepcional defesa. Cássio não jogou porque sentiu dores nos ombro durante o aquecimento. O Corinthians, montado pelo clone Carille, atuava no 4-1-4-1 de Tite. Só que o time não tinha movimentação. Se travava diante do 4-5-1 carioca. Não havia oxigênio para respirar. O irritante foi a penalidade máxima clara de Marquinhos Gabriel em Marcos Júnior. Logo após a cobrança de um escanteio, o corintiano segurou o braço esquerdo e a manga da camisa do jogador do Fluminense. Pênalti claro desprezado por Daronco.

O banco do Fluminense, principalmente Levir Culpi, quase invadiu o gramado. Mas se conteve para não ser expulso. O clima na saída do intervalo era de revolta. Os cariocas não falavam abertamente, mas insinuavam que o Corinthians era sempre ajudado no Itaquerão pelos árbitros. Veio o segundo tempo. Carille adiantou seu time. Precisava vencer. Só que Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto, Rodriguinho e Marlone não conseguiam escapar da marcação. Romero era figura decorativa. Fagner e Guilherme Arana eram bem vigiados. O Corinthians forçava jogadas e chutes a gol. Foram 22 durante o jogo. Mas sem consciência, a maioria arremates precipitados, desesperados, sem perigo. A melhor chance foi em um desvio transloucado de Gum, que beijou o travessão de Júlio César. Quando o 0 a 0 serviria tanto para nota como para o placar, veio o outro grande erro de Daronco. Do tamanho dos músculos dos seus braços. Eram 49 minutos do segundo tempo. Gustavo Scarpa bateu falta, Gum, impedido, ajeitou para Magno Alves. Dele, a ajeitada para Cícero chutar para as redes. O árbitro que não viu pênalti claro a favor do Fluminense, permitiu o gol que nasceu em jogada irregular, impedimento do zagueiro Gum. O lance concretizou a derrota corintiana. A queda para a sétima colocação. Conselheiros querem a chegada imediata de Roger. Roberto de Andrade segue indeciso. Já o Fluminense saltou para o quinto lugar. Mas fica a constatação. A arbitragem amadora no Brasil segue sendo fraquíssima. Segue tendo influência enorme em todos os jogos neste país...



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sábado, 24 de setembro de 2016

Foi um sofrimento. Mas o líder Palmeiras conseguiu superar a retranca do Coritiba. Conseguiu a vitória obrigatória por 2 a 1. Graças ao oportunismo de Leandro Pereira e Mina...

Foi um sofrimento. Mas o líder Palmeiras conseguiu superar a retranca do Coritiba. Conseguiu a vitória obrigatória por 2 a 1. Graças ao oportunismo de Leandro Pereira e Mina...




Foi um jogo sofrido, tenso. A marcação muito bem montada, organizada por Paulo César Carpegiani quase complica. Foram necessários 18 arremates contra dois dos paranaenses. Mas o Palmeiras conseguiu, graças ao oportunismo do desacreditado Leandro Pereira e o zagueiro artilheiro Mina, a vitória obrigatória contra o Coritiba. 2 a 1. E chegou aos 54 pontos, abrindo outra vez quatro pontos de distância do Flamengo, segundo colocado. Dudu foi o destaque do time, com dribles, passes e muita consciência ofensiva. O futebol do time de Cuca não foi empolgante, muito pelo contrário. Mas absolutamente eficiente na sua arena. Era a partida onde não poderia desperdiçar pontos. Não desperdiçou. Já são dez partidas seguidas sem derrotas. Mais pressão para o Flamengo na luta pelo título. Mais do que obrigatória a vitória contra o Cruzeiro, amanhã, no Espírito Santo. "Nosso time está sim mostrando que está forte para conquistar o Brasileiro. Nosso segredo é união e força no conjunto para superar as dificuldades. Como esse jogo diante do Coritiba. Foi muito difícil a vitória. Mas ela veio. E só nos dá confiança para acreditar sim no título", comemorava Leandro Pereira. O atacante é muito criticado por conselheiros e torcedores por seu retorno do futebol belga. Estava jogando muito mal. Mas seu oportunismo no primeiro gol abriu o caminho para a fundamental vitória. O jogo foi o primeiro da sequência de vitórias obrigatórias do Palmeiras no Brasileiro, contra adversários considerados teoricamente mais fáceis. Coritiba, Santa Cruz, América Mineiro. Nove pontos que não podem ser desperdiçados. O sofrimento do líder Palmeiras tem total responsabilidade em Carpegiani. O veterano treinador, campeão mundial em 1981 com o Flamengo, montou uma eficiente retranca. Apelou para a modernidade. Fez seu time montar duas linhas com quatro e cinco jogadores. E apenas o inglês, naturalizado turco, Kazim à frente. O sonho era arrancar um surpreendente empate contra o líder do Brasileiro. A disposição do time paranaense foi meticulosamente eficiente. Seus jogadores congestionaram as intermediárias. E não ofereceram chance à melhor qualidade do ataque palmeirense, a velocidade. Como o Coritiba se restringiu a defender, não houve contragolpes dos donos da casa. E o enorme elenco montado por Alexandre Mattos segue tendo uma falha enorme. A falta de meias talentosos. Por isso tanta "sofrência" diante de adversários que se fecham. Cuca, como também era previsível, tentou manter seu time marcando forte a saída de bola paranaense. Pressionando todo tiro de meta. Ele sabia que o jogo poderia se tornar um tormento. A única maneira para que o resultado viesse com tranquilidade era um gol no início da partida. Só que não encontrou espaço. O Coritiba seguia muito bem postado. Seus volantes e meias eram obstinados, ajudando os laterais. Evitavam as triangulações pelas laterais, saídas recomendadas por grandes treinadores europeus, diante de retrancas. Como Guardiola, Luis Enrique e Ancelotti. Jean e Egídio foram perseguidos, travados. Pouco puderam fazer para ajudar Roger Guedes e Dudu, que se alternavam pelas pontas. Carpegiani queria e conseguiu truncar o jogo. Seu time, muito bem compactado, evitava que o Palmeiras crescesse ofensivamente. Foram inúmeras e irritantes faltas que conseguiam travar o ritmo da equipe de Cuca. A empolgação dos mais de 30 mil torcedores, que esperavam uma goleada, logo foi passando. O primeiro tempo quase não teve emoção. O nervosismo dos torcedores atingia os jogadores palmeirenses, que passavam a se enervar. Principalmente sua principal estrela, Gabriel Jesus, que não conseguiu fazer uma boa partida. Foi muito bem vigiado. Mal a bola ia em sua direção, dois, até três jogadores paranaenses o sufocavam. Apesar disso, o único lance agudo do primeiro tempo foi com Gabriel Jesus. O atacante fez excelente e rara tabela com Moisés. Recebeu na cara de Wilson. Mas o atacante se precipitou e não teve calma para deslocar o goleiro, que fez ótima intervenção.

No intervalo, Cuca trocou Erik, sem espaço para correr, pelo questionado Leandro Pereira. E mandou seu meio de campo ainda mais à frente. Tinha certeza que o Coritiba repetiria o mesmo fortíssimo sistema defensivo, abrindo mão até dos contragolpes. Logo a um minuto, o Palmeiras quase fez seu primeiro gol. Moisés cobrou lateral, Mina desviou de cabeça, Dudu fez o mesmo e a bola foi até Gabriel Jesus que deu uma forte testada na bola que beijou a trave. Linda e surpreendente jogada ensaiada. Mal deu tempo para os jogadores do Coritiba respirarem aliviados. Quatro minutos depois, tomavam 1 a 0. Falta na intermediária, bola levantada na área, na direção de Mina. Walisson Maia ganha no alto e desvia. A bola sobe e vai cair na pequena área. Enquanto todos olham ela chegar perto de Wilson, Leandro Pereira se antecipa e cabeceia para as redes. Não houve falta. E sim uma enorme bobeada do bom goleiro do Coritiba. Palmeiras 1 a 0. A reclamação paranaense não se justifica. O gol trouxe confiança e espaço ao time de Cuca. Era o alívio que ele tanto desejava. E três minutos depois, quase que Leandro Pereira faz mais um. Roger Guedes lançou Dudu. O goleiro Wilson divide com ele e a bola sobra para Pereira. Sem goleiro, o chute saiu forte, por cima do gol vazio.

Mas o desperdício não fez falta. Aos 11 minutos, o Palmeiras chegava a 2 a 0. Outra jogada ensaiada. Dudu tocou para Egídio. Ele procura Moisés. A bola é enfiada para Roger Guedes, em velocidade. O cruzamento encontrou Mina, o zagueiro artilheiro. Ele apenas empurrou para as redes. Festa na arena. Os números eram indiscutíveis. O Palmeiras teve 17 arremates ao gol. O Coritiba apenas um. Carpegiani se viu obrigado a abrir sua equipe. Tentar descontar o placar. As duas linhas estavam desmanchadas. O Coritiba buscava agora com dois atacante fixos, evitar a derrota mais do que garantida. Foi aí que, com mais espaço, Dudu mostrou todo seu futebol. Misturou habilidade, drible e visão de jogo. E atuando muito calmo. A faixa de capitão lhe trouxe responsabilidade. Dos seus pés quase o Palmeiras marca mais dois gols. Na única jogada bem coordenada pelo Coritiba, o gol de honra. Felipe Amorim lançou Evandro, Jaílson sai para fechar o ângulo. Vitor Hugo trava o chute. A bola sobra para Iago bater, consciente, para o gol vazio. 2 a 1, aos 30 minutos. O gol não assustou. O Palmeiras seguiu tendo o domínio da partida. E conseguiu sua vitória obrigatória. Ganhou os três primeiros dos nove pontos obrigatórios. Foi um sofrimento. Mas completamente justa a vitória palmeirense. O time caminha firme na liderança do Brasileiro...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Vai fazer falta

Vai fazer falta



Olá galera. Se Pelé é o Rei do Futebol e Michael Jordan o melhor jogador da história do basquete, Falcão é o maior que já surgiu no Futsal. Com técnica muito acima da média, o camisa doze, provavelmente, fez a última partida pela Seleção Brasileira no duelo em que o Brasil foi eliminado da Copa do Mundo, precocemente. O Brasil tinha o Irã pela frente, em confronto pelas oitavas de final. Quase ninguém esperava pela eliminação brasileira do Mundial, que está sendo disputado em Bucamaranga, na Colômbia. Mesmo com grande atuação do ala, que marcou três gols, foram os iranianos que se classificaram. Depois de empatarem em quatro a quatro, fomos derrotados nos pênaltis. O último jogo oficial pela Seleção Brasileira não foi do jeito que Falcão queria e merecia. Mas mesmo assim, isso não irá apagar tudo que já fez pelo Brasil. Foram cinco Copas do Mundo com a camisa amarela. Em 2000 foi vice-campeão. Em 2004 fomos eliminados na semifinal, pela Espanha. Em 2008 devolvemos o revés aos espanhóis, na grande decisão. Fomos campeões novamente em cima da Espanha, em 2012, com Falcão brilhando intensamente. Dono de duas Bolas de Ouro da Fifa, o craque foi reverenciado pelos adversários ao final da partida, sendo jogando pra cima. É verdade que a despedida não foi a ideal, mas Falcão jamais será esquecido por tudo que fez dentro de quadra, encantando os amantes do esporte, em todo planeta. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

A humilhante eliminação da Copa do Brasil para o Juventude, clube da Terceira Divisão. O vexame encerra a esperança do São Paulo em 2016. Mais um ano de desculpas e fracassos...

A humilhante eliminação da Copa do Brasil para o Juventude, clube da Terceira Divisão. O vexame encerra a esperança do São Paulo em 2016. Mais um ano de desculpas e fracassos...




"Não, nada de vexame. O erro foi no primeiro jogo. Isso é copa. É outra competição. O risco de time de segunda, da terceira divisão, um risco bem diferente. Hoje controlamos o jogo e merecíamos a classificação. Não aconteceu, mas, pelo que eu vi no nosso time, claro que não posso estar contente com essa desclassificação, mas, pela garra, estou satisfeito. "Nós merecíamos a classificação. A qualidade do jogo. A gente fala muito pouco no Brasil da qualidade do jogo, do espetáculo. Fomos eliminados, sim, mas demos espetáculo." Ricardo Gomes teve a coragem de se esconder atrás dessas palavras. Vivido, o treinador sabe que neste país, há inúmeros veículos de comunicação vão pelo caminho do jornalismo declaratório. O técnico falou, vira manchete. Não é analisado. Gomes é treinador do São Paulo Futebol Clube, tricampeão mundial. O time que comanda foi eliminado pelo Esporte Clube Juventude, equipe pequena do Rio Grande do Sul. E que disputa a Terceira Divisão do futebol brasileiro. E que disputará as quartas de final dessa divisão, com total favoritismo para o Fortaleza. O São Paulo "espetacular" de Ricardo Gomes foi eliminado da Copa do Brasil em Caxias do Sul. Perdeu no Morumbi por 2 a 1. Venceu ontem por 1 a 0. Seus jogadores e o treinador ficaram histéricos, revoltados porque, aos 50 minutos, Bruninho, do pequeno time gaúcho, desviou a bola com a mão dentro da área. Sem intenção. Mas, pelos critérios ridículos da Comissão de Arbitragem da CBF, o mineiro Ricardo Marques Ribeiro deveria ter marcado. Sim. Mas talvez, pela lei ignóbil da compensação, não quis prejudicar o Juventude duas vezes. O gol de Rodrigo Caio foi marcado em impedimento. Isso o revoltoso Lugano e nenhum dos seus companheiros tem a coragem de falar. O que interessa é que o 2016 é outro ano de fracassos no São Paulo. Nenhum mísero título. Muitas humilhações. Como ser eliminado do Paulista diante do Audax por 4 a 1. Na Libertadores, o clube gastou o que não tinha. A torcida apaixonada carregou a equipe até onde pôde. Mas não conseguiu ir além da semifinal diante do Atlético Nacional. Eliminação onde foi feita a maior aposta. O Brasileiro foi deixado de lado para a principal disputa do ano. Mas o gravíssimo erro do inseguro presidente Carlos Augusto Barros e Silva. Nunca preparou um plano B para a saída de Edgardo Bauza. Não acreditava que ele assumiria a Seleção Argentina. Acalmava conselheiros desesperados pela possibilidade de o time perder novamente um ótimo comandante.

Leco estava tão confiante que seguiu contratando jogadores como Buffarini, Chavéz e Cueva, indicados por ele. Bauza sabia como poderia tirar o máximo deles. Só que não pôde provar. Foi chamado pela AFA. Como revelou o blog, havia uma cláusula fatal no seu contrato. Desde que viesse o convite, o São Paulo estava amarrado. Teria de liberá-lo imediatamente, sem receber um tostão de multa. Nada. Leco tinha apenas o direito de acenar com um lenço, dar adeus no aeroporto de Cumbica. Daí, a opção por tirar o treinador do Botafogo, que estava na Segunda Divisão. Ricardo Gomes é um guerreiro. Seu amor ao futebol vai além do bom senso. Ele teve dois Acidentes Vasculares Cerebrais. O segundo com hemorragia. Correu risco de morrer. Ambos enquanto estava no banco de reserva. Um pelo São Paulo, contra o Palmeiras. E o segundo, comandando o Vasco, diante do Flamengo. O seu amor pelo futebol o fez voltar ao futebol. Primeiro como dirigente. Mas não conseguiu ficar longe. Quis voltar a ser técnico. Sua família e os médicos sabem que é uma das profissões mais estressantes deste país. Ainda mais para quem já teve dois AVCs. Só que não houve jeito. Ricardo Gomes foi inflexível. Conseguiu cumprir a obrigação. Tirar o Botafogo da Segunda Divisão. O levou para a disputa de título carioca. Perdeu para o Vasco. Mas seu trabalho chamou a atenção do Cruzeiro. O time mineiro oferecia mais dinheiro do que recebia. Mas a diretoria botafoguense prometeu um aumento. Ele ficou no Rio. Mas não cumpriu a promessa. E Ricardo se sentiu livre, quando chegou o São Paulo. É difícil analisar o seu trabalho em pouco mais de um mês. Sua personalidade e amor ao futebol atrapalham o julgamento isento. Mas os resultados saltam aos olhos.

No Brasileiro, na sua estreia, o time empatou com o Internacional, em Porto Alegre, por 1 a 1, na sua estréia. Empatou com o Coritiba, no Morumbi, em 0 a 0. Perdeu para o Palmeiras, na arena do rival, por 2 a 1. Venceu o Figueirense por 3 a 1, no Morumbi. Ganhou do Cruzeiro, no Morumbi, por 1 a 0. Perdeu para o Atlético Paranaense, em Curitiba, por 1 a 0. Duas vitórias, dois empates, duas derrotas. De 18 pontos disputados, conquistou oito. Perdeu 10. Está a 17 pontos do líder Palmeiras. Faltando 12 rodadas, o clube já não tem a menor pretensão de título. Está a 11 pontos da zona de classificação para a Libertadores de 2017. A tarefa é dificílima. Por outro lado, está a apenas seis pontos dos quatro que ocupam a amaldiçoada zona do rebaixamento. Os 12 jogos que restam para o São Paulo. Vitória, em Salvador; Flamengo, no Morumbi; Sport, em Recife; Santos, no Pacaembu; Fluminense, no Rio; Ponte Preta, no Morumbi; América, em Belo Horizonte; Corinthians, no Morumbi; Grêmio, no Morumbi; Chapecoense, em Santa Catarina; Atlético Mineiro, em Belo Horizonte; e Santa Cruz, no Morumbi.

As "autoridades" seguem averiguando se houve facilitação na invasão do CT da Barra Funda, por parte das organizadas, no dia 27 de agosto. Quando Michel Bastos, Carlinhos e Wesley foram agredidos. Se realmente foi planejada essa "facilitação", a invasão para "dar um choque nos jogadores", o efeito foi contrário. Muitos atletas seguem com medo dos vândalos. O futebol até piorou. Só seguem no clube amarrados por contrato. O ambiente segue cada vez mais pesado, marcado pela insegurança. Os discursos de Marco Aurélio Cunha não provocaram a reação desejada. Nem a promessa de aumento nas premiações. Para piorar, a parte política promete ser agitada neste fim de temporada. O Comitê de Ética, responsável pela expulsão de Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro, está investigando o presidente Leco. E o seu envolvimento em uma comissão não paga a Jorginho Paulista, que obrigou o São Paulo a pagar mais de R$ 2 milhões.

O resto de 2016 traz mais tensão. O clube avisou aos quatro cantos que priorizaria a Copa do Brasil. Mas acaba de ser eliminado por um time da Terceira Divisão. Com seu treinador garantindo que o time deu um espetáculo. O São Paulo não só deixa sonhar com um título inédito. Desperdiçou milhões nos confrontos pelas quartas, semifinais e uma eventual final de Copa do Brasil. Além do atalho para a Libertadores. O São Paulo deve mais de R$ 150 milhões. Mais pressionado do que nunca, segue no Brasileiro. Com o descrédito de sua torcida. Com a falta de rumo da diretoria. A tensão dos jogadores. E o disfarce de Ricardo Gomes, que não conseguiu dar o mínimo padrão ao São Paulo, desde que largou o Botafogo. A sensação no Morumbi é conhecida. Mais um ano desperdiçado. Marcando passo, patinando. Cheio de desculpas vazias. Desta vez com direito a vexame histórico. Virou motivo de festa de time de Terceira Divisão. Qual humilhação falta para o São Paulo Futebol Clube? O tricampeão mundial, tri da Libertadores e hexa Brasileiro? O rebaixamento? Que tal uma nova invasão ao CT? Quem sabe, tudo não melhora?




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

"O São Paulo fez história no futebol, ao expulsar Aidar e Ataíde, presidente e vice. E agirá severamente com quem prejudicar o clube. Doa a quem doer." Exclusiva com Ópice Blum, presidente do Comitê de Ética. O próximo a ser investigado no Morumbi: o presidente Leco...

"O São Paulo fez história no futebol, ao expulsar Aidar e Ataíde, presidente e vice. E agirá severamente com quem prejudicar o clube. Doa a quem doer." Exclusiva com Ópice Blum, presidente do Comitê de Ética. O próximo a ser investigado no Morumbi: o presidente Leco...




José Roberto Ópice Blum. Dono de um dos maiores escritórios de advocacia do país. Advogado, juiz, desembargador, secretário municipal. Mais de 60 anos de São Paulo Futebol Clube. Conselheiro, vice jurídico, presidente interino, vice de Juvenal Juvêncio. Se afastou depois de não concordar com a mudança nos estatutos, que deu terceiro mandato a Juvenal. Foi morar cinco anos nos Estados Unidos. Voltou ao Brasil e ao São Paulo. Foi nomeado presidente do Comitê de Ética. E teve de julgar os polêmicos casos envolvendo o então presidente do clube, Carlos Miguel Aidar e seu vice, Ataíde Gil Guerreiro. Ele foi o principal responsável pela recomendação da expulsão de ambos do Conselho Deliberativo. Pela primeira vez na história do São Paulo Futebol Clube, um presidente e seu vice de futebol foram expulsos do Conselho Deliberativo. A participação do Comitê de Ética não foi política, como muitos no Morumbi esperavam. Mas absolutamente rígida, minuciosa, detalhista. Foi feita uma investigação verdadeira. Sem direito a improviso. Com depoimentos gravados e filmados de todos os envolvidos. Busca de documentos, depoimentos, testemunhas. Algo inédito e que chocou o clube. O resultado não deixou outra opção a não ser a expulsão dos dois. Sacramentada pelo Conselho Deliberativo. Agora, há um novo caso. E muito grave. A comissão paga não paga por Carlos Augusto Barros e Silva, na época diretor de futebol, aos empresários de Jorginho Paulista, em 2002. O São Paulo terá de bancar R$ 2.495.585,55 à Prazan Comercial Ltda. Ópice Blum levanta provas. Um calhamaço de três volumes, que explica todo o processo, chegou às suas mãos. Ele começará a entender o que aconteceu. Os motivos que levaram dois presidentes a não pagarem essa comissão. Ele não quis dar mais detalhes desse caso que tem Leco como foco. "A única coisa que garanto é que nada que prejudique o São Paulo será varrida para baixo do tapete. Não com a nossa Comissão de Ética. Foi assim com o Carlos Miguel e com o Ataíde. Se houver irregularidade em qualquer caso que chegar às minhas mãos, vou pedir punição. Seja quem for", garante, em entrevista exclusiva ao blog. O senhor foi secretário municipal,juiz, desembargador, tem um dos maiores escritórios de advocacia do país, tem um nome a zelar. As influências políticas ou amizades no São Paulo pesaram na expulsão do presidente Carlos Miguel Aidar e no vice Ataíde Gil Guerreiro do Conselho Deliberativo do clube? O senhor não pertence a uma ala política que é ligada aos dois? Excelente sua colocação. Porque a minha formação jurídica que me levou a ficar 30 anos no tribunal, mediante concurso público, e não nomeação de governador, me ensinou uma coisa: você escuta, você estuda, você preenche lacunas que possam existir, e finalmente, você decide. E quando decide, não há influência de qualquer espécie no meu espírito julgador. Primeiro, porque não admito influência. Segundo, porque sou um técnico. Dentro dessa tecnicidade, não admito interferência de quem quer que seja. Isso foi em toda a minha vida. O meu passado como magistrado, como advogado, reflete bem isso que estou afirmando agora. A Comissão de Ética sob a minha presidência, passou a ter total independência. Fico muito feliz com os membros da comissão, que é heterogênea. É formada por um advogado a mais (além dele), um dentista, um professor universitário e um químico. A diversidade de enfoque é que dá qualidade a essa comissão. E independência em relação a divisões políticas no São Paulo. Dentro do São Paulo, fui um dos fundadores do "Clube da Fé", que é um órgão político dentro do clube. Mas tão logo eu voltei dos Estados Unidos, onde permaneci por mais de cinco anos, a minha primeira posição foi pedir licença da minha organização política. Exatamente porque eu iria presidir essa Comissão de Ética. E isso me impôs estar longe de qualquer facção política. E é o que está acontecendo. Enquanto eu permanecer, será o que vai acontecer. Com relação a amizades, eu tenho com todos os conselhos, inúmeros sócios com que eu convivo. Mas eu não permito que ninguém me peça absolutamente nada. Sou uma pessoa independente, como os outros membros da Comissão de Ética também são. Consequentemente, se estiver correta a postura de quem está sendo analisado, será inocentado. Se não estiver, será condenado. Seja quem for. Doa a quem doer. Vamos separar os casos Carlos Miguel e Ataíde. Por que Carlos Miguel Aidar foi expulso do Conselho Deliberativo? Uma pessoa que foi ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil? O que ele fez? A nós da Comissão de Ética coube apurar fatos. E nessa apuração de fatos, na administração do Carlos Miguel foram apurados alguns senões que resultaram na sua expulsão do Conselho Deliberativo. Quais senões? A interferência básica de sua namorada (Cinira Maturana) em negociações do São Paulo. Entre elas, uma que envolvia Rodrigo Caio, nosso medalhista de ouro, em uma tratativa que houve em Madrid (ela teria direito a comissão em uma eventual venda para o Valencia por R$ 45 milhões). Tudo comprovado em trocas de e-mails. Essa participação da namorada do presidente na negociação foi incompatível com o estatuto, com a ética do clube. Daí a recomendação pela expulsão.

Mas não houve também uma participação suspeita de Aidar na vinda da Under Armour para o São Paulo? Principalmente com a participação de um intermediário com sede em Hong Kong... Você está se referindo à Far East. Essa foi uma questão suscitada perante o Conselho Deliberativo e que motivou por parte do atual presidente da diretoria (Carlos Augusto Barros e Silva), a constituição de uma comissão específica para tratar desses procedimentos. E essa comissão chegou à conclusão que (muito irônico) "talvez", "em tese", "quiça", algo poderia estar errado. Sem, contudo, apontar a gravidade, a atividade e a extensão de cada ato. Portanto, a conclusão deste comissão foi considerada nula. (Tudo ficou mais calmo, quando Aidar mostrou uma cláusula no contrato com a Far East. Nela, o São Paulo estaria livre de pagar R$ 18 milhões de comissão, desde que o Conselho Deliberativo não aprovasse. Ele nunca aprovou. E o "famoso" Jack Banafsheha, que era apresentado como intermediário, não ganhou um centavo. Em um contrato de R$ 135 milhões. Tudo absolutamente estranho, nebuloso.) A Comissão de Ética decidiu pela expulsão de Carlos Miguel do Conselho Deliberativo. Era o máximo que poderíamos fazer. Repito, não somos delegacia de Polícia e muito menos agentes do Ministério Público. Se em seguida, o Carlos Miguel quis renunciar, o problema foi dele. Não tínhamos poder para exigir sua saída da presidência. Mas do Conselho Deliberativo, sim. E foi o que fizemos. O São Paulo está acima de todos. De todos... E em relação ao vice Ataíde Gil Guerreiro? Foi a agressão ao Aidar e mais as suspeitas em várias transações? A expulsão do Ataíde foi um pouco diferente. Inicialmente, o Ataíde gravou uma conversa com o presidente Carlos Miguel e dessa gravação houve um atrito físico que envolveu ambos. Pelo relato que temos no processo, constatou-se, que essa agressão foi séria. E exigiu a intervenção de outras pessoas para que não tivesse uma consequência muito mais séria. Uma pessoa teve de agarrar o Ataíde para que ele tirasse a mão do Carlos Miguel Aidar. Parasse de o esganar.

Como assim, algo mais sério do que bater? O Ataíde é uma pessoa nervosa. Ele disse repetida vezes durante a agressão e, perante o Conselho Deliberativo, que iria matar o Carlos Miguel Aidar. Isso foi dito por ele. E constou no processo. É algo sério e que tem consequências. O Ataíde é uma pessoa nervosa. Mas acredito que ele disse no momento de nervosismo. Um vice presidente esganando o presidente e dizendo que o iria matar não condiz com o São Paulo Futebol Clube. (Para piorar a situação, o Comitê de Ética descobriu que Ataíde já havia ameaçado outro sócio do São Paulo. Há mais de uma década. A agressão inclusive foi registrada em uma ata. A esganadura, que aconteceu no hotel Radisson, teve consequências físicas. Aidar garantiu ao conselho que rompeu a cartilagem de um dedo das mãos. O Comitê de Ética analisou a famosa fita, onde Ataíde gravou confissões de Aidar, em negociações. Levou a um estúdio sofisticado. No estúdio se chegou à conclusão que ela foi editada. Ou seja, trechos podem ter suprimidos. Eles poderiam comprometer Ataíde. Não há a certeza nem que aconteceu uma só conversa.) O Ataíde é responsável pelo absurdo caso Maidana? (O jogador foi comprado no ano passado por R$ 400 mil junto ao Criciúma por um intermediário. E repassado ao Monte Cristo, de Goiás. 48 horas depois, vendido ao São Paulo por R$ 2 milhões. O Ministério Público e o GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos) investigam o caso.) A questão do Maidana foi atribuída ao Carlos Miguel por pessoas que participaram da negociação. Ele foi o responsável por essa transação. Mas o Carlos Miguel nega e diz que foi o Ataíde. Em seu benefício, ele junta três declarações, de três pessoas diferentes, duas delas prestando depoimento no Ministério Público. Nós do Comitê de Ética não chegamos à qualquer conclusão no caso Maidana. Mas há algo que nos tranquiliza, o caso está sendo apurado, em toda sua extensão, pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Se o Ministério Público chegar à uma conclusão que houve dolo ao São Paulo nessa transação, puniremos novamente as pessoas envolvidas. Até porque tanto o Aidar quanto o Ataíde seguem sendo sócios do clube. O Ataíde participou de muitas negociações com as quais não concordamos.

O Comitê de Ética não teve a menor dúvida na decisão de expulsar Aidar e Ataíde? Não. Foi muito séria a apuração. Foi um processo de mil páginas. Documentos de todos os naipes. Depoimentos extensos, todos devidamente gravados, filmados, e estenotipados. Aidar e Ataíde foram apenados com a pena máxima. Exclusão do Conselho Deliberativo. Mas como é que os dois, com mil páginas de comportamento antiético, seguem sendo sócios do São Paulo? Não compete ao Comitê de Ética expulsá-los do clube. Compete à diretoria executiva (ao presidente Leco). Nós provamos que eles prejudicaram o São Paulo Futebol Clube. A responsabilidade de mantê-los como sócios é totalmente do presidente. A dúvida que fica na opinião pública é clara. Se for comprovado que uma pessoa roubou o São Paulo, porque essa pessoa não é presa? A coisa é simples. Quase um bê a bá do direito. Toda pessoa que tiver conhecimento de um crime deve comunicá-lo a uma autoridade competente, pode comunicar a um delegado de polícia, pode ser um membro do Ministério Público, que irão levar essa notícia ao Poder Judiciário. Agora, garanto a você, se eu tiver certeza absoluta, prova nas mãos, preto no branco, como cidadão brasileiro, como são paulino, que alguém prejudicou o meu clube, comunicarei as autoridades para que tomem as providências necessárias. E serei o primeiro a testemunhar. Lembro a você que o Ministério Público já está investigando, por exemplo, o caso Maidana.

Não é surreal uma pessoa que foi expulsa do Conselho Deliberativo, assumir o cargo de diretor institucional do São Paulo? O Ataíde foi nomeado pelo presidente Leco. Como presidente da Comissão de Ética afirmo que no São Paulo se faz justiça. Nós não compactamos com qualquer subversão à ordem legal, aos conceitos que fizeram o nosso clube tricampeão do mundo e ser conhecido por todo o planeta. Não compactuamos com quem age dessa forma. A Comissão de Ética agiu sim, de forma decisiva e puniu quem tinha de punir, apesar de notícias contrárias, mostrando que há muitas fontes não confiáveis. Quem deve responder o porquê da manutenção de um expulso na diretoria é quem o nomeou. A responsabilidade é de quem o nomeou (Leco). Isso perante o Conselho Deliberativo soa como um desrespeito, um acinte e prejudica mais ainda a imagem do São Paulo. O Leco tem um processo que chegou à Comissão de Ética. Envolvendo a comissão não paga ao empresário do jogador Jorginho paulista. A Comissão de Ética tem força para, se preciso for, recomendar a expulsão do Conselho Deliberativo, de outro presidente? (Depois de 14 anos, o clube foi condenado a pagar R$ 2.495.585,55 à Prazan Comercial Ltda. A empresa foi responsável, em 2002, pela comissão de R$ 732 mil. O atual presidente do São Paulo era diretor de futebol. Sua primeira reação, no ano passado, foi alegar não se recordar do caso. "Não me lembro. Foi em 2002, já faz 13 anos. Comissão no futebol é a coisa mais banal. Por algum motivo, que não me lembro, não foi pago.") Veja...A Comissão de Ética apresenta um parecer. E se for a expulsão, precisa ser aprovada pelo Conselho Deliberativo. Os elementos do Jorginho Paulista estão chegando agora. O processo que levou a esse dinheiro que o São Paulo terá de pagar pela comissão do Jorginho Paulista tem três volumes, cerca de mil páginas. Está lacrado. Vou ler com calma. E vou passar ao relator que vou indicar para analisar esse processo. Esse processo será examinado e julgado bem antes do final de mandato do atual presidente. Seja qual for o resultado da nossa análise, ele ainda estará no seu mandato. O presidente Leco pode acabar com o Comitê de Ética e acabar com esse processo interno? O presidente do São Paulo, não. O presidente do Conselho Deliberativo, sim. Ele pode. Enquanto essa comissão de Ética existir, tudo que acontecer de errado no São Paulo será apurado. Esteja quem estiver envolvido.


O assessor do presidente, Rodrigo Gaspar, criticou o Rodrigo Caio. O chamou de jogador de condomínio no twitter. Ele foi punido?

Houve representação de conselheiros contra essa pessoa. Como um assessor do presidente não poderia falar o que falou publicamente. Desvalorizou um atleta tão importante. O Comitê de Ética recomendou a censura. É algo mais sério do que advertência. Fica antes da suspensão do Conselho Deliberativo por 90 dias. E da expulsão.

Eu tenho 30 anos de profissão. Nunca vi o São Paulo tão exposto, com casos tão absurdos, envolvendo expulsão, comissão para namorada, vice enforcando o presidente, jogador que custa R$ 400 mil sendo comprado dois dias depois por R$ 2 milhões. Por que tantos escândalos? O que aconteceu com o clube? Antes as coisas eram escondidas?

As coisas nunca foram escondidas no São Paulo. O que eu posso dizer é que este São Paulo não é o que eu conheci. É um São Paulo diferente. Em todos os sentidos. Postura, educação, cultura. O São Paulo sempre se caracterizou de resolver suas divergências, e elas existiram, muitas, fossem resolvidas entre quatro paredes. Eu fiquei chocado, tremendamente decepcionado quando tive acesso às provas. Porque partem de pessoas que eu jamais pensei que partissem de pessoas que não participassem de atividades que fossem as mais lícitas possíveis.


Apesar dessa situações vexatórias, esses escândalos, o senhor tem noção que o São Paulo acabou de fazer história? Expulsou do Conselho Deliberativo o seu presidente e o seu vice de futebol?

Lamentavelmente, é. Como disse a você, o trabalho de Comissão de Ética tem 1000 páginas. Esse trabalho permitiu a apuração de fatos e a conclusão que a pena do Carlos Miguel e do Ataíde deveria ser a exclusão do Conselho Deliberativo do São Paulo. Ele serve de exemplo não só para os são paulinos, que se sentiram realizados com a exclusão. Não é sair punindo a torto e à direita. É quando você tem prova para isso. É um exemplo para o futebol brasileiro. É um exemplo para o futebol internacional. Trocando em miúdos, não agiu corretamente, é punido de forma severa. Não importa quem seja. É assim que solidifica e purifica uma administração. É assim que damos satisfação à terceira maior torcida deste país.

A história do São Paulo está manchada?

Manchou, manchou. A partir do instante que você passa a ter uma disputa pública, pela imprensa...Você é jornalista, vive da notícia. Mas a notícia não pode sair do São Paulo. Pode sair a conclusão. Mas não a notícia em si. Com todo o respeito que tenho pelo São Paulo, isso jamais poderia ter ocorrido. Assuntos sérios são resolvidos de forma profissional. E não amadoristicamente.

Qual o prejuízo que Aidar e Ataíde trouxeram ao São Paulo? Moral, ético, financeiro?

A partir do instante que você tem um patamar de responsabilidade e confiabilidade e isso é atingido, acaba ferida a sua credibilidade. Isso vai afetar em todos os setores. O financeiro, o setor de sócios, naqueles que estão começando a nascer para a vida e viam sempre uma motivação: "vou torcer para o São Paulo, tricampeão mundial". Esses casos trouxeram malefícios, prejuízos e causa uma tristeza, uma revolta muito grande.

Última pergunta. Qual o recado que o senhor deixa para desde o mais humilde até o mais alto funcionário do São Paulo. Do faxineiro ao presidente. Aquele que tentar se apropriar de algo que pertença ao clube.

Pense bem antes de fazer qualquer coisa errada. Enquanto nós permanecermos na Comissão de Ética, eu e meus companheiros, nós não iremos ter complacência com qualquer pessoa que possa se desviar da retidão de conduta. Não colocaremos caso nenhum embaixo do tapete. Nenhum. O São Paulo já foi prejudicado demais. Doa a quem doer. Já provamos do que somos capazes...



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli