segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Semana de recomeço

Semana de recomeço



Olá galera. A última semana ficará marcada pra sempre com a tragédia aérea que matou jogadores, jornalistas, dirigentes e tripulantes, que estavam na aeronave da Lamia. Esquecer? Não tem como! Mas o tempo não para. Aos poucos as atividades vão voltar ao normal. Ainda muito abalados, times terão que entrar em campo nos próximos dias, pra definir importantes situações. Quarta-feira, Grêmio ou Atlético Mineiro conquistará a Copa do Brasil. Os gaúchos estão bem próximos da taça. Podem perder por até um gol de diferença, em casa, pra comemorar o título. O Galo, que demitiu o treinador Marcelo de Oliveira, precisará jogar bem melhor do que fez no primeiro confronto. Resta saber como estará a cabeça dos atletas. O Brasileirão, que já tem seu campeão, ainda não terminou pra quem ainda sonha com uma vaga pra Libertadores, e pra quem ainda tenta fugir da Série B. Entre Atlético Paranaense, Botafogo e Corinthians, um ficará sem a vaga para a Liberta. Lá embaixo, o Vitória está quase fora da briga, que deverá ficar entre Sport e Internacional. O Colorado é quem está em situação mais desesperadora. O jogo entre Chapecoense e Atlético Mineiro, que independentemente do resultado não mudará nada importante na tabela de classificação, não deverá ocorrer. Dirigentes de ambos os clubes já disseram que os times não entrarão em campo. Estamos em uma semana de recomeço. Enquanto isso, vamos ficar na torcida para que a Chapecoense volte a brilhar, muito em breve. beijim Mylena &nbsp &nbsp

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

Fluminense dá férias a 12 jogadores às vésperas de enfrentar o Internacional. O jogo pode custar o rebaixamento do clube gaúcho. Vitória e Sport estão sendo prejudicados. Palmeiras e Figueirense têm a obrigação de fazer o mesmo. A credibilidade do Brasileiro vai para o ralo de vez...

Fluminense dá férias a 12 jogadores às vésperas de enfrentar o Internacional. O jogo pode custar o rebaixamento do clube gaúcho. Vitória e Sport estão sendo prejudicados. Palmeiras e Figueirense têm a obrigação de fazer o mesmo. A credibilidade do Brasileiro vai para o ralo de vez...




Diego Cavalieri, Gum, Giovanni, Ayrton, Pierre, Marquinho... Aquino, Alex Rojas, Maranhão, Magno Alves e Danilinho. 12 jogadores. Alguns fundamentais ao elenco do Fluminense. Todos entraram em férias ontem, não participarão da última rodada. Não enfrentarão o Internacional, no jogo de vida e morte para a tentativa de sobrevivência do time gaúcho. O time carioca convocou quatro juniores para completar o time. A atitude atinge em cheio a credibilidade do Brasileiro. A CBF deveria tomar uma providência séria. O presidente recém-eleito Pedro Abad não deveria compactuar com esse planejamento. Pela decência do torneio. O Fluminense já ganhou vaga na Série A por virada de mesa. Embora o Flamengo acabasse beneficiado, o clube das Laranjeiras foi o principal personagem no estranho rebaixamento da Portuguesa, em 2013. Ou seja, um clube tão glorioso deveria preservar sua imagem. Assim como Abel Braga. Embora assuma o time em 2017, ele deveria agir. O novo treinador deveria brigar publicamente pelo veto a essas féria. Mas ele nada fez. Nas redes sociais, a indignação é generalizada. Por um motivo mais do que óbvio. Ele tem sua carreira marcada como treinador do Internacional. Foi com o clube gaúcho que ganhou os seus maiores títulos. O Mundial e a Libertadores. Foram cinco passagens pelo clube. Mais de oito anos comandando a equipe coloradas. A cada troca de comando, seu nome é citado. Seu ambiente no Beira-Rio é excelente. Na entrevista de apresentação, Abel Braga chorou. E deu uma declaração forte. "Esse clube é diferente. Eu venho buscar algo que o torcedor pretende e gosta de ver. O time do Fluminense, hoje, é um time sem alma. É um time sem cara. O time tem que ter caráter, entrega. Até pouco tempo isso existia. Antes de tudo tem que existir alma. Já fica o aviso: vai ter que ter alma, caráter e uma noção exata do escudo que está no peito e de todos troféus." Em seguida, o clube dá férias a 12 jogadores. Compromete a rodada final do Brasileiro. Não há como concordar com a falta de atitude de Abel. Ele é um dos grandes prejudicados com essa decisão. Deveria estar berrando ser contra esses 12 desfalques. Berrando...

Desfalcar o Fluminense na partida que o Internacional precisa vencer de qualquer maneira é inaceitável. Seja Abel, Abad ou quem for que autorizou férias antecipadas dos 12 atletas. Time misto é deixar os gaúchos mais próximos da vitória. Uma derrota contra os tricolores e o rebaixamento estaria confirmado. O Internacional disputa a sobrevivência com Vitória e Sport. Só há uma atitude que neutralizaria esse gesto do Fluminense. Palmeiras e Figueirense deveriam escolher 12 jogadores de seu elenco, alguns titulares absolutos, e não colocarem para atuar contra os times nordestinos. Já que virou bandalheira, uma postura igual. O Fluminense pode fazer o que quiser com seu elenco. Escalar Gustavo Scarpa no gol. Só que o silêncio da CBF consegue ser pior. Um clube está, de maneira consciente, dando brecha para desconfiança na última rodada. Uma equipe, entre as três que podem cair, está sendo descaradamente beneficiada. E Marco Polo del Nero se cala. Como é que patrocinadores têm coragem de bancar um torneio desse jeito? Como empresas querem seus nome atrelados a essas situações bizarras? Como o telespectador vai perder horas com campeonatos duvidosos? Abel Braga é um treinador conhecido por sua seriedade, honestidade. Ele deveria se opor publicamente a estas férias coletivas. Segue em silêncio. Os doze jogadores já estão descansando, viajando. Justo quando o mundo do futebol está chocado com a morte dos atletas da Chapecoense e se esperava um renascer do futebol brasileiro, o Fluminense resolve tomar essa atitude reprovável. E que provocou a revolta de inúmeros torcedores.

Por que o clube das Laranjeiras outra vez está na berlinda? Na decisão de uma vaga na Segunda Divisão? De novo, é questionado, ofendido.

Tudo parece inacreditável.

Mas não é.

Com a CBF calada.

Del Nero parece estar esperando o próximo Carnaval.

Seria ótimo que Palmeiras e Figueirense fizessem justiça.

Colocassem uma dúzia de seus atletas para descansar no domingo.

É o mínimo que Vitória e Sport e o torcedor sério merecem.

E que Marco Polo siga planejando sua ida ao Sambódromo em paz...




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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

"O Internacional é um clube grande com administradores pequenos. O Fernando Carvalho é um dirigente de várzea." A revolta do prefeito de Chapecó. Ele sabe o que é uma verdadeira tragédia...

"O Internacional é um clube grande com administradores pequenos. O Fernando Carvalho é um dirigente de várzea." A revolta do prefeito de Chapecó. Ele sabe o que é uma verdadeira tragédia...




"O Internacional é um clube grande com pequenos administradores. O Fernando Carvalho é um dirigente de várzea dirigindo um clube grande. O Inter tem direção de várzea, amadora. Tem uma bela torcida, muitos sócios e um dirigente de várzea." Em meio à terrível dor pela tragédia que se abateu sobre a Chapecoense, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, mostrou sua revolta à postura do vice de futebol do Internacional, Fernando Carvalho. Luciano participou de todos os momentos do terrível acidente. Passou por momentos de intensa consternação. Primeiro, escapou da morte pelo acaso. Deveria estar no fatídico voo da Lamia. Não foi porque tinha compromissos como prefeito em São Paulo. Depois, assim que soube da queda do avião, foi para Medellin. E acompanhou tudo. Desde a retirada dos corpos, o desespero para cuidar dos sobreviventes, o lastimoso e obrigatório reconhecimento dos mortos, esteve na emocionada e inesquecível demonstração de solidariedade do povo colombiano, cuidou do velório na Arena Condá e da sucessão de enterros. O prefeito acompanhou de perto o sucesso da Chapecoense. Era amigo de Caio Júnior, da direção do clube e de vários jogadores. "É como se tivesse perdido grande parte da minha família de uma vez. É terrível", disse. Mas, em meio a tanto sofrimento, Luciano teve acesso à terrível declaração de Fernando Carvalho. A insensível comparação a provável queda do Internacional à Série B, como tragédia. "Além da consternação geral, temos a nossa tragédia particular que é fugir do rebaixamento. Estamos nos agarrando nas folhas da última árvore. Esse adiamento de rodada certamente vai ser prejudicial. Nem estou falando nisso, a consternação é geral e a solidariedade é unanime. Mas esse adiamento certamente vai trazer embaraços que lá adiante vamos ter que comentar", reclamou à TV Pampa. Ele teve a coragem de reclamar do adiamento da rodada que deveria acontecer neste fim de semana que passou. Não levou em consideração que não houve jogos para o Brasil homenagear os mortos na queda do avião que dizimou o time da Chapecoense.

E o pior foi utilizar a palavra tragédia. Se existe alguém no Brasil que sabe o significado intenso de tragédia se chama Luciano Buligon. A sua declaração ao UOL não foi um mero desabafo. Mas sintetiza a falta absoluta de humanidade diante ao maior acidente envolvendo uma delegação esportiva da história. Nunca no mundo morreram tantas pessoas em um voo para uma disputa esportiva. Os pedidos de desculpas de Fernando Carvalho e a acusar a edição da entrevista não convenceram ninguém. Os resquícios da falta de solidariedade do dirigente atingiram em cheio o Internacional. Nas redes sociais, o clube segue sendo acusado de egoísmo descabido. As críticas e a torcida pelo rebaixamento crescem a cada dia. No velório dos jogadores da Chapecoense, o presidente Vitorio Piffero foi hostilizado pelos torcedores na Arena Condá. Teve de ouvir gritos de "fora daqui", "vai para casa", "não merece colocar os pés nessa grama". Piffero fingiu não escutar. A própria torcida colorada se mostra contra as palavras de Fernando Carvalho. E pela postura de Piffero. Enquanto o Brasil vivia a comoção pela tragédia da Chapecoense, ele ingressava no STJD tentando evitar a queda do Internacional no tapetão. Questionando a escalação do zagueiro Victor Ramos do Vitória. No treinamento de ontem, em Porto Alegre, uma faixa resumia a postura dos torcedores. "Clube grande. Direção pequena. Na A ou na B, estaremos contigo. Cala-te Piffero. Força, Chape."

A reprimenda dos torcedores foi desmoralizante. As palavras pesadas do prefeito de Chapecó chegaram até Porto Alegre. Mas Fernando Carvalho e Vitório Piffero combinaram. E não vão alimentar mais polêmica. Eles também proibiram os jogadores de tocar no assunto. Esperavam que as desculpas de Carvalho bastariam. A postura orquestrada dos atletas de não quererem disputar a última rodada também caiu muito mal. O abalo dos jogadores com o acidente da Chapecoense seria tanto que não queriam enfrentar o Fluminense, no próximo domingo. A sugestão de virada de mesa ficou implícita. Sem última rodada, sem a confirmação do rebaixamento. E o Internacional seguiria normalmente na Série A em 2017.

"O Internacional é um clube grande com pequenos administradores. O Fernando Carvalho é um dirigente de várzea dirigindo um clube grande. O Inter tem direção de várzea, amadora. Tem uma bela torcida, muitos sócios e um dirigente de várzea." A declaração do prefeito de Chapecó será repetida durante esta semana decisiva do Brasileiro. Este clima de animosidade é muito ruim. Para sobreviver na Série A, o Internacional precisa vencer o Fluminense, no Rio, e torcer para o Vitória perder para o Palmeiras já campeão, em Salvador. E o Sport não derrote o já rebaixado Figueirense, equipe de Santa Catarina, mesmo estado da Chapecoense. A insensibilidade de Fernando Carvalho sabotou o Internacional. Se depender da torcida do Brasil, a Segunda Divisão o aguarda em 2017...



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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

domingo, 4 de dezembro de 2016

A tragédia da Chapecoense provocou uma enorme perda no jornalismo esportivo. E grande vazio para quem teve a sorte de conviver com Victorino Chermont. Descanse em paz, amigo...

A tragédia da Chapecoense provocou uma enorme perda no jornalismo esportivo. E grande vazio para quem teve a sorte de conviver com Victorino Chermont. Descanse em paz, amigo...




Afinidade é algo indispensável em qualquer relação humana. Entender o que se passa na alma de quem está falando, ouvindo, rindo, chorando. Essa é a base de uma amizade. Não importa o tempo passado juntos. Há ou não há afinidade. Era o que acontecia comigo e Victorino Chermont. Nos encontrávamos em todas as grandes coberturas do futebol brasileiro desde 2002. Lembro quando ele empunhava o microfone do Sportv, no Japão. Em suas longas entradas ao vivo, assim que me via, me chamava para opinar. E assim foi, por anos. Em Copas, Copas América, Libertadores. Muita conversa, risadas. E principalmente as duas grandes preocupações. A primeira era com a informação correta. A busca da fonte verdadeira. O inconformismo com a resposta oficial dos clubes, da CBF. Victorino era absolutamente diferente da maioria dos repórteres de televisão. Incansável na busca de notícias exclusivas. Movido a uma energia sem fim. Não aceitava apenas os horários de treinos e os jogos. Não se enganava com a resposta pronta, "sem imagem, não há notícia para a tevê". Uma falácia. Ele aprendeu a buscar os bastidores, a contextualização, explicar os motivos e as consequências de qualquer notícia. Aprendeu com o pai, intelectual, Victorino Coutinho Chermond de Miranda. Escritor, advogado, pesquisador e genealogista. Vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Foi dele que herdou o nome e o amor pela leitura, pela informação. Essa fome de pesquisador estava nos seus cromossomos.

Nossa grande diferença era clara e até ironizávamos. "Você é muito duro, Cosme. Tem de bater, mas não pode espantar o dirigente, o jogador. Isso é coisa de paulista." Carioca até a raiz dos cabelos, ele se orgulhava do jogo de cintura. Ele era capaz de fazer as perguntas mais firmes, pertinentes, incômodas a quem quer que fosse. E depois, cumprimentava o entrevistado. Deixava a porta aberta para outra entrevista. Era um profissional do mais alto gabarito. Cumpria sua função e não perdia a simpatia nata. Impossível não se deixar cativar por sua ironia ácida, provocativa. Nesta Olimpíada, ficamos muito próximos. Jantamos inúmeras vezes juntos. Por causa do comentarista Leandro Quesada, paulista que foi trabalhar com Victorino, na Fox Sports. Presença frequente era o repórter cinematográfico Rodrigo Santana. Tomamos voos juntos na loucura que é o torneio de futebol nos Jogos Olímpicos. A serviço da política, a Seleção de Neymar excursionou pelo Brasil. "Enquanto a Olimpíada de verdade acontece no Rio", brincava Victorino. Nesses jantares,longos, muitas vezes para compensar a falta de tempo para o almoço, repartimos também a mesma aflição. A segunda preocupação básica. Como conciliar essa nossa vida atrás da notícia com a família? O sacrifício que exigimos de nossas esposas em todos os finais de semana, feriados. Os dias curtos para Natal, Ano Novo. A falta de descanso para a mente. Mesmo em férias, o telefone toca, a informação chega por e-mail. E tudo à nossa frente some. Inclusive nossas necessidades mais básicas. Como nos alimentar, ir ao banheiro, dormir. O que importa é ter a notícia. E inúmeras vezes as nossas famílias são sacrificadas. Me ouvi quando o Victorino se prometia que iria aproveitar mais a vida depois de cada cobertura. Só precisava de mais tempo. Falava com carinho, amor da esposa Luciana. E do filho adorado, também com o nome Victorino, tradição da família. Conheci os dois em Teresópolis. O orgulho da família era algo transparente. Ao contrário de São Paulo, os jornalistas cariocas seguem apaixonados por seus clubes.

Victorino era Flamengo até debaixo d"água. Sério, cansou de dar informações desfavoráveis, criticar o rubro-negro. Mas quando largava o microfone, adorava assistir aos jogos com o filho. O filho o reaproximo da arquibancada. Ambos iam de peito aberto, com a camisa flamenguista, sem o menor problema. Sua seriedade jornalista estava acima de tudo. "Em São Paulo, nós perdemos a fantasia. Impossível torcer para um clube sabendo o que ocorre nos bastidores. Os interesses. Vocês cariocas são loucos", provocava. Victorino respondia na lata. "Nós sabemos viver. Separamos as coisas e aproveitamos o que a vida tem para dar. Ficar lá no meio da galera do Mengão no Maraca,com o meu filhão, é uma das melhores coisas do mundo. Do mundo." Penso nesse trecho das nossas conversas hoje, domingo dia 4 de dezembro, às 11h32. Victorino nunca mais terá a sensação de abraçar o adorado filho, a amada Luciana. Será velado às 14 horas no Salão Nobre do Flamengo. Será enterrado às 15 horas no São João Batista. As 16 horas, Paulo Júlio Clement, também parceiro, será enterrado no mesmo cemitério. As 15 horas será velado no Fluminense, seu time de coração.

Assim como PJ, Victorino terá uma justa homenagem. A sala de imprensa do novo CT do Flamengo terá o seu nome. Ficará para sempre como símbolo de bom jornalismo esportivo. Sério, firme. Mas sem perder a ternura. Nas ironias da vida, os jornalistas não escolhem os voos quando vão para a cobertura. São as empresas que escolhem. E a preferência é sempre por acompanhar a delegação. Fazer imagens do embarque, de dentro do avião, do desembarque. Facilita a aproximação dos repórteres dos jogadores. Ainda mais Victorino, que adorava conversar. Sempre arrancava a notícia que fugia do dia-a-dia. E os clubes brasileiros nunca fizeram uma investigação profunda sobre os aviões que colocam seus atletas. E se os jogadores vão, os jornalistas, vão também. Foi o que aconteceu no infeliz voo fretado da Lamia que levaria a Chapecoense para a decisão da Copa Sul-Americana. E chegou a tragédia, a 30 quilômetros do aeroporto internacional de Medellin. Victorino brincava com Rodrigo Santana, seu câmera, que não gostava de voar. "Fica tranquilo. Avião não cai." O jornalismo esportivo precocemente um grande repórter. Eu, perdi, um parceiro de vida. Que nunca mais encontrarei com a Seleção Brasileira, sorrindo. Animado por mais uma cobertura, incansável. Mandando fotos para o filho, para Luciana. Pensei cem vezes se escreveria ou não essa matéria. Mas a saudade me obrigou. Seu filho vai se orgulhar do pai que teve. Eu tenho, por ter sido seu duro amigo paulista. Descanse em paz, Victorino...



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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sábado, 3 de dezembro de 2016

A Chapecoense vai renascer. Dinheiro, Libertadores, Ronaldinho Gaúcho, empréstimo gratuitos de jogadores, amistoso com o Barcelona. Permanência assegurada na Série A. As lágrimas irão secar...

A Chapecoense vai renascer. Dinheiro, Libertadores, Ronaldinho Gaúcho, empréstimo gratuitos de jogadores, amistoso com o Barcelona. Permanência assegurada na Série A. As lágrimas irão secar...




O arrebatador velório na Arena Condá deixou uma certeza. A Chapecoense vai renascer. Todo o sofrimento que mobilizou o mundo não trará as 71 preciosas vidas de volta. Não fará o piloto/dono do avião, Miguel Quiroga descer em Bogotá, gastar R$ 10.000,00, desperdiçar uma hora, e ter combustível para completar os 30 quilômetros que faltaram para o aeroporto internacional de Medellin. Mas a solidariedade fará o clube se reerguer. A começar pelo título de campeão da Sul-Americana de 2017, que o Atlético Nacional, de maneira elogiável, abriu mão. Além do título, são mais 2 milhões de dólares de premiação ao vencedor. Somados a 1,8 milhão de dólares que o clube faturou até chegar à final, dá na quantia de 3,8 milhões de dólares. E a garantia da participação na Libertadores de 2017. Mais, decidir a Recopa com ninguém menos do que o Atlético Nacional, clube que virou "irmão" nesta tragédia. O presidente da CBF, Marco Polo del Nero, está pressionado. Disposto a enfrentar o Estatuto do Torcedor, como já fez tantas vezes, e autorizar que o clube de Chapecó tenha imunidade ao rebaixamento. Pelo menos no Brasileiro de 2017. Um ano para se reestruturar. Os grandes clubes brasileiros e pelo menos dois argentinos Racing e Huracán, da Argentina, e o paraguaio Libertad oferecem oficialmente um ou dois jogadores por empréstimo. Pagando até salário, para não onerar o clube catarinense. Ronaldinho Gaúcho foi atingido em cheio pelas redes sociais. O jogador, que foi o melhor do mundo duas vezes, é o mais pedido pelos internautas. Sem clube, eles querem que defenda o clube por uma temporada. Mas ele se mostra disposto a disputar amistosos com a camisa verde. A direção do Barcelona já se ofereceu para ajudar e aceitaria jogar de graça um amistoso. O período ideal para os catalães seria a pré-temporada europeia do próximo ano. A cota de televisão continuará nos R$ 25 milhões.

A Chapecoense tem hoje apenas oito jogadores profissionais. A tragédia matou 19 atletas. O goleiro Follmann teve parte da perna direita amputada. Alan Ruschel fez uma cirurgia na coluna vertebral. E Neto. Ele teve fratura craniana. E enfrenta problemas pulmonares importantes. Além de ferimentos nas pernas. Os jogadores acidentados têm direito apenas a 26 salários como seguro. E os salários registrados na Carteira de Trabalho. Não estão contabilizados os direitos de imagem.

Mas a diretoria da Chapecoense se articula para ajudar as famílias, independente do seguro. Outra prova que dirigentes, quando querem, são gestores. A diretoria está arrasada. Os enterros serão amanhã. No meio de tanta tristeza, há a esperança.

A Chapecoense vai se reerguer. Como o Torino, o Manchester United, o Alianza Lima. Os mortos e feridos jamais serão esquecidos. O brilhante time que chegou à final da Copa Sul-Americana. Sob o comando de Caio Júnior. A solidariedade é algo impressionante. Pena que foi necessário tanto sofrimento para ela vir à tona. Principalmente neste mundo egoísta do futebol. As lágrimas vão secar...



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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Esporte Fantástico Especial!

Esporte Fantástico Especial!



O tempo não para. O Mercado da Bola começa a se agitar. Alguns clubes já estão anunciando seus treinadores para a próxima temporada, mas é difícil não lembrar ou falar do trágico acidente aéreo que matou jogadores, jornalistas, além de outros acompanhantes e tripulantes. É lógico que seria muito melhor que a tragédia não tivesse acontecido. Que o campeão da Copa do Brasil já fosse conhecido. Que os times estivessem se preparando para a última rodada do Brasileirão, e claro, que a primeira partida da final da Copa Sul-Americana fosse passado. Infelizmente nada disso aconteceu, e corre o risco de que somente a Copa do Brasil tenha o jogo pra sabermos se Grêmio ou Atlético Mineiro, ficará com a taça. Mas diante do triste ocorrido, foi possível ver que, mesmo vivendo em um mundo cheio de violência, ainda há grandes demonstrações de amor ao próximo. As manifestações em favor da equipe catarinense não param. Pelo visto, ajuda não faltará. A Chapecoense merece se reerguer, por tudo que vinha fazendo. A dor ainda é grande, o velório coletivo amanhã deverá ser marcado de muita emoção. Com o tempo a dor dará lugar a saudade. Merecidamente, os heróis que se foram serão lembrados eternamente. Tomara que todos cumpram suas promessas. Assim poderemos ver em breve a Arena Condá tomada de festa pelos torcedores, pelas muitas vitórias e conquistas que a Chape irá alcançar. Os corpos ainda chegam hoje ao Brasil. E uma boa notícia, os médicos já declararam que Neto deverá voltar ao futebol. Amanhã o Esporte Fantástico será todo dedicado para a Chapecoense. O programa começa às dez e quinze da manhã. Até lá. Mylena &nbsp &nbsp

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

Diretoria despreza a tragédia da Chapecoense. Na luta egoísta para tentar escapar do rebaixamento e esconder sua incompetência, exagera. Tudo que consegue é tornar o Internacional o 'time mais odiado' do país...

Diretoria despreza a tragédia da Chapecoense. Na luta egoísta para tentar escapar do rebaixamento e esconder sua incompetência, exagera. Tudo que consegue é tornar o Internacional o 'time mais odiado' do país...




O Internacional é o clube mais odiado do país. Quem conseguiu essa "façanha" foi sua diretoria. Incompetente para formar um elenco competitivo e escolher um treinador qualificado, a direção vê o time a uma rodada do rebaixamento para a Segunda Divisão. Os dirigentes manobram de todas as maneiras para que a equipe não caia. Afinal de contas, um mantra no Beira Rio é que "clube grande não cai". Provocação ao Grêmio, duas vezes rebaixado. O Palmeiras também foi duas. Assim como o Corinthians Corinthians, Fluminense, Botafogo. O Vasco, três vezes, Atlético Mineiro, e Bahia, três vezes. Fluminense e Bahia visitaram a Terceira Divisão. Esta ansiedade tem chocado a todos. Porque é insensível. Dá a todos a impressão que o clube não está sensibilizado com a tragédia que abateu a Chapecoense. Em um momento de tanta solidariedade, a colorada tem se mostrado apenas com o rebaixamento. O primeiro sinal foi dado pelo vice de futebol, Fernando Carvalho, comparando a ida para a Segunda Divisão a uma tragédia. Usou as palavras da pior maneira possível. "Temos a nossa tragédia pessoal, que é fugir do rebaixamento. Esse adiamento de rodadas, certamente, deve ser prejudicial." Ou seja, a Chapecoense tem a tragédia dela e o Inter tem a sua, pessoal. Uma lástima. Não é por acaso que a indignação domina as redes sociais. Foi algo nunca visto. A revolta foi até de torcedores colorados. Só que haveria mais. De maneira orquestrada, os jogadores do clube foram juntos dar uma coletiva. Todos arrumados com o uniforme de entrevistas do clube. E disseram não ter condições psicológicas para enfrentarem a última rodada. Não querem jogar com o Fluminense em respeito às mortes no voo da Chapecoense. "O fato é muito maior do que qualquer situação. Em solidariedade a todos da Chapecoense, aos familiares das vítimas e dos sobreviventes, que se envolvem com a Chapecoense, a cidade de Chapecó. A gente quer dizer que se fala muita coisa, mas, para ser bem direto, não se comparam as situações e o momento mais do que excepcional de tristeza. O campeonato fica nessa dúvida. Não tem tabela, não tem nada. A gente gostaria de deixar bem claro, por uma questão de respeito e emocional, que não teríamos condições de jogar a última partida", disse Alex. E não é que, em seguida, o presidente Vitorio Piffero deu seu aval à postura dos atletas? Interessante a sintonia...

"Estamos abalados por essa catástrofe. Podia ser com qualquer um. Estamos permanentemente nesses trechos (de viagem). Isso aumenta nossa dor. Temos muitos amigos, nos solidarizamos. (Chapecó) É uma região de colonização gaúcha." Ou seja, não houve viva alma com mais de dois neurônios que não tenha pensado a mesma coisa. O que os atletas defendem é a paralisação do Brasileiro. E em 2017 ninguém seria rebaixado. Subiriam os quatro da Série B. E um Brasileiro de 24 clubes. Seria a mais sórdida virada de mesa de todos os tempos. Se aproveitar da desgraça da Chapecoense. Ninguém abriu a boca para apresentar explicitamente a sugestão. A "interpretação maléfica" é dos outros. Como do revoltado Dinei.
Ele foi ex-jogador do Internacional, mas não aprovou a atitude. Chamou os colegas de profissão de "aproveitadores, vagabundos, pipoqueiros". Dinei foi muito elogiado nas redes sociais pela "coragem". E não é que, em seguida, os dirigentes apoiaram os jogadores. Se comportaram como se não soubessem do protesto. O que ninguém outra vez acreditou. A desconfiança de pura e tosca manobra domina a opinião pública brasileira. Até porque, enquanto o Brasil chora a Chapecoense, os advogados do Internacional, como o blog previu, entraram com um processo no STJD. A alegação é a irregularidade da escalação do zagueiro Victor Ramos. Assumindo desde já a incompetência para sair da zona do rebaixamento nos gramados. E novamente Piffero, justifica. "Entramos hoje à tarde em busca do nosso direito. Não há clube no Brasil que tenha tanta autoridade para recorrer à Justiça Desportiva quanto o Inter. Em 2005, perdemos (o título) na Justiça O Inter teria sido campeão em 2005. Nos tomaram na mão grande. Ninguém tem mais autoridade que nós por buscar o reconhecimento desta situação, que poderá reverter em pontos." Outra enxurrada de protestos. A situação é constrangedora. De Norte a Sul, há dois sentimentos para o amante de futebol. Comoção com a Chapecoense. E revolta com o Internacional. A sorte é que o clube vai se livrar de Vitorio Piffero e de Fernando Carvalho. Predo Affatato (situação) e Marcelo Medeiros (oposição) disputarão a eleição dia 10. Um dia antes da rodada que pode rebaixar os gaúchos. E que os "jogadores colorados" não querem disputar. Que Affatato ou Medeiros ajam de maneira diferente. O Internacional não merece tanto constrangimento. Ser o clube mais odiado do Brasil. Pela arrogância de dirigentes, maior do que tudo. Inclusive a solidariedade à Chapecoense. Tudo que essa diretoria conseguiu foi o desprezo de um país...



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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Eduardo Baptista. Uma aposta alta demais para o Palmeiras campeão brasileiro. Só dois anos de experiência e cujo maior feito, o Campeonato Pernambucano. Currículo modesto para o clube que se exige ganhar a Libertadores de 2017...

Eduardo Baptista. Uma aposta alta demais para o Palmeiras campeão brasileiro. Só dois anos de experiência e cujo maior feito, o Campeonato Pernambucano. Currículo modesto para o clube que se exige ganhar a Libertadores de 2017...




Um treinador tranquilo, moderno, afinado com os dirigentes, trabalhador. E que precise provar estar pronto para comandar grandes clubes. E não apenas médios, onde a cobrança é muito menor. Eduardo Baptista acertou sua ida para o Palmeiras. Aos 46 anos, o filho de Nelson Baptista será o substituto de Cuca. Sua missão não é nada fácil. Não repetirá o ex-treinador e prometerá em voz alta, para jornalistas e torcedores, a promessa de conquista do título desejado do ano. Ele apenas sabe qual é. Depois da Copa do Brasil, em 2015; o Brasileiro, em 2016; o desejo da diretoria palmeirense é a conquista da Libertadores de 2017. E a disputa do Mundial de Clubes. Ele tem apenas dois anos como treinador. Trabalhou só no Sport Recife, Fluminense e Ponte Preta. Seus três únicos títulos foram com o Sport. Campeão pernambucano e da Copa do Nordeste, em 2014. E no ano passado, a taça Ariano Suassuna. É uma brutal diferença em relação ao treinador que foi campeão da Libertadores e do Brasileiro, entre inúmeros outros títulos. Cuca tem 18 anos como técnico, nove vezes mais que Eduardo Baptista. A escolha de Eduardo não fez disparar rojões no Palestra Itália. Muito pelo contrário. Há um ar de desapontamento. Se esperava um treinador consagrado para assumir o clube na busca da Libertadores. Reinaldo Rueda, campeão da competição neste ano, pelo Atlético Nacional, seria um grande nome. Mas Paulo Nobre deixou muito claro a Mauricio Galiotte que não vale a pena entregar o clube a um treinador estrangeiro, que nunca trabalhou no Brasil. Há o medo de novo Gareca, argentino que não conseguiu se adaptar ao futebol nacional. E quase levou o time a novo rebaixamento. O trauma foi grande demais. O que acabou atingindo em cheio o competente Rueda.

Eduardo em um grande clube do futebol brasileiro só conseguiu ficar sete meses, antes de ser demitido. Sua passagem pelo Fluminense foi frustrante em todos os sentidos. Não se mostrou um grande comandante. Acabou engolido pelos medalhões do time. Se perdeu pela pressão. Acabou demitido sem piedade. A escolha de Eduardo teve um efeito colateral importante no Palmeiras. O pedido de demissão de Alberto Valentim. Ele tinha a certeza que seria o escolhido com a saída de Cuca. Mas Galiotte não quis se arriscar com um auxiliar. Entregar o elenco caro e que será reforçado, para um aprendiz, não empolgou os dirigentes. E Valentim decidiu ir embora. Não ficará em 2017. Eduardo Baptista tinha contrato até dezembro de 2017 com a Ponte Preta. Mas não ficará. O clube até convocou uma coletiva hoje para divulgar sua saída. Nos oito meses que trabalhou na Ponte Preta, ele foi assediado por Corinthians e Grêmio. Disse não. Mas aceitou o campeão brasileiro de 2016. A recepção morna ao nome foi algo impressionante. No final da noite de ontem, quando a escolha vazou, a desconfiança dominou o Palmeiras. Não há confiança que Eduardo Baptista está pronto para tanta pressão. Só que a falta de opção melhor no mercado fez a escolha recair no filho de Nelson Baptista. O Palmeiras se arrisca na sonhada Libertadores. O resultado é totalmente imprevisível. Eduardo Baptista é um treinador promissor, inteligente.

Mas absolutamente inexperiente. E foi muito mal quando teve de enfrentar a tensão... As cobranças de um dos maiores clubes do país. Agora, assume o campeão brasileiro. Com o nível de exigência o mais alto possível. Com a sombra de Cuca ainda enorme. Eduardo tem 16 anos como preparador físico. Oito vezes mais do que como técnico. Por isso a reação que beira a decepção. A aposta do Palmeiras é muito alta. O campeão brasileiro, da Copa do Brasil, da Mercosul, tetracampeão japonês, bicampeão paulista, bicampeão pernambucano, campeão paranaense e goiano, com 31 anos de experiência, é outro Baptista. Seu pai, Nelsinho...



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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

O Atlético Mineiro dá uma lição de humanidade. Que enfrente sem medo Del Nero. Ele quer uma festa na Arena Condá. Uma semana depois de os caixões dos jogadores da Chapecoenses serem velados no gramado. Ninguém deseja esse jogo. A CBF envergonha o Brasil...

O Atlético Mineiro dá uma lição de humanidade. Que enfrente sem medo Del Nero. Ele quer uma festa na Arena Condá. Uma semana depois de os caixões dos jogadores da Chapecoenses serem velados no gramado. Ninguém deseja esse jogo. A CBF envergonha o Brasil...




"No momento de dor e respeito à tragédia, ficamos de luto e tem que ficar resignado e respeitar e não simplesmente ir para a TV e ficar declarando. A gente respeita a dor, não é momento para cobrar de jogador nenhum a receita do esporte. "Haverá uma punição com a perda dos três pontos, mas o time não terá sua posição alterada, não vai ser prejudicado. É o mínimo que se pode ter com a cidade, com os familiares, pelo estado e o país que sofre com o acidente." Um tapa de luva de pelica. Recheada de granito. A corajosa declaração do presidente do Atlético Mineiro, Daniel Nepomuceno, foi o que o presidente Marco Polo del Nero merecia. Não há um pingo de sensibilidade na pessoa do presidente da Confederação Brasileira de Desportos. Qual jogador do mundo vai comemorar um gol contra a Chapecoense? Vibrar por fazer os torcedores que vivem uma tragédia, sofrer? Dar um pontapé em um atleta com a camisa verde? Que goleiro teria o prazer de defender um pênalti, no dia 11. Marco Polo tem a coragem de dizer que quer fazer uma festa? Sete dias depois onde os caixões dos jogadores serão expostos? Para Del Nero, o homem que não pode viajar, ficar em uma posição mais vergonhosa, o jogo não tem qualquer validade no Brasileiro. Qualquer um dos times pode perder de 8 a 0 que não muda nada. Nenhum dos dois vai cair. O time de Belo Horizonte já está classificado para a Libertadores. Não atingirá a fase de grupos pelo Brasileiro. A Chapecoense é a atual nona. Poderá no máximo, com uma vitória, se igualar ao Corinthians. Mas seria uma façanha tomar a posição, já que tem 11 gols de saldo a menos que o time paulista.

Se o clube de Nepomuceno perder, não será ultrapassado na terceira colocação. O Atlético Paranaense, o quarto, tem seis pontos a menos. A equipe de Chapecó, nona, se derrotada, poderá ter a Ponte e o São Paulo, ficará no 11º lugar. Nada muda. Nenhum clube que disputa o rebaixamento ou a Libertadores será prejudicado. Nem auxiliado, com a confirmação do jogo. O Atlético Mineiro dará uma lição de moral se não jogar. Se submeter ao W.O. Perder os pontos. A cidade não estará pronta "para uma festa". Nem velou e enterrou seu mortos. Não há o menor espírito de competitividade. Essa partida só tem sentido na cabeça de Marco Polo. A Chapecoense acaba de ter 19 jogadores mortos. Precisaria utilizar juniores para uma partida traumatizante. Será que não há limite para o sadismo na sede da CBF? Ninguém sabe o que significa luto?

Marco Polo del Nero está irmanado no ex-presidente do Internacional e principal homem do futebol do clube gaúcho, Fernando Carvalho. Ele deu ontem uma demonstração de falta de humanidade inacreditável. Até mesmo torcedores apaixonados colorados execraram suas palavras. Teve a coragem de comparar o eventual rebaixamento do seu clube às 71 mortes em Medellin. Declaração nojenta. "Temos nossa tragédia particular, que é fugir do rebaixamento. Estamos nos agarrando nas ultimas folhas da árvore. Vamos lá ainda. Não vamos desistir até o final. Esse adiamento de rodadas certamente vai ser prejudicial, nem estou falando nisso, porque como a consternação é geral, como a solidariedade é unânime de todo mundo, não é hora de reclamar. Mas o adiamento vai trazer embaraços que mais adiante vamos ter que comentar." Sim, sem a menor piedade. Comparou a chance de rebaixamento do Internacional, fruto de incompetência total dos dirigentes, inclusive ele, às mortes dos jogadores, Comissão Técnica, jornalistas e tripulantes do terrível voo da segunda-feira. "Tragédia particular", teve a coragem de comparar. Depois, massacrado nas redes sociais, ele tentou voltar atrás.

"Usei um termo equivocado. Usei indevidamente a palavra tragédia . Não é tragédia. O que aconteceu com a Chapecoense foi uma tragédia que não tem volta. No Inter, mesmo que a gente não consiga reverter, a vida vai seguir." O homem que reestruturou o Internacional, no início dos anos 2000, se mostrou completamente perdido nos dias de hoje. Envergonhou outra vez a apaixonada torcida colorada. Que tipo de dirigente dá uma entrevista para vários órgãos de comunicação e não mede as palavras? Ele deveria ter a decência de analisar o desespero dos familiares, dos amigos dos mortos. Respeitar os 71 falecidos. Aí sim, ele teria parâmetro para mensurar a cruel bobagem que falou. E os reflexos recaem direto no Colorado, o torna antipático, detestado. Porque Fernando Carvalho tem um peso. Mas o vice de futebol do Internacional tem outro. Justo o Internacional que teve o seu capitão Fernandão chorado pelo Brasil...Mesmo tendo abandonado o futebol. Infelizmente teve uma morte tão terrível quanto quem voou para Medellin. Seu helicóptero caiu. O clube gaúcho ficou revoltado com um estúpido coro de parte das organizadas do Corinthians, que comparou o rebaixamento à maneira que Fernandão morreu. Houve protesto emocionado. E agora, Fernando Carvalho faz pior. Com dúvida, o vice deveria ler as palavras de Marinho, do Vitória. Ele mandou um sutil recado para quem só pensa no Brasileiro. E se esquece da maior tragédia da história do futebol deste país. Detalhe, o jogador está diretamente envolvido no rebaixamento. "2:36 da manhã!! Tentando levar a vida normal, mas meu coração não aguenta sentir tanta dor, não era de sangue essa irmandade, mas era verdadeira, meu conterrâneo um amigo, um irmão!! Escutando áudios teus e imaginando que tu não se foi, me falou dos teus sonhos e que estava nas mãos de Deus!! Não acredito como tantas pessoas do bem se foram!! Dener, mlk Josimar, Thiaguinho, Biteco. Nossa, era a maioria amigos. Kempes levou teu filho pra tirar foto comigo, pois seu filho adorava eu e minhas frases!! Sabia não!! Parece até mentira que estou falando sobre vocês que partiram!! A vida cheia de sonhos, planos e tudo isso ficou, difícil de acreditar, dormir e acordar tentando achar que isso é um pesadelo que vai acabar!! "E tem gente ainda que falou de campeonato?? Aff me poupe ignorantes!!

"Por mim, que acabe, a vida de muitas pessoas acabou e famílias sofrendo, enquanto muitos perguntam de futebol e que isso prejudicou o clube, duro ver e ler esse tipo de comentário, o que queria hoje era eles de volta, era as famílias felizes com o retorno de todos bem e com saúde!! "Mas é duro ouvir que não vão voltar!! Meu irmão, estarei aqui orando pela tua família. Que Deus venha confortar a tua e dos meninos!! "Arthur Maia", alagoano como eu e um amigo e irmão que a vida me tomou!! Aos outros amigos meus que partiram, eu estou orando pela vida de vocês e de toda família!! Olhar fotos e ouvir áudio “só faz o coração ficar ferido e é assim que me sinto” até quando vai essa tristeza!!" Marinho e Nepomuceno dão dois exemplos de humanidade. Marco Polo e Fernando Carvalho de insensibilidade atroz.

Que não aconteça Chapecoense e Atlético Mineiro.

Mas uma missa na Arena Condá.

O Brasil dispensa esse jogo.

Que Fernando Carvalho cuide de sua incompetência.

E...principalmente...se cale...



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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Vamos, vamos Chape!!!

Vamos, vamos Chape!!!



Belíssima, fantástica, sensacional a homenagem que os colombianos fizeram ontem, no horário em que Atlético Nacional e Chapecoense deveriam estar disputando a primeira partida da decisão da Copa Sul-Americana. Na arquibancada lotada, os torcedores entoaram o canto que os catarinenses usavam pra incentivar a equipe brasileira. Vamos, vamos Chape, vamos, vamos, Chape... Isso é o que todos desejam. Faltando ainda a última rodada do Brasileirão, o último compromisso da Chapecoense é contra o Atlético Mineiro, que pela situação dos clubes na tabela, nem precisa acontecer. Os dirigentes do Galo já declararam que abrem mão da partida, mas a CBF ainda não oficializou nada a respeito. Os jogos do dia 11 vão decidir o último rebaixado, além dos classificados para a Libertadores. Enquanto isso, seria bom que as agremiações que se manifestaram a favor da Chapecoense, realizassem logo as ações necessárias pra ajudar o clube a se reerguer desse momento tão difícil. Mylena &nbsp &nbsp

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

Paulo Nobre, o motivo que fez o Palmeiras perder seu técnico ideal para brigar pelo sonho, a Libertadores de 2017: Cuca. O clube desperdiçou tempo e não terá nem o substituto preferido, Roger. Mano Menezes, Guto Ferreira, Eduardo Baptista e Alberto Valentim estão sendo discutidos...

Paulo Nobre, o motivo que fez o Palmeiras perder seu técnico ideal para brigar pelo sonho, a Libertadores de 2017: Cuca. O clube desperdiçou tempo e não terá nem o substituto preferido, Roger. Mano Menezes, Guto Ferreira, Eduardo Baptista e Alberto Valentim estão sendo discutidos...




"É uma escolha difícil, mas que eu tive que fazer. Na verdade, como eu sempre disse, não era nem para eu ter vindo neste ano. Eu ia me dedicar apenas à minha família em 2016, mas fui convencido pelo Alexandre Mattos, pelo presidente, pelo projeto que foi apresentado a mim e, claro, pelo meu amor ao Palmeiras. "Torço desde criança, nunca escondi isso de ninguém, e domingo acabei sendo campeão duas vezes: como treinador e como torcedor. Saio muito feliz e com a missão cumprida. Tenho certeza de que voltarei um dia para continuar a minha história no clube." Essa é foi a versão oficial da saída de Cuca. Palavras que seriam suas, foram publicadas no site do Palmeiras. Em seguida, as de Paulo Nobre. "Pela capacidade técnica, pela identificação com o clube e pela pessoa que ele é, gostaríamos muito de tê-lo em 2017. Mas entendemos sua escolha. O Palmeiras estará sempre de portas abertas para ele." Esta é a versão oficial da saída do treinador campeão brasileiro. O que acabou com o jejum de 22 anos sem o Palmeiras ter o título nacional. O responsável pela montagem do time. Que tem todos os jogadores na mão. Conhece a força e a fraqueza da equipe. Os reforços que o dinheiro da arena, da Crefisa, do Avanti e da premiação do título tornam factíveis. Se ele quisesse três jogadores importantes, de talento reconhecido, o clube em que estava tinha condições de buscar, sem sacrifício. Aliás, foi Cuca quem recomendou as três grandes apostas que o Palmeiras contratou para 2017. O atacante Keno, do Santa Cruz, os meias Hyoran, da Chapecoense, e Raphael Veiga, do Coritiba. O trio era cobiçado por vários clubes. Mas preferiu o Palestra Itália. Ou seja, a estrutura estava pronta para o sonho. A luta pela Libertadores da América, título que o clube não conquista há 17 anos, desde 1999. E que dá o direito sagrado de brigar pelo Mundial de Clubes, também desejado com o fundo da alma. Para acabar com a constante e improdutiva discussão sobre a Copa Rio de 1951. E Alexi Stival descobriu os caminhos. Foi o último treinador brasileiro a conquistar a Libertadores, com o Atlético Mineiro em 2013. Aprendeu também quais os erros não cometer disputando o Mundial de Clubes. Cuca tem sérios problemas de saúde na sua família. Sem a menor dúvida, sua presença será importante. Mas não fundamental. Até porque esses problemas não são novos. E têm sido administrados há pelo menos um ano e meio. Ou seja, ele foi capaz de ser campeão do Brasil e cuidar apaixonadamente dos seus familiares. Oferecendo o melhor tratamento possível. E sua companhia.

Mais. Cuca vai trabalhar em 2017. No segundo semestre estará pronto para assumir novo clube. Seja na China ou no Brasil. O presidente eleito do Palmeiras, Mauricio Galiotte, queria seguir com Cuca. Articulava com a patrocinadora uma proposta financeira para segurá-lo. Seria o caminho mais seguro, firme para o sucesso. Não só ele, como também o executivo Alexandre Mattos. Responsável pela montagem do elenco e por várias vitórias nas disputas de jogadores importantes para o elenco. Mattos está valorizado e apalavrado. Mais do que isso, não há empecilho algum na sua sequência. Mas para Cuca seguir no Palmeiras há um intransponível. Paulo Nobre. O bilionário presidente do clube teve sérias discussões com o técnico. Desde o início, deixando claro que não toleraria demonstrações supersticiosas e religiosas exageradas, como cansou de fazer no Atlético Mineiro, por exemplo. Depois vieram desgastes com o gramado da arena. Com as discussões com Dudu, Edu Dracena e Roger Guedes. A intransigência com Lucas Barrios, jogador escolhido pelo Palmeiras, ofertado pela patrocinadora, que envolveu R$ 40 milhões para colocá-lo no clube. Com custo mensal de R$ 1 milhão à Crefisa. Nobre ficou horrorizado ao saber que Cuca e Rafael Marques tiveram de ser contidos para não trocarem socos, após a partida contra o Coritiba. Para ele, essa não seria a postura de um técnico palmeirense. O mandato de Paulo Nobre terminará oficialmente no dia 15 de dezembro. Mas, a pedido de Galiotte, ele continuará próximo ao clube. Como consultor ou até terá um cargo na diretoria, não está definido. Só está certo que não se afastará. Sua força política, sua visão e seus bilhões seguem sendo muito importante ao Palmeiras. E o desgaste entre Nobre e Cuca hoje é forte demais. Cuca sabe que tem mercado. Tanto no Brasil como na China, onde pretende voltar. O técnico sabe que, se algo der errado com Tite, é um dos candidatos mais fortes para assumir a Seleção. Vai brigar por isso em 2018, se Adenor seguir para um clube europeu, após o Mundial da Rússia. Aos 53 anos, Alexi Stival está milionário. Pode ficar tranquilamente seis meses sem trabalhar. Ou até anos.

E deixar o clube campeão deixa a porta escancarada no futuro. Retornar quando Paulo Nobre não for tão influente. Ou até mesmo, o desgaste entre os dois tiver terminado. Foi a solução mais política. Melhor para todos. Só que Nobre cometeu um grave erro. Envolvido na conquista do Brasileiro, deixou o futuro do Palmeiras estagnado. Não abriu negociações com o treinador preferidos dos conselheiros que o cercam. Roger seria o plano B. Estava livre, fácil de contratar. Mistura visão moderna de futebol com a postura firme da escola gaúcha. Alexandre Mattos vota por Mano Menezes. O treinador tem contrato com o Cruzeiro até dezembro de 2017. Mas não é uma contratação impossível. Ele já largou o clube mineiro pela fracassava desventura na China. É uma questão de aceitar pagar a multa e trazê-lo. Mano já treinou a Seleção e foi vice da Libertadores com o Grêmio. Tem 54 anos. Guto Ferreira, treinador do Bahia, também tem seus defensores. Ele fez ótimos trabalhos na Ponte Preta. Formou a base da Chapecoense que tanto sucesso fez com Caio Júnior. Aos 51 anos, passou a ser um nome analisado.

Outros dois candidatos são mais novos. Eduardo Baptista tem 46 anos. Faz um ótimo trabalho na Ponte. Como já fez no Sport. O filho do treinador Nelsonho Baptista, que já comandou o Palmeiras, no entanto, fracassou no sua primeira chance em um dos maiores clubes do país, o Fluminense. O auxiliar Alberto Valentim é muito próximo do novo presidente Galiotte. Aos 41 anos, há quem defenda que tenha a chance. O receio é sua falta de experiência para comandar o time justo na Libertadores, competição que envolve tantos interesses, principalmente financeiros. Reinaldo Rueda, campeão atual da Libertadores, com o Atlético Nacional, seria um nome excelente. Mas a recente experiência ruim com o argentino Gareca cria enorme rejeição a treinadores estrangeiros. A verdade é que o Palmeiras não se preparou para perder Cuca. E, se houvesse mais frieza e bom senso, não precisaria. O melhor treinador para 2017 está indo embora...



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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Atlético Mineiro acaba com o plano A do Fluminense. E também com o B do Palmeiras. O clube contrata Roger. Sua primeira missão: orientar os jogadores para tentar vencer o Grêmio na final da Copa do Brasil. O time que formou...

Atlético Mineiro acaba com o plano A do Fluminense. E também com o B do Palmeiras. O clube contrata Roger. Sua primeira missão: orientar os jogadores para tentar vencer o Grêmio na final da Copa do Brasil. O time que formou...




O Atlético Mineiro acabou com o plano A do Fluminense. E com o plano B do Palmeiras. Roger acertou com o presidente Daniel Nepomuceno. Será o treinador do clube em 2017. Acaba de desembarcar em Belo Horizonte. Ele volta da Europa, onde estava se reciclando. E terá uma missão precoce. Orientar o improvisado Diogo Giacomini na final da Copa do Brasil. Tentar passar orientações contra o time que formou. E possa fazer o Atlético Mineiro reverter sua desvantagem. Virar a derrota por 3 a 1 que sofreu em Belo Horizonte. A partida decisiva passou para o dia 7 de dezembro. Por causa da tragédia com a Chapecoense. Tempo para Roger orientar Giacomo na tentativa de reviravolta. Ele não deverá ficar no banco de reservas em Porto Alegre. Pelo menos a princípio. Com Daniel Nepomuceno, nunca se sabe. Qualquer dúvida pergunte a Marcelo Oliveira...


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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Força Chape!

Força Chape!



O mundo está chocado. A tragédia com o avião que levava a delegação da Chapecoense, jornalistas, além de outros acompanhantes para a primeira partida da decisão da Copa Sul-Americana, jamais será esquecida. Em todo o planeta, foi possível ver manifestações de carinho e apoio para os familiares e amigos das vítimas do acidente. Grandes equipes como Real Madrid, Barcelona, e até na NBA, homenagens foram realizadas. Foi fantástico ver o Atlético Nacional da Colômbia, rival da final, pedir pra entregar o título pra Chape. Aqui no Brasil, foi bonito ver todas as agremiações se movimentando pra ajudar o clube a se reerguer. Atletas emprestados sem custo e três anos sem ser rebaixada no Brasileiro, mesmo que termine nas últimas colocações, são algumas das ações em favor dos catarinenses que devem ocorrer. Vamos torcer para a melhor recuperação possível dos sobreviventes, e claro, pedir que Deus conforte os familiares e amigos das vítimas. Mylena &nbsp &nbsp

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

Falta de combustível, a maior desconfiança para a tragédia no voo da Chapecoense. A triste aposta é de Carlos Camacho, um dos maiores especialistas de aviação no Brasil. "O clube não se assessorou bem para contratar o voo"...

Falta de combustível, a maior desconfiança para a tragédia no voo da Chapecoense. A triste aposta é de Carlos Camacho, um dos maiores especialistas de aviação no Brasil. "O clube não se assessorou bem para contratar o voo"...




As grandes tragédias sempre têm explicação. E a da queda do voo da Chapecoense não seria diferente. Depois do choque, do trauma, vem a análise fria do maior acidente envolvendo uma delegação esportiva da história. Nunca o mundo acompanhou tantos mortos em uma tragédia. Setenta e uma pessoas perderam a vida na queda de mais de quatro mil, setecentos e noventa e três metros. Foi um milagre ter havido seis sobreviventes, se apressaram a dizer os mais ansiosos. Mas não é esta a análise de Carlos Camacho, um dos maiores especialistas em aviação no país. Com cerca de quarenta anos de experiência em voos, primeiro como piloto comercial e depois como analista de segurança, Camacho tem sido a voz mais firme, a mais crítica em relação à tragédia. Houve sobreviventes porque o avião estava sem combustível, só por isso não explodiu. E por que estava sem combustível, se ele não foi despejado pela aeronave, como foi citado pela imprensa colombiana? Na visão de Camacho, a queda só aconteceu por erros primários. E tem como alvo principal o piloto Miguel Quiroga. Ele era o responsável pela Avro RJ-85, que nasceu como British Aerospace 146, foi fabricado pela British Aerospace e tinha quatro turbinas. Tinha 17 anos. A aeronave deixou de ser fabricada em 2001. Motivo? Alto consumo de combustível. Ela fazia parte da pequena frota da Lamia, empresa que se especializou em transportar equipes de futebol pela América do Sul. A Lamia original foi fundada em 2008 pelo empresário espanhol radicado na Venezuela, Ricardo Albacete, graças a uma cooperação entre China e Venezuela, que possibilitou a compra dos aviões. Batizada de Linha Aérea Mérida Internacional de Aviação, daí a sigla Lamia. A empresa teve dificuldades na Venezuela e colocou os aviões para alugar no país vizinho. Uma aeronave, o modelo britânico Avro RJ85, de 17 anos, já estava em operação e havia mais três em manutenção. Ou seja, contava com apenas quatro aviões. A que levava a Chapecoense era única em funcionamento. A Lamia cobrou 130 mil dólares, cerca de R$ 441 mil do clube brasileiro pelo voo. Quiroga também era dono da companhia. Camacho liga os pontos. O fato de a distância entre Santa Cruz de La Sierra e Medellin ser de 2.900 quilômetros e a capacidade de combustível na aeronave de 3.000. Pouco combustível a mais em caso de problema. Como ter de desviar de nuvens carregadas, como foi o caso, já que na segunda-feira chovia muito no trajeto.

E também a falta de convicção ao falar com a torre de controle de voo. Na hora de disputar o direito de aterrizar com um airbus da Viva Colômbia, na visão de Camacho, Quiroga teria escondido a possibilidade de pane seca. Se assumisse, o combustível no limite, a Lamia poderia penalizado. Já que é algo considerado intolerável na aviação. O airbus alegou ter pouco combustível, correu esse risco. E teve a preferência. O que obrigou o avião da Chapecoense a dar duas voltas, para esperar no ar. Essas voltas podem ter acabado com o que restava de combustível e provocado a pane seca. Problemas elétricos são os primeiros sintomas quando um avião não tem combustível para se manter no ar. Camacho, falando ao Diário Catarinense, critica a escolha da aeronave para fazer esse tão importante deslocamento. E levanta um ponto importantíssimo. O despreparo dos clubes em escolher as aeronaves quando precisam de qualquer voo fretado. "A Chapecoense não se assessorou bem para contratar um voo como esse."

Abaixo, a dura entrevista. A distância entre os aeroportos da Bolívia e de Medellín é praticamente o trajeto máximo que o avião poderia percorrer sem parar para abastecer. A causa do acidente foi falta de combustível? Com a autonomia que ele (avião) tinha, com as devidas degradações, ele deve ter ficado sem combustível. É 90% de probabilidade de ele ter ficado sem combustível no final. E não terá outro motivo? Quando o piloto do avião da Chapecoense declarou que foi uma pane elétrica ele falou para o controlador aéreo em outras palavras: também estou em emergência, tenho de pousar já. Aí as coisas são aceleradas. A imprensa colombiana chegou a falar em despejo de combustível antes da queda. É possível? Não procede. Esse é o tipo de avião que não tem esse sistema de alijamento de combustível, é um avião regional. Somente aviões de grande porte, tipo o jumbo, que decola com o peso máximo de decolagem muito superior ao peso máximo de pouso dele. E se ele tiver de voltar imediatamente, tem que queimar 50, 60 toneladas de combustível. E ele não consegue queimar essa quantidade se tiver que pousar rápido. Então ele é direcionado para uma região específica, determinada pelo controle de tráfego aéreo, no momento sobre o oceano, e lá ele alija, abre umas bocas nas pontas das asas, e de lá sai uma quantidade muito grande de combustível, sob pressão. Lá, ele despeja umas 70 toneladas por exemplo em oito minutos. Mas nenhum desses tipos de avião pequeno tem sistema de alijamento, porque o peso de decolagem não é muito superior ao de pouso. Se tiver que voltar em seguida, não vai afetar estruturalmente esse avião.
Como foi a queda do avião da Chapecoense, de acordo com a imagem do avião na área do acidente e os dados do radar? Ele não estava acelerado, ele caiu meio parando mesmo, segurando. E pode ter estolado (quando perde a sustentação) naquele ponto. O que o piloto faz quando vê que está estolando? Ele levanta o nariz da aeronave. O avião quebrou em três partes, bateu chapado e correu 100 metros. Todas essas informações convergem para que ele realmente tenha ficado sem combustível no final. Tem um momento que o piloto levanta o nariz para a fase de descida, e o combustível corre para trás. Os pickup points dos tanques ficam na frente. Quando ele levanta o nariz, o que pode ter acontecido, apagaram os quatro motores. Vamos saber isso onde? Nos gravadores de dados de voz e de voo, caso as autoridades falem que estavam funcionando. Porque, anote aí, que possivelmente os gravadores de dados e de voz sejam declarados inoperantes. Por que inoperantes? Não foram recuperados, as leituras não foram positivas. Pode aparecer algum problema com os gravadores de dados de voo e de voz como foi o caso do avião do Eduardo Campos, que também falharam. Coincidentemente em 2001, na Suíça, um avião que bateu lá tinha o mesmo problema com as caixas pretas. Os gravadores de dados e de voz são testemunhas vivas das unidades investigadoras. As autoridades colombianas também são militares. Se houver um apadrinhamento, um compadrio, eu, se fosse um dos militares nesse momento, diria: os gravadores de dados e de voz não estavam operando. Vai penalizar quem? O comandante do voo, que já morreu? O dono da empresa? Que foi o próprio comandante? Vai fazer ele ir para a cadeia? Pagar multa? O senhor tem informação quando o avião da Chapecoense entrou em contato com a torre de controle para declarar emergência? Ele não declarou emergência em momento algum. Ele só falou que tinha um problema elétrico. Só que essa expressão "estou com uma pane elétrica"é uma espécie de código, quando você entre partes diz que está com problema. Não pode declarar porque está gravando no avião, na torre e nas outras aeronaves e também estou emergência. Qual é a emergência você tem? "Tô com problema de combustível, tô caindo". Claro que o cara de Medellín sabia que a coisa tava pegando lá. Quem deve ser responsabilizado? A torre de comando? A empresa? O próprio comandante,proprietário da empresa, e a Chapecoense, que não se assessorou bem para contratar um voo como esse. Não estou acusando ninguém, mas digo que essa é uma péssima realidade.


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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Que Deus conforte todos os familiares das vítimas

Que Deus conforte todos os familiares das vítimas



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Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

A maior tragédia do futebol mundial. A queda do avião da Chapecoense atinge em cheio o Brasil. A Conmebol suspende a final da Sul-Americana. E pode declarar o time catarinense e o Atlético Nacional como campeões. E a CBF analisa dar uma licença de um ou dois anos à Chape. A desgraça foi grande demais...

A maior tragédia do futebol mundial. A queda do avião da Chapecoense atinge em cheio o Brasil. A Conmebol suspende a final da Sul-Americana. E pode declarar o time catarinense e o Atlético Nacional como campeões. E a CBF analisa dar uma licença de um ou dois anos à Chape. A desgraça foi grande demais...




Faltavam 56 quilômetros... Apenas 56 quilômetros para o aeroporto José Maria Cordova, de Medellín. Mas o avião fretado, de 17 anos, da empresa venezuelana LaMia, matrícula CP2933, que decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, caiu. A violência da queda fez com que se arrebentasse em três partes disformes. A pane seca, falta de combustível, impediu que explodisse. Mas não a tragédia. Dos 72 passageiros e nove tripulantes, apenas cinco sobreviventes. 76 mortes confirmadas. Com elas, o sonho da Chapecoense, de Santa Catarina, do Brasil. Ser campeã da Copa Sul-Americana. Já era o maior feito da história do futebol catarinense. Ter chegado à decisão da Copa Sul-Americana. Jogaria contra o poderoso campeão da Libertadores, o Atlético Nacional. O que deveria ser o maior orgulho se tornou a maior tragédia do futebol mundial. Nunca houve tantas mortes nos terríveis acidentes aéreos com delegações esportivas. Em 1949, a história equipe do Torino, base da Seleção Italiana, voltada de um amistoso com o Benfica. O avião se chocou com a muralha da Basílica de Superga, em Turim. Morreram 31 pessoas. A delegação inteira do inesquecível time pereceu. A culpa ficou com o desgaste da aeronave, péssimas condições climáticas e imperícia do piloto. O Manchester United também passou por uma tragédia, em 1958. O time havia jogado em Belgrado, na antiga Iugoslávia (hoje Sérvia). O avião parou em Munique para abastecer. E por causa de fina camada de gelo, não conseguiu ter velocidade e força para decolar. O avião caiu, se rompeu. Morreram oito jogadores. E outros 15 passageiros. O time do Alianza Lima fazia um vôo fretado entre Pucalipa e Lima, em 1987. O avião caiu no Oceano Pacífico. Morreram 43 pessoas. Só o piloto sobreviveu. Em 1993, a delegação de Zâmbia voltava depois de enfrentar o Senegal pelas Eliminatórias da Copa dos Estados Unidos. A aeronave caiu quando sobrevoava o Gabão. Todas as 30 pessoas morreram. E ontem às 22h15, horário da Colômbia, 1h15 de Brasília, o futebol brasileiro mergulhava no seu mais profundo luto. O piloto da aeronave que levava a Chapecoense para o jogo de sua vida avisava às torres de controle que estava com graves problemas técnicos. O piloto era também o dono do avião. Ele disse que havia uma pane elétrica no avião. Ele estava entre as cidades de Ceja e La Unión. Foi o último contato antes da queda. Jornalistas colombianos insistem na possibilidade de pane seca. O combustível teria acabado entre os três mil quilômetros que separam Santa Cruz de La Sierra e Medellin. Choveu forte no trajeto todo e para se desviar dos cumulos nimbus, nuvens carregadas de gelo, a aeronave poderia ter gasto mais combustível que o previsto. E daí a queda. Na aviação, não se paga seguro em quedas por causa de pane seca. Muitos pilotos mentem que jogaram combustível fora para evitar explosões, quando na verdade não calcularam direito o total de combustível.

Isso será investigado. Mas é o que menos importa agora. O futebol que normalmente é razão de alegria, festeja a vida desta vez provoca comoção com a morte. A Chapecoense conseguiu mobilizar o país para a decisão inédita. Ocuparia, com orgulho, o papel de David contra Golias. O clube é um fenômeno de competência administrativa, gestão, trabalho sério em um mundo marcado por dirigentes irresponsáveis, corruptos, aproveitadores. O clube é novíssimo em relação aos grandes do futebol brasileiro. Foi fundado em 1973. Se chama Associação Chapecoense de Futebol porque juntou os principais times amadores. Todos iriam representar a cidade, a região Oeste de Santa Catarina. Com o apoio da prefeitura e das empresas da cidade, o crescimento do time foi impressionante. Conseguiu cinco campeonatos catarinenses. A arrancada nacional começou em 2009 quando subiu para a Série C. Em 2012, chegou à B. Em 2013, à Série A. E nunca voltou a ser rebaixada. A aposta séria na categoria de base, investimentos certeiros e a paixão da população de Chapecó fizeram com que o time crescesse de maneira incrível. A superação na Copa Sul-Americana deste ano foi inacreditável. Foi derrubando adversário por adversário. Cuiabá, o grande Independientej, maior ganhador da Libertadores, com sete conquistas, Junior Barranquilla, San Lorenzo campeão da Libertadores de 2014. Foi assim que chegou à final contra o Atlético Nacional. Caio Júnior fazia seu melhor trabalho. A maturidade lhe deu firmeza que faltava no início da carreira. E com ela, a visão diferenciada que sempre teve do futebol, se impunha. A Chapecoense mostra futebol moderno, ousado, de muita intensidade. Marcação, mas atrevimento com contragolpes em bloco, velozes. Se tornou um time terrível para ser derrotado. O destaque do time não era individual, era o conjunto. O preparador físico era Anderson Paixão, filho de Paulo Paixão, que trabalhou por anos com Felipão. Anderson fazia excepcional trabalho na Chapecoense. Era um dos segredos do sucesso do time. Conseguiu segurar a nona colocação no Brasileiro, mesmo decidindo a Copa Sul-Americana.

O ótimo treinador do Atlético Nacional, Reinaldo Rueda, estava muito preocupado com as finais. O jogo decisivo seria no Brasil. Em Curitiba, porque o regulamento exigia um estádio de, no mínimo, 40 mil pessoas. A Arena Condá acomoda, no máximo, 22.800 apaixonados. Caravanas estavam sendo preparadas para o Couto Pereira. Os paranaenses também deveriam dar seu apoio, o estádio deveria estar lotado. Deveria. O sonho acabou. As notícias são terríveis. Apenas o lateral Alan Ruschel, o zagueiro Neto e o goleiro Follmann sobreviveram. Caio Júnior e seus bravos jogadores morreram. Danilo, Gimenez, Bruno Rangel, Marcelo, Lucas Gomes,Sergio Manoel, Filipe Machado, Matheus Biteco, Cleber Santana, William Thiego,Tiaguinho, Josimar, Dener, Gil, Ananias, Kempes, Arthur Maia, Mateus Caramelo, Aílton Canela. Além deles, jornalistas e comentaristas também fazem parte dessa tragédia. Guilherme Marques, Ari de Araújo Jr., Guilherme Laars, Giovane Klein Victória, Bruno Mauri da Silva, Djalma Araújo Neto, André Podiacki, Laion Espíndola. Victorino Chermont, Rodrigo Santana Gonçalves, o Deva Pascovicci, Lilacio Pereira Jr, Paulo Júlio Clement. Mário Sérgio. Renan Agnolin, Fernando Schardong, Edson Ebeliny, Gelson Galiotto, Douglas Dorneles, Jacir Biavatti, Ivan Agnoletto.

Morreram fazendo o que mais amavam, cobrir futebol. O único sobrevivente é o repórter Rafael Henzel. Além da comissária Ximena Suarez. A polêmica que vai dominar o acidente foi o veto da ANAC, a Agência Nacional de Aviação Civil, no voo fretado que a Chapecoense queria fazer, partindo direto do Brasil. A alegação é que a aeronave deveria ser ou brasileira ou colombiana. A Lamia é venezuelana e faz operações na Bolívia. Por isso a delegação teve de ir de São Paulo até a Bolívia e, em Santa Cruz de La Sierra, embarcar para Medellin. A final da Copa Sul-Americana está suspensa. É possível que a Conmebol declare os dois times campeões.

Ou até o Atlético Nacional abra mão do título para o clube catarinense.

A CBF deve dar uma licença para a Chapecoense.

O clube talvez tenha uma licença de um ou dois anos para recomeçar.

Isso já começa a ser discutido.

Equipes se mostram dispostas a cederem jogadores ao clube.

O Benfica de Portugal foi o primeiro oficialmente.

A CBF já adiou a decisão da Copa do Brasil entre Grêmio e Atlético Mineiro.

A última rodada do Campeonato Brasileiro foi adiada.

Acontecerá no dia 11 de dezembro.

Desta vez, o bom senso parece que vencerá a incompetência.

Mas o buraco que fica na alma do futebol brasileiro não será fechado jamais.

A tragédia foi terrível.



Futebol nunca foi sinônimo de morte.

Chapecó declarou luto de 30 dias.

Não haverá festividades.

Natal...

Reveillon...

São 76 mortos.

Tudo perdeu o sentido.

A queda do avião atingiu a alma da cidade.

De Santa Catarina.

Do Brasil.

Do mundo.

O futebol não merecia essa tragédia.

Faltavam 56 quilômetros...



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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli