terça-feira, 30 de junho de 2015

Pra acabar com o jejum!

Pra acabar com o jejum!



Olá galera. Após uma campanha bem abaixo do esperado da Seleção Brasileira na Copa América, outra equipe foi convocada pra representar o Brasil nos Jogos Pan-Americanos. Os atletas já se apresentaram e esperam encerrar o longo jejum de 28 anos sem conquistar o ouro na competição. Desde 1987, o Brasil nunca mais terminou o torneio de Futebol Masculino em Jogos Pan-Americanos no lugar mais alto do pódio. De lá pra cá só conquistamos mais uma medalha, a prata, no Pan de 2003, em Santo Domingo. Na ocasião fomos derrotados na decisão pela arquirrival Argentina. O treinador será Rogério Micale. Ele esteve no comando da Seleção Sub-20, que terminou recentemente o Mundial da categoria com o vice-campeonato. Entre os destaques estão nomes como Erik, do Goiás, Luciano, do Corinthians, Bressan, do Flamengo, Luan, do Vasco, Dodô, do Atlético Mineiro, e Lucas Piazon, do Eintracht Frankfurt. Somente jogadores Sub-22 podem jogar por seus países no futebol, em Jogos Pan-Americanos. A Seleção Brasileira ficará concentrada sete dias em Teresópolis, na Granja Comary, antes de embarcar para Toronto, no Canadá. Vamos torcer para que o longo jejum se encerre, com muitos gols e belas vitórias. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

A desmoralização do futebol brasileiro não tem limites. Zico diz que Seleção não pode ser balcão de negócios. Pergunta se coordenador Gilmar voltará a ser empresário. E ironiza rancor de Dunga com a Seleção de 82...

A desmoralização do futebol brasileiro não tem limites. Zico diz que Seleção não pode ser balcão de negócios. Pergunta se coordenador Gilmar voltará a ser empresário. E ironiza rancor de Dunga com a Seleção de 82...




É uma receita explosiva. Mistura rancor de Dunga, indignação de Zico e vingança de Gilmar Rinaldi. Três personagens com enorme peso. Não só no passado, mas no atual futebol brasileiro. Dois campeões mundiais em 1994 e um dos melhores jogadores da história, peça fundamental na inesquecível seleção de 1982. Hoje são o técnico da Seleção Brasileira, o coordenador geral de seleções da CBF e o brasileiro pré-candidato à presidência da Fifa. A troca de farpas é assustadora. Toca em problemas graves. São acusações e insinuações que merecem processo. Desmoralizam carreiras vidas. Tudo começou quando Dunga, na infeliz entrevista que se comparou a um afrodescendente por "apanhar e gostar de apanhar", o treinador mostrou mais uma vez sua mágoa com a conquista de 1994. Ele não se conforma que a imprensa do mundo todo reverencie a Seleção de 1982 que perdeu a Copa da Espanha e não valorize a campeã nos Estados Unidos. "Como vou explicar para o torcedor que o ruim ganha, e o bom perde? Você pode dizer que nem sempre o bom ganha, e eu concordo. Mas em 24 anos tem que ganhar. Técnica é bom, mas não é suficiente para formar um time." Outra vez, para jornalistas do mundo todo, Dunga mostrou no Chile que não consegue superar seu trauma. O recado chegou até Zico. Ele não iria deixar passar. Mais uma vez, para valorizar a conquista de 1994, Dunga tentava desvalorizar o time de 82.

"Ficar falando de passado não dá. Tem que ver o que fazer para melhorar. Não adianta ficar atacando os outros. Se bem que não me sinto atacado porque sou vitorioso na minha carreira. Antes da Copa América, estavam falando que o Brasil ganhou não sei quantos amistosos. Amistoso não serve para nada. Tentaram recuperar a credibilidade em cima de números de amistosos, quando nos últimos seis jogos oficiais a seleção perdeu três, venceu dois e empatou um. Isso é que vale." Ele deu a reposta firme à minha amiga e competente Marluci Martins. A ela já havia mostrado sua revolta quando Dunga assumiu o cargo substituindo Felipão. Não gostou também da indicação de Gilmar Rinaldi. No ano passado, não escolheu palavras para resumir o que sentia. "É um desrespeito aos treinadores de futebol. E isso vale para qualquer cargo: manager, supervisor... Há tanta gente tendo resultado no Fluminense, no Cruzeiro, no Atlético-MG. Sou contra a panela de amigos." A raiva de Zico só aumentou com o passar do tempo. "Não faço comparação, justamente porque cada época é uma época. Perdi Copas, mas com jogadores que mereciam estar na seleção brasileira. Para estar numa seleção, é preciso ter títulos, números significativos, prêmios individuais, nem que seja de melhor jogador do bairro. "Hoje é muito fácil ir para a seleção. Qualquer um vai. O cara faz três bons jogos, se torna conhecido, é vendido a peso de ouro. Temos que estar atentos a isso. Seleção não é um balcão de negócios. Mas temos lá um empresário do futebol (Gilmar) comandando... Ou ele já não é mais empresário? Quando saiu do Flamengo, ele levou os três melhores: Adriano, Juan e Reinaldo. Então, vamos ver se quando sair da seleção, ele vai voltar a ser empresário?"

Quando Zico coloca na mesma frase Seleção e "balcão de negócios" e ainda lembra que "lá há um empresário comandando", tudo se complica de vez. Ele estava falando claramente de Gilmar Rinaldi, o coordenador. O homem que saiu do Flamengo empresariando Adriano, Juan e Reinaldo. A acusação de a Seleção servir como balcão de negócios ganhou proporção. Durante a pífia participação do Brasil na Copa América, o Liverpool comprou Roberto Firmino por R$ 140 milhões. E o Bayern de Munique e Chelsea duelam por Douglas costas. Seus direitos já chegariam a R$ 120 milhões. Sem hipocrisia, o fato de os dois terem disputado a Copa América pelo Brasil, os valorizou ainda mais. Diante das negociações, a insinuação de Zico ficou pesadíssima. O coordenador da Seleção reagiu. Gilmar Rinaldi garante que processará Zico. E foi além. Insinuou que o ex-jogador quando foi responsável pelo futebol do Flamengo favoreceu o filho. "É com muita surpresa que li essa informação, até porque o conheço e estivemos juntos inúmeras vezes. Ele nunca insinuou nada. Acho muito estranho e vou interpelar ele judicialmente agora para que comprove o que falou.

"Quando Zico ocupou o cargo de executivo no Flamengo , foi acusado de fazer negócio com o filho dele... Zico sabe o quanto a gente está exposto... Vou interpelá-lo judicialmente para que me prove o que está falando. Não pode sair falando de uma pessoa sem ter prova." Zico soube da ameaça de processo e não mostrou nenhuma preocupação. Pelo contrário. E outra vez voltou a mostrar seu estranhamento por Dunga e Gilmar só valorizarem os jogadores que atuam no Exterior. Além de dar uma estocada certeira pela dependência de Neymar. "Quando o Brasil está numa competição, esperamos uma Seleção que não dependa de um jogador, e estamos nessa situação. Já vimos grandes jogadores decidindo partidas, mas não dependendo apenas de um jogador. Nesses jogos oficiais, estamos deixando a desejar. As eliminatórias estão aí e a tendência é sofrer bastante. Temos que voltar a ser o futebol brasileiro. Precisamos colocar a bola no chão. Começar tudo de novo não seria ruim. Falta valorizar a matéria-prima dentro do Brasil. Só estamos valorizando que está lá fora."

Em um país acostumado com escândalos todos os dias, essa troca de farpas é algo que não ganha a relevância que merecia. O candidato do Brasil à presidência da Fifa sugere que a Seleção é um "balcão de negócios". E o coordenador da Seleção lembra que Zico, quando comandava o futebol no Flamengo, favorecia o filho. São acusações gravíssimas. Mas que outra vez não chegarão a lugar algum. Até porque na Suíça o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, está encarcerado há mais de um mês, com pedido de extradição para os Estados Unidos. O principal jogador do Brasil tem de responder processo na Justiça Espanhola por sua suspeita negociação com o Barcelona. O presidente da CBF não possa sair do país com medo de extradição. E os clubes grandes estão falidos, devendo salários a seus jogadores. E os patrocinadores virando as costas ao futebol. Há escândalos demais neste país. Mas Zico, Gilmar e Dunga conseguem desmoralizar ainda mais o principal esporte deste país. E pisar, sem dó, no próprio passado vitorioso de cada um...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Contrato revela. Santos poderá pagar R$ 7,7 milhões para Neymar ter ido para o Barcelona. Desesperado, Modesto Roma ameaça cobrar na justiça Laor e Odílio Rodrigues. O escândalo fica cada vez pior...

Contrato revela. Santos poderá pagar R$ 7,7 milhões para Neymar ter ido para o Barcelona. Desesperado, Modesto Roma ameaça cobrar na justiça Laor e Odílio Rodrigues. O escândalo fica cada vez pior...




É um dos contratos mais sujos da história do futebol mundial. E para o bem da justiça, está sendo escancarado. Nos mínimos detalhes. E fica claro o quanto podem ser mentirosos os números divulgados pela imprensa, quando um jogador importante é vendido. Tudo é feito de propósito. Sob uma cortina de fumaça. Manipulado. Só que os dirigentes do Barcelona e Santos não contavam com a eficiência da Justiça Espanhola. Os detalhes da venda de Neymar são cada vez mais vergonhosos. E comprometedores. O jornal Marca trouxe à público dados estarrecedores. A cúpula do clube catalão, então presidido por Sandro Rosell, deixou acertada com a direção santista, comandada por Luís Álvaro e Odílio Rodrigues, algo absurdo. Em poucas palavras: se a DIS, que detinha 40% dos direitos de Neymar, descobrisse que o valor da venda foi mentiroso, muito acima do que foi divulgado, os dois lados repartiriam o prejuízo. Se a DIS não descobrisse, a parte que ela teria direito ficaria tanto com o Barcelona como com o Santos. Só que os advogados da DIS descobriram o engodo, a enganação. Os dois clubes anunciaram aos quatro ventos que Neymar foi para a Espanha por € 57,1 milhões (R$ 199,3 milhões) - € 17,1 milhões (R$ 59,7 milhões) para o Santos e € 40 milhões (R$ 139,6 milhões) para a empresa do pai do jogador. As quantias já eram absurdas, incoerentes. Tanto que a Receita espanhola resolveu investigar. O jornal "El Mundo" garantia que Rosell manipulou os valores para evitar maior pagamento de impostos. Assim que a notícia foi divulgada e o fisco começou a investigar, o presidente Sandro Rosell renunciou. O que provocou muita estranheza. Homem de negócios, representante da Nike no Brasil, amigo íntimo de Ricardo Teixeira, ele abriu mão da presidência do Barcelona muito fácil. Deveria haver algo por trás. Havia. E muito.

Josep Maria Bartomeu assumiu. Convocou uma coletiva e mostrou números estratosféricos. Ele mostrou que, somando outras cifras como luvas, comissão, acordos e bônus, a transferência alcançava € 86,2 milhões (R$ 300,9 milhões). A DIS ficou revoltada e entrou com vários processos. No Brasil e no Exterior. A empresa havia recebido apenas 6,8 milhões de euros, R$ 23,8 milhões. Enquanto ela tinha mais de já entrou na Justiça espanhola cobrando mais 25 milhões de euros, cerca de R$ 88 milhões. Pela cláusula vergonhosa, o Santos terá de pagar a metade disso. Cerca de R$ 44 milhões. A outra metade caberá ao Barcelona. O Santos deve mais de R$ 400 milhões. Atrasa constantemente direito de imagem, salários. Já ficou sem luz por falta de pagamento. Recebe processos diários, como da Unimed, por falta de pagamento dos planos médicos de jogadores e funcionários. Já teve o CT penhorado por falta de pagamento a Muricy Ramalho. O treinador ficou com parte da premiação dos jogadores pelo título paulista de 2015. O pagamento desses R$ 44 milhões à DIS tornaria a negociação de Neymar a mais estúpida da história. Com o clube no final das contas tendo de pagar para o jogador ir atuar na Espanha. O Santos recebeu pela estranha transação 10,3 milhões de euros, cerca de R$ 36,1 milhões. E gastaria 12,5 milhões de euros. Ficaria com um déficit de 2,2 milhões de euros. Ou seja, teria pago R$ 7,7 milhões para a sua maior revelação depois de Pelé jogar na Catalunha.

"Eu não vou pagar esse dinheiro da DIS. Quem tem de se explicar, pagar é o Laor e o Odílio. Se for necessário, vamos acioná-los na justiça. Não temos nada a ver com esse acordo", teria dito Modesto Roma Filho, hoje pela manhã, ao saber da cláusula no contrato. Seria um processo história. Dirigentes tendo de se responsabilizar pelos prejuízos que deixaram no clube. A situação está complicadíssima. Neymar assinou nove dos 13 documentos que compõe o seu contrato com o Barcelona. E já foi convocado para depor na Justiça Espanhola. Assim como seu pai e até sua mãe, como sócios da empresa N&N. A acusação é de fraude. Modesto Roma já avisou a conselheiros que não perdoa principalmente o pai de Neymar. Fora toda essa discrepância nos números do contrato, há algo que ele considera intolerável. O fato de Neymar Pai aceitar 10 milhões de euros, cerca de R$ 35,1 milhões, ainda em 2011. Poucos dias antes de o Santos enfrentar o Barcelona pela final do Mundial de Clubes. Esse dinheiro foi "sinal" para que o jogador fosse para a Catalunha. Cada detalhe que é tornado público da venda de Neymar, mais vergonhoso fica. A Justiça Espanhola precisa agir com rigor.

Não é por acaso, que agora surgem boatos que o jogador poderá ir atuar no PSG da França. Dirigentes do Barcelona estão desesperado para se livrar desse problema. E despachá-lo para longe seria uma solução. Se tudo for realmente comprovado, o Santos terá feito o pior negócio da sua história. Terá pago R$ 7,7 milhões para Neymar jogar no Barcelona. Esse é o problema dos dirigentes agirem sem fiscalização, transparência. Resta torcer pelo Fisco espanhol cumprir sua obrigação. Por que se for esperar pelo brasileiro... Neymar encerra a carreira e nada acontece...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Globo abre guerra contra Dunga. Motivos: eliminação da Copa América...Prejuízo com Seleção fora da Copa das Confederações na Rússia... E medo de o Brasil não conseguir se classificar para a Copa de 2018...

Globo abre guerra contra Dunga. Motivos: eliminação da Copa América...Prejuízo com Seleção fora da Copa das Confederações na Rússia... E medo de o Brasil não conseguir se classificar para a Copa de 2018...




A Copa das Confederações de 2017 será na Rússia. Reunirá o país-sede da Copa do Mundo de 2018; a Alemanha, campeã de 2014; Austrália, campeã da Copa da Ásia; o campeão da Concacaf e os Estados Unidos decidirão uma vaga; o campeão da Copa das Nações da Oceania; o vencedor do Campeonato Africano das Nações; o campeão europeu e; o vencedor da Copa América. Será um torneio entre 17 de junho e 2 de junho. E servirá como teste para o Mundial da Rússia. O Brasil disputou as últimas sete competições. Todas com esse formato de mini Copa do Mundo. Venceu quatro. A TV Globo outra vez tinha exclusividade sobre a competição. Assim como tem nas Copas da Rússia e do Catar, quando a generosa Fifa nem permitiu concorrência. Foi um prêmio pela parceria no Mundial no Brasil. Blatter e seus comandados lucraram quatro bilhões de dólares, R$ 12,5 bilhões, líquidos com o torneio por aqui. Desde 1997, o Brasil participava de todas Copas das Confederações. A emissora costuma atrelar seus patrocinadores do Mundial a esta competição. Sem a Seleção, não há interesse em mostrar os jogos. Não há motivo para levar sua equipe principal: Galvão Bueno, Casagrande, Júnior, Mauro Naves e Eric Faria. No máximo, a emissora mostrará a final. E olhe, lá. O prejuízo é enorme em vários sentidos. A começar pela parte técnica da transmissão. A competição que acontece um ano antes da Copa serve para dirimir dúvidas sobre logística, algo fundamental em um país como a Rússia. Serve como treino verdadeiro ao Mundial. Não participar será deixar tudo para 2018, com direito a muitas surpresas desagradáveis e caras. Além disso, a Copa das Confederações serve como aquecimento à Copa. Desperta a atenção do torcedor. Prepara o clima para o que virá no próximo ano. A grande diferença da queda da Seleção na Copa América de 2011 e 2015, nas mesmas quartas de final, está no fato de o Brasil não sediar a Copa. Só por isso participou da Copa das Confederações de 2013. Com o mundo em crise, o Brasil mergulhado na recessão, a vergonha passada na Copa, a queda da audiência, a fuga das empresas do futebol, uma grande participação do Brasil na Copa América do Chile seria fundamental. Vital ao planejamento da Globo.

A emissora cobra muito caro dos patrocinadores do futebol. Foram R$ 1,3 bilhão da Ambev, Itaú, Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Vivo e da Volkswagen. De maneira significativa, a Coca-Cola não quis mais continuar pagando para participar das transmissões. Nos últimos dez anos, a audiência do futebol da Globo caiu 28%. O baixo nível do Campeonato Nacional sem ídolos não é disfarçado com cavalinho e piadas nos gols do Fantástico. As câmeras têm cada vez mais dificuldade para disfarçar os grandes clarões nas arquibancadas. A média de público do Campeonato Brasileiro da Série A é de 14.373 pagantes. A ocupação dos estádios fica nos 33%. Ou seja, 77% dos estádios estão vazios. A média de arrecadação por partida é de R$ 532.611,00. O Brasileiro da Série B é deprimente. 4.465 pagantes. Só 14% dos estádios ficam ocupados. 86% continuam vazios. A média de arrecadação fica nos R$ 83.666,00. O Brasileiro da Série C é de chorar. Média de 2.367 pagantes. 11% dos estádios têm torcedores. 89% fica sem ninguém. A média de arrecadação, R$ 33.323,00. A Copa do Brasil deste ano é assustadora. Tem 4.163 pagantes em média. Apenas 15% dos estádios ocupados. 85% ficam vazios. A média de arrecadação é de R$ 97.969.00.

A dona do monopólio do futebol neste país, desde a Ditadura Militar, sabe muito bem o que está acontecendo. O principal esporte brasileiro vive uma profunda crise. O desinteresse cresce a cada derrota da Seleção. E isso afeta diretamente o lucro da Globo. Diante do fracasso na Copa América, a emissora resolveu abrir guerra escancarada. Romper com sua parceira, a CBF. Pelo menos enquanto a Seleção Brasileira estiver nas mãos de Dunga. Executivos globais chegaram à conclusão que, enquanto for ele o treinador, além das derrotas, todo o trabalho de aproximação da Seleção da população, e dos patrocinadores!, será impossível. "Sou contra esconder as coisas. Muito treino fechado, muita coisa escondida. Esconderam muito, quando esconde, é porque a coisas não caminham certo", disse ontem Galvão Bueno no Esporte Espetacular. Seu depoimento foi gravado. Ou seja, foram aprovadas pela direção cada palavra que o locutor disse. "Não quero sacrificar nenhum jogador. Nosso problema foi a escolha (do treinador). Por que foi tão no dia seguinte? Por que não estudou o Brasil, não se abriu conversa? Como foi a convocação? Por que ficou fora o Lucas para chamar o Douglas Costa? Como um Hernanes fica de fora dessa seleção? Como Kaká, com a bola que está jogando nos EUA, fica de fora? A questão zerar a pedra", disse, a voz oficial da emissora no futebol.

Nem Fausto Silva, ex-repórter esportivo se conteve. Seu interesse está no baixo Ibope que tem recebido dos jogos de domingo. Sabe que os brasileiros estão fugindo do futebol. "Daqui a pouco o Fantástico, as reportagens, o noticiário do Campeonato Brasileiro, a volta da Seleção da CBF. Porque esta Seleção é da CBF, tá gente?!" Uma postura completamente diferente do apresentador em relação à 2013, quando Brasil venceu a Copa das Confederações. Ronaldo foi além. No Fantástico de ontem deixou bem claro o que pensa. E, por coincidência, vai no caminho do que deseja a Globo. "Não há sintonia entre o técnico e os jogadores. Isso ficou muito claro na Copa América. Como não dá para trocar os jogadores, o melhor é trocar a filosofia." Filosofia virou sinônimo de Dunga. Ronaldo o quer fora. Foi direto. Não apenas insinuou como Galvão. A guerra está declarada. Dunga sabe disso. E foi irônico. "Quando ganhamos a Copa América e Copa das Confederações falaram que não valia nada. O que vale são as Eliminatórias e a Copa do Mundo."

Mas aí é que está o enorme medo que, com Dunga, o Brasil não consiga se classificar para a Copa do Mundo. A América do Sul tem direito a quatro vagas e uma repescagem. Chilenos, colombianos e paraguaios cresceram muito nos últimos anos. Argentinos e uruguaios são adversários fortes, tradicionais. Peruanos são emergentes. Equatorianos e bolivianos se aproveitam da altitude. Até a Venezuela progrediu. "As Eliminatórias não serão nada fácil. O que aconteceu com o Brasil na Copa América corresponde à nossa realidade. Somos quatros, quinto do continente. A verdade é essa", diz, sem papas na língua, Casagrande. Sem o apoio global que esperava, o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, não fará a vontade da emissora. "Dunga continuará sendo o treinador. Fomos eliminados da Copa América por erros individuais." O presidente da CBF colocou a culpa no pênalti infantil de Thiago Silva e nos erros de Everton Ribeiro e Douglas Costa nas cobranças de pênalti. A raiva na emissora carioca já foi imensa com a queda na Copa América. Havia a certeza de audiência alta na partida que deveria acontecer amanhã, pela semifinal contra a Argentina de Messi. E uma possível decisão no próximo domingo, provavelmente contra o Chile. Toda essa expectativa acabou. O que interessa agora para a Globo é o Brasil fazendo excelente Eliminatória. Ficar fora da Copa de 2018 seria o caos total. O Grupo Globo registrou, conforme balanço da Globo Comunicações e Participações S/A de 2014, lucro líquido de R$ 2,357 bilhões no último ano. O resultado é 6% menor do que os R$ 2,503 bilhões de lucro líquido registrado em 2013. Esse número refere-se ao consolidado do grupo, ou seja, inclui o resultado proporcional das empresas em que o Grupo Globo tem participação. E só conseguiu esse lucro devido à Copa do Mundo do Brasil. Com a campanha contra Dunga, a Globo não briga por um melhor futebol. Seu objetivo é menos nobre: dinheiro...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Os reflexos do humilhante 4 a 0 do Palmeiras sobre o São Paulo. Banho de confiança em Marcelo Oliveira. Decepção com Osório. E pressão para tire Ganso e Luís Fabiano do time...

Os reflexos do humilhante 4 a 0 do Palmeiras sobre o São Paulo. Banho de confiança em Marcelo Oliveira. Decepção com Osório. E pressão para tire Ganso e Luís Fabiano do time...




A conta já chegou e pesada para Juan Carlos Osório. O treinador colombiano sabia. Se algo desse errado no clássico contra o Palmeiras seria muito cobrado. E como não alegou que o time teve virose, como Dunga, precisou arcar com o peso do vexame. Com o olé no final da partida. No íntimo, admite: 4 a 0 para o rival foi até pouco. Embora a diretoria deva assumidamente quatro meses de direito de imagem, Souza sabotou ainda mais o seu trabalho, falhando nos primeiros dois gols. Rogério Ceni também não teve reflexo no 1 a 0. Mas o técnico será cobrado por Carlos Miguel Aidar. Não pela expulsão no final do primeiro tempo. Mas por sua insistência em manter juntos Paulo Henrique Ganso, Luís Fabiano e Pato. Os 4 a 0 acabaram com a utopia. Osório já havia recebido recado por Milton Cruz. Os dirigentes acreditam que o trio não marca ninguém. É omisso. Mas, iludido, o técnico decidiu apostar no talento que um dia os três já mostraram. Não levou em consideração a letargia do meia, o final de carreira do veterano atacante e a falta de visão tática do jogador emprestado pelo Corinthians.

O São Paulo teve um estéril, impotente domínio de bola. Parecia que Marcelo Oliveira desejava que o adversário tentasse atacar o Palmeiras. Só para armar o contragolpe. Uma velha arma conhecida, desenvolvida no Cruzeiro, atual bicampeão paulista. A semana que o Palmeiras passou em Atibaia foi bem aproveitada. Percebeu que o time estava infectado pelo toque de bola excessivo, improdutivo de Oswaldo de Oliveira. Osório errou feio ao apostar que o grande desafogo do rival seria pela direita, com Lucas e Dudu. Nada disso. Quem estava finalmente preparado para jogar foi Egidio. O lateral esquerdo não tomou conhecimento de Michel Bastos. E pela esquerda destruiu o fraco sistema defensivo do São Paulo. Souza estava mal, desatento, dando muito espaço. Hudson acabou sacrificado, sozinho, perdido. Tendo de combater toda a intermediária. Pior para Bruno. Ficou sem cobertura. Havia muito espaço entre ele e Tolói, em outra péssima atuação. Ele se mostra inseguro para ser titular absoluto da zaga são paulina. O clássico teve uma dinâmica repetitiva. Era o São Paulo tocando bola de maneira dispersa e o Palmeiras mostrando muita eficiência e personalidade nos contragolpes. Os administradores do gramado tomavam vergonha na cara e ele esteve melhor, digno da cara e moderna arena. Facilitou o toque de bola, as jogadas em velocidade que o time da casa tem condições de fazer. Marcelo Oliveira foi muito feliz e teve coragem em optar por Leandro Pereira e não Zé Roberto, em má fase. O time ficou mais ofensivo, veloz. Robinho começando a partida deu mais liberdade para, finalmente, Arouca fazer uma partida como seu talento permite. O Palmeiras teve mais compactação e velocidade, agilidade com a bola nos pés. Sabia o que queria. A falta de vibração, de motivação de Paulo Henrique Ganso e Luís Fabiano foram criminosas. Pato ainda fez seu trabalho tático. Marcou Lucas e ainda conseguiu chegar no ataque pela esquerda. Acertou até a trave de Fernando Prass. Está claro que Osório precisa esquecer tudo o que sabia do meia e do veterano artilheiro. Ele tem nas mãos dois atletas sem gana, que prejudicam o grupo. No futebol moderno, se dois jogadores se acomodam em campo, é meio caminho para a derrota. Ainda mais em um clássico. Michel Bastos também precisa ser chamado para uma conversa. E Osorio precisa levar um espelho. O jogador são paulino precisa olhar e perceber que não é Robben do Bayern, da Seleção Holandesa. Apesar de ser um canhoto jogando na esquerda, tem a obrigação de marcar. Fechar o setor. Egidio deu três assistências de gols no 4 a 0. Foram os três com a bola rolando. O quarto nasceu do escanteio cobrado por Robinho. Osório sabe que a goleada terá um peso forte sobre seu início de trabalho no Morumbi. Ele tenta desviar o foco do que seu time fez em campo. Acaba de pedir desculpas pela expulsão no final do primeiro tempo, ao reclamar com o gaúcho Anderson Daronco. Diz que os juízes no Brasil são intocáveis. Mas se continuasse no banco, a goleada tinha tudo para se concretizar. O São Paulo foi profundamente infeliz no treinamento para esse jogo. Inacreditável a liberdade para o lado esquerdo palmeirense.

Marcelo Oliveira precisava de um resultado importante como o de hoje. Ele tinha de acabar com a apatia palmeirense, herança maior deixada por Oswaldo de Oliveira. A falta de objetividade. O irritante toque de bola que não levava a nada. A não ser à impaciência do torcedor. O ex-treinador do Cruzeiro quis passes mais largos, velozes. O Palmeiras está anos-luz do Barcelona de Guardiola e seu tiki-taka. A equipe precisava de vibração, rapidez na definição das jogadas. Sejam cruzamentos, inversões de jogo ou arremates. Marcelo insistiu na objetividade do time. Usar a técnica em função da busca do gol. Não o mero domínio da bola. Isso é mudança de filosofia. O São Paulo andou para trás. Caminhou no domínio inócuo da bola. É muito melhor Osório optar por um time mais operário, vibrador do que ter jogadores capazes de mostrar habilidade de uma foca nas embaixadinhas. Ganso é um caso a ser estudado. O meia outra vez se escondeu. Permitiu que Gabriel o dominasse com um pé nas costas. Já passou da hora dele ficar no banco de reservas. Tomar um choque de realidade para ver se acorda para vida. Luís Fabiano? Jogador desinteressado, que atua com o nome que fez no passado. Tem de ser liberado o mais rápido possível para atuar com Kaká no fraco futebol dos Estados Unidos. Por aqui, não dá mais. O clássico é apenas uma partida. Mas poderá marcar de verdade a chegada de Marcelo Oliveira ao Palmeiras. Ele tem de mostrar personalidade e não ceder diante do gigantesco elenco palmeirense. Se jogadores importantes como Zé Roberto e Cleiton Xavier estão abaixo, têm de ficar no banco. Ponto final. Não pode cair na tentação do revezamento pelo revezamento. Já Osório terá de se virar. Saber que no Brasil treinadores fazem milagres. Motivam atletas sem receber direito de imagem há quatro meses. E ainda enfrentar jogadores que querem ser titulares pelo que fizeram no passado, não no presente. O técnico sabe que o grau de tolerância com técnicos de fora deste país é muito pequeno. Gareca, argentino, semifinalista da Copa América com o Peru, que o diga. 4 a 0 em um Palmeiras e São Paulo traz sempre profundas consequências. A confiança está voltando para o lado verde. Enquanto o tricolor fará uma reavaliação da sua verdadeira força. O clássico de hoje transcenderá por todo o Campeonato Brasileiro. Para o bem e para o mal. O coro de olé da torcida palmeirense não será esquecido. Tanto no Palestra Itália. Como no Morumbi. Marcelo Oliveira e Juan Carlos têm plena consciência disso...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

domingo, 28 de junho de 2015

Apesar do fracasso na Copa América, Dunga é mantido na Seleção e também na Olimpíada. Marco Polo repete a receita de Ricardo Teixeira. Sua prioridade é sobreviver na CBF. O futebol brasileiro é entregue a um técnico que lhe seja fiel. Não o melhor...

Apesar do fracasso na Copa América, Dunga é mantido na Seleção e também na Olimpíada. Marco Polo repete a receita de Ricardo Teixeira. Sua prioridade é sobreviver na CBF. O futebol brasileiro é entregue a um técnico que lhe seja fiel. Não o melhor...




Brasil eliminado da Copa América nos pênaltis para o Paraguai. Diante do fraco futebol apresentado e a queda nas quartas de final, a expectativa lógica dos jornalistas. O treinador seria demitido. Afinal faltavam três anos para a Copa do Mundo. Haveria tempo para uma mudança de filosofia. Técnicos europeus eram cogitados. Até que tocou o telefone celular do diretor de Comunicação. "Ele fica. Não será mandado embora. E acabou. Sou eu quem mando." Sim, a cena foi idêntica ao que aconteceu ontem no Chile. Mas a descrita acima, com detalhes, ocorreu na Argentina, há quatro anos. Ricardo Teixeira ligou para Rodrigo Paiva e mandou avisar Mano Menezes. Estava tudo bem. O presidente da CBF não se preocupava com a eliminação na Copa América. O trabalho seguia ótimo. O treinador seguiria tranquilo até a Copa de 2014. Até ganharia como escudo o homem que o havia colocado na Seleção. O seu compadre Andrés Sanchez seria o coordenador de seleções, um treino para sucedê-lo na CBF. Na época, Ricardo Teixeira já estava acuado. Polícia Federal e o Comitê de Ética da Fifa já vazavam acusações de corrupção. O futebol era a última de suas preocupações. Ele queria sobreviver nos cargos que mantinha. Os de presidentes da CBF e do Comitê Organizador Local. E também não ser preso, diante das denúncias.

Teixeira acabou tendo de renunciar. Seu protegido Andrés Sanchez foi humilhado até ser demitido por José Maria Marin. Mano Menezes fracassou. Tanto na renovação da Seleção como na Olimpíada. E foi mandado embora. Felipão e Parreira assumiram na improvisação. Ganharam de forma enganosa a Copa das Confederações e o choque de realidade veio na Copa do Mundo. O frio balanço para o futebol brasileiro. Pura perda de tempo. Seleção Brasileira perdida, sem rumo. Geração de jogadores fracos tecnicamente, inseguros. Dependente de um jogador tão inconsequente quanto egocêntrico, Neymar. José Maria Marin já está encarcerado na cadeia da Suíça. Marco Polo del Nero, que era seu mentor, melhor amigo, vira as costas ao octogenário sem o menor constrangimento. Tenta se agarrar ao cargo de presidente da CBF de qualquer maneira. Sonhou décadas com esse poder. E busca com advogados e presidentes de Federações e clubes alianças para continuar mandando no futebol deste país. Com medo de extradição para os Estados Unidos, graças às inúmeras acusações envolvendo a CBF, Marco Polo ficou no Brasil. Aqui, advogados garantem que o FBI e o Departamento de Segurança Norte-Americano, não o alcançam. Não terá de sair do país para dar qualquer esclarecimento.

E foi de sua luxuosa cobertura, na Barra da Tijuca, no Rio, que acompanhou a eliminação da Seleção de Dunga contra o Paraguai, ontem. A cobertura ele comprou por R$ 5,2 milhões do agente de viagem da própria CBF. Aliás, seu patrimônio imobiliário aumentou 172% desde que chegou à CBF, em 2012, como vice de Marin. Foi de lá que telefonou para Walter Feldman, secretário-geral da CBF. E mandou avisar que Dunga vai continuar na Seleção. Repetiu a atitude de Ricardo Teixeira. O principal motivo: confiança. Marco Polo sabe que Dunga está fechado com ele. Aceita qualquer adversário, qualquer condição de trabalho, a imposição de Neymar e dos principais titulares brasileiros nos amistosos que valem 1,2 milhão de dólares, R$ 3,7 milhões, à CBF. A postura do capitão campeão em 1994 é de pura gratidão a Marco Polo. Ele foi massacrado pela derrota da Seleção na Copa da África. Fez péssimo trabalho na volta ao futebol, no Internacional. Estava demitido, abandonado. Quando chegou o inesperado convite para voltar à comandar a Seleção. Diante da oferta, Dunga se tornou o mais agradecido dos homens. E não aceita críticas à cúpula da CBF. E, muito compreensivo, faz o que é pedido. Exatamente como Mano Menezes. Pessoas próximas a Marco Polo dizem que ele vive sob intensa pressão. Capaz de tornar qualquer pessoa paranoica. O presidente da CBF tem certeza que seus telefones estão grampeados. Assim como de seus familiares e das muitas namoradas, com idade para ser netas, que acumulou. Todas as contas também estão sendo investigadas. Os contratos publicitários da CBF. As relações com a Traffic do delator Jota Hawilla. O presidente da CBF também tem a desconfiança que é seguido por onde vá. Não bastassem as investigações da Polícia Federal, há os jornalistas. Tudo relacionado ao seu nome está sendo divulgado. Como o absurdo aumento do seu patrimônio imobiliário desde que chegou à CBF. Marco Polo tem 74 anos. Por mais que tome todas as vitaminas mais modernas inventadas pelo homem, a idade pesa. Ainda mais diante de tanta cobranças, denúncias, investigações. Ele não tem como se focar no futebol brasileiro. Entender realmente o que está acontecendo com a Seleção. Quer saber de sobreviver no cargo. E não quer ter o trabalho de procurar alguém com real capacidade de reformular o principal esporte desse país.

Buscar um dos melhores treinadores do mundo, algo que o fiel Dunga não é. Marco Polo sabe que eles estão na Europa. Guardiola, Mourinho, Klopp, Ancelotti, Luís Enrique. Por sua história, a Seleção não mereceria alguém com menor currículo do que esse quinteto. Mas como convencer qualquer um deles que a liberdade é restrita para montar o time? Nos amistosos, jogadores são impostos pelos organizadores? A lista de convocação precisa ser entregue antes, para aprovação, ao presidente da CBF? Que o Campeonato Nacional não para nas datas-Fifa e que há a necessidade de implorar a liberação aos clubes? Que seria ótimo que, para os patrocinadores, Neymar continuasse a ser o capitão e o camisa 10 do time? Os organizadores é quem escolhem os adversários mais lucrativos para os amistosos de formação da equipe? Como contar com o silêncio cúmplice quando qualquer detalhe da organização não der certo? Melhor seguir com a fidelidade de Dunga. Mesmo que ela não leve o futebol brasileiro a lugar algum. O técnico que responsabilizou uma virose pelo fracasso na Copa América. Que, como político, negou os fatos. O fracasso, o vexame do Brasil na competição. Considerou a participação da Seleção "ótima". E acredita estar no caminho certo. Sem conseguir levar a Seleção nem entre os quatro melhores da América do Sul. Marco Polo precisa alguém com esse perfil. Exatamente como Ricardo Teixeira precisava de Mano Menezes. Por isso entrega não só a Seleção Principal do País como a Olímpica. Exatamente como fez o ex-genro de João Havelange. Enquanto presidentes da CBF priorizem sobreviver, escapar de denúncias, parceiros viciados como os presidentes de Federações, o treinador da Seleção não terá independência. Será um homem que aceite as amarras, as limitações, os compromissos.

E como a Natureza não foi generosa desta vez, não há excepcionais jogadores que disfarcem a vergonhosa situação. Por isso, Marco Polo repete Ricardo Teixeira. Como Mano Menezes um dia foi confirmado, após o fracasso na Copa América, agora é Dunga que está mantido. Não foi Mano quem chegou à Copa do Mundo. Pelo que mostrou até agora, em jogos oficiais, com Dunga, há outra incerteza. A de que o Brasil passe pelas Eliminatórias e chegue à Copa da Rússia. Mas esta é a última preocupação de Marco Polo del Nero. Um brinde à fidelidade de Dunga...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

A decadência do Brasil continua. Sem Neymar, o covarde time de Dunga foi eliminado pelo Paraguai da Copa América. O medo na CBF é que o time não consiga chegar à Copa de 2018. Dunga não está garantido no cargo...

A decadência do Brasil continua. Sem Neymar, o covarde time de Dunga foi eliminado pelo Paraguai da Copa América. O medo na CBF é que o time não consiga chegar à Copa de 2018. Dunga não está garantido no cargo...




A decadência continua. Quase um ano depois dos 7 a 1 para a Alemanha, outro vexame. Covarde, tímido, decepcionante. Sem Neymar, o Brasil se encolheu diante do limitado Paraguai, na Copa América. Segurou o empate nos 90 minutos em 1 a 1, como time pequeno. Vergonhoso. Vale lembrar que Thiago Silva cometeu um pênalti insano, dando um tapa na bola ao disputar a bola com Roque Santa Cruz. O zagueiro se mostra um jogador desequilibrado, sem personalidade para jogos importantes pela Seleção. O time de Ramon Diaz merecia ter vencido o jogo. Mas a justiça se fez na decisão dos pênaltis. Os paraguaios eliminaram a Seleção da Copa América por 4 a 3, nas quartas de final. Everton Ribeiro e Douglas Costa cobraram para fora suas cobranças. O time de Dunga não conseguiu ficar nem entre os quatro melhores competição. Como em 2011, quando Mano Menezes era o treinador. O time caiu nas penalidades contra os mesmos paraguaios. A perspectiva para as Eliminatórias não é nada boa. Pela primeira vez, há muito medo na CBF. Esse Brasil covarde de Dunga pode ficar fora da Copa de 2018. A maneira que o time disputou a Copa América foi assustadora. Não será surpresa se Marco Polo del Nero decidir até pela troca do treinador. Até a competição oficial, Dunga havia vencido dez amistosos. Mas foi só a Copa América começar, os jogos passarem a valer três pontos, o futebol implodiu. O time mostrou total dependência de um inconsequente Neymar. Venceu o Peru por 2 a 1. Perdeu para a Colômbia por 1 a 0. Venceu a Venezuela por 2 a 1, com oito jogadores defensivos. E hoje o vexame da eliminação. A campanha foi pífia, vergonhosa. Com a eliminação da Copa América, o Brasil não disputará a Copa das Confederações. Pela primeira vez na sua história. A decadência não tem fim... DUNGA JURA QUE 15 JOGADORES TIVERAM VIROSE. FILIPE LUÍS DESMENTE... Pior, foi a desculpa encontrada por Dunga. Ele não tinha como justificar o covarde futebol do Brasil. E apelou feio.

"Não é desculpa e nem atenuante, mas 15 jogadores tiveram uma virose e tivemos que limitar os treinamentos. Hoje era um jogo para termos velocidade e não conseguimos", disse o treinador. Mas em seguida, o lateral Filipe Luis desmontou a pífia desculpa de Dunga. "Eu não tive virose. E nem sabia que os outros jogadores tiveram." Como assim? O jogador está na concentração e não percebe que 15 jogadores estavam com virose? A situação é patética... Para complicar ainda mais as coisas, Neymar estará fora das duas primeiras partidas das Eliminatórias. O Brasil teria de chegar ao menos às semifinais, jogar mais duas vezes no Chile para que cumprisse a suspensão pela confusão diante da Colômbia. "Infelizmente, a gente caiu de produção. A gente teve oportunidade de matar o jogo. A seleção paraguaia, com todo o respeito, não é das melhores. Tivemos oportunidade de matar, não matamos. Bobeira nossa. Infelizmente, perdemos", dizia Robinho. Experiente, falou pela metade. Na verdade, o Paraguai dominou 60 minutos de jogo. Os brasileiros foram melhores apenas nos 30 primeiros. Foi mais sincero analisando sua inexplicável substituição no fim de jogo. Ele é um bom cobrador de pênaltis.
"Queria ficar, continuar no jogo. Foi opção do professor, mas enfim. Agora é saber que nosso grupo precisa melhorar muito. Perdeu, perdeu todo mundo", dizia Robinho, tentando segurar a irritação com a eliminação. Ele foi substituído aos 40 minutos do segundo tempo. Everton Ribeiro entrou e frio foi para sua cobrança de pênalti. Tudo errado. Era o primeiro mata-mata depois dos 7 a 1 contra a Alemanha na Copa do Mundo. O adversário do Brasil, muito mais fraco. O Paraguai. A geração que Ramon Diaz tem nas mãos não é nada animadora. É limitada. Assim como a de Dunga. Ainda mais sem Neymar. A expectativa era de um jogo ruim. E foi o que aconteceu. Os esquemas previsíveis. O Brasil com o 4-5-1. Time montado para os contragolpes em velocidade, principalmente com Robinho, escalado de novo na vaga de Neymar. Roberto Firmino, sacrificado, enfiado na frente. Os paraguaios com marcação forte, com dez jogadores na marcação, atrás da linha da bola. A briga foi feia nas intermediárias. A Seleção estava um pouco melhor. Enquanto Robinho tinha fôlego. Justo o jogador mais perigoso tinha liberdade. Erro grave. E que Ramon Diaz se arrependeria. Em uma troca de bola em velocidade, o Brasil sairia na frente. Robinho começou um contragolpe e fez a bola girar. Ela foi parar nos pés de Elias. O volante tocou para Daniel Alves. Firmino puxou a marcação na primeira trave. Mas o cruzamento veio na segunda. E encontrou Robinho livre. Brasil 1 a 0, aos 14 minutos. O gol mexeu com os nervos paraguaios. A Seleção viveu ótimos 15 minutos. Dominou o jogo. Tocou a bola, Daniel Alves seguiu livre pela direita. Mas faltava convicção para Phelippe Coutinho e Willian. Faltava apetite. Vontade de chutar a gol. Roberto Firmino estava fora de posição. Não conseguia render enfiado. Ele joga muito melhor vindo de trás. Mas estava proibido de revezar com os meias. Mesmo assim, o Brasil estava melhor. Só que, a partir dos 30 minutos, Ramon Diaz mandou seu time marcar a saída de bola brasileira. Travou Elias. Só Fernandinho tinha liberdade. Muito limitado tecnicamente, o volante dava seguidos chutões, devolvendo a bola para os brasileiros.

Os paraguaios foram crescendo no jogo. Só que tão limitados quanto os brasileiros, mostravam falta de talento individual. Insistiam nos cruzamentos inócuos, chutes de longe. Apesar de dominada, a Seleção não sofreu para segurar a vantagem no primeiro tempo. Se esperava atitude de Dunga. A exigência que o Brasil comprasse a briga. Passasse a marcar também os paraguaios no seu campo. Mas nada disso. A Seleção seguia insegura, inconsistente, medrosa, passiva. Os fracos rivais foram se empolgando. E apelaram para o que o próprio Dunga sabia. As bolas aéreas. Só que Ramon Diaz havia corrigido um erro técnico fundamental. Os cruzamentos deveriam sair da linha de fundo. Não da intermediária. E a bola começou a rondar perigosamente o gol de Jefferson. Foi assim que Valdez cabeceou raspando o travessão. Em seguida, da Silva cabeceou forte e o goleiro brasileiro fez excelente defesa. Era inacreditável. O Brasil não tinha como sair da pressão. Parecia um time pequeno diante de um gigante. O gol paraguaio era uma questão de tempo. Mas ele veio de maneira inesperada. Na área brasileira, Roque Santa Cruz, Daniel Alves e Thiago Silva. Enquanto a bola voava na direção dos três, o ex-capitão da Seleção levantou o braço direito e fez um pênalti desnecessário, típico de um jogador desesperado, sem controle emocional. O árbitro uruguaio Andréas Cunha não teve como na marcar. Na cobrança, Derlíz González. A cobrança saiu forte no canto direito de Jefferson, indefensável. 1 a 1, aos 25 minutos do segundo tempo. Resultado mais do que justo. O time brasileiro sentiu o baque do empate. Recuou mais ainda, com medo de uma virada. Os paraguaios tinham o domínio da intermediária. Tivessem um pouco mais de imaginação e jogadores com melhor potencial, teriam vencido a partida. Seguiram dominando o jogo. Só faltava chutes, penetrações, tabelas. Daí o 1 a 1 ter persistido. Por pura sorte dos brasileiros. Vieram os pênaltis. E a justa vitória paraguaia por 4 a 3.

Assustado com a prisão de José Maria Marin, Marco Polo del Nero nem foi ao Chile. O país tem uma legislação muito mais flexível que a brasileira, em relação à extradição para os Estados Unidos. Pressionado, o presidente da CBF precisava demais da vitória do Brasil na Copa América. Diminuiria as cobranças. Com a eliminação, Marco Polo pode tomar uma atitude drástica. E demitir Dunga. A campanha foi vergonhosa. Com direito à vexatória desculpa da suspeita virose dos jogadores. E eliminação também da Copa das Confederações na Rússia. O futebol brasileiro está no fundo do poço...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sábado, 27 de junho de 2015

Dunga não é racista. É ignorante. Não tem o direito de comparar o seu sofrimento, pelas críticas que recebeu como jogador, com o flagelo dos negros. Ele é o técnico de que país? Suécia? Alemanha?

Dunga não é racista. É ignorante. Não tem o direito de comparar o seu sofrimento, pelas críticas que recebeu como jogador, com o flagelo dos negros. Ele é o técnico de que país? Suécia? Alemanha?




"Simples. Nós éramos ruins com sorte, os outros eram bons com azar. Aquela seleção tinha uma cobrança de 40 anos sem Copa América e 24 anos sem uma Copa do Mundo. Eu até acho que eu sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham para mim: "Vamos bater nesse aí". E começam a me bater, sem noção, sem nada. "Não gosto dele" e começam a me bater." "Acho que sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham para mim. "Vamos bater nesse aí".E começam a me bater, sem noção, sem nada. Não gosto dele e começam a me bater." Primeiro o contexto completo. A maneira tosca com que Dunga desde 1994 compara o sucesso da Seleção Brasileira mecanizada, sem brilho, que deve a Romário a conquista do Mundial dos Estados Unidos. Ele quer, e não consegue, a reverência do time maravilhoso montado por Telê Santana e que perdeu a Copa da Espanha em 1982. Lembrado com muito mais carinho do que aquele de Parreira. Depois, a ignorância. A visão ultrapassada, digna do século 19. Inaceitável para o treinador de um país não só pentacampeão do mundo. Mas de profunda mistura de raças. E que por séculos tratou os negros como escravos, hipocrisia, preconceito. Dunga só mostrou que ainda trata.

No censo racial de 2010 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o resultado foi transparente. A grosso modo, o Brasil é formado por 91 milhões de brancos, 82 milhões de pardos, 15 milhões de pretos, dois milhões de amarelos e 817 mil indígenas.

Como é que a pessoa responsável por selecionar, escolher os brasileiros que formarão a Seleção pensa de forma tão deprimente? Não foi apenas uma frase fora do contexto, como querem alguns defender o treinador da Seleção, com interesse em futuras entrevistas exclusivas, acesso a informações. Hipócritas e aduladores de sempre. Dunga teve todo o tempo do mundo para, diante dos microfones, expor o que pensa. Afrodescendente não é uma palavra que utilize normalmente no seu vocabulário. Ele comparou toda as críticas que recebeu quando a Seleção fracassou na Itália, ao massacre que por séculos os negros sofreram e sofrem neste país. Ser taxado de jogador limitado, incapaz de mostrar técnica como Falcão ou Cerezo, e ser especialista em carrinhos, entradas bruscas. Ser acusado de ter futebol limitado, truculento, robotizado doeu. Incomodou ver estampado em jornais e revistas o injusto batizado de que resumiu o time derrotado em 1990, a "geração Dunga". Mas a ignorância da comparação é assustadora. Os martírios dos negros neste país foi e continua sendo enorme. Milhões deles foram sequestrados na África. Foram tratados como animais. Foram transportados em condições subumanas em navios negreiros. Sujeitos a pestes, doença, fome, sede, falta absoluta de higiene. Em semanas pelo mar, era comum entre 20% a 30% morrerem nas viagens que levavam semanas. Os mortos eram atirados ao mar.

Historiadores como Sérgio Buarque de Holanda contabilizaram entre quatro e cinco milhões de negros que chegaram ao Brasil. Outros acreditam que foram oito milhões. Ao desembarcar por aqui eram açoitados para trabalhar na agricultura. A grande maioria não era escrava na África. Muitos eram torturados até a morte em praça pública, para servir de exemplo. Não tinham direitos civis. Eram utensílios domésticos. Não eram considerados seres humanos plenos. Trabalhavam até 16 horas por dia. Eram amontoados em barracões, as senzalas. A comida era pouca, controlada. As torturas eram constantes. As mais cruéis possíveis. Mutilações por desobediência ou pouca produtividade eram normais e aceitas pela sociedade. Os que fugiam eram enforcados, sem direito a ser enterrados. Para impedir que outros tivessem a mesma ideia. Viviam, em média, 30 anos.

E não precisava ser muito rico para ter o seu escravo. Levantamentos mostram que um terço das residências de Belo Horizonte e Salvador tinham o seu. Portugal resistiu o quanto pôde para o fim da escravidão. A atividade de compra e venda de negros era altamente lucrativa. Os primeiros navios negreiros chegaram ao Brasil entre 1520 e 1550. Foram mais de 300 anos até que o império brasileiro copiasse o que acontecia no mundo civilizado, a Europa. E libertasse os escravos em 1888. Mas não foi tão bonitinho quanto parece. Depois que a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, a luta pelos direitos básicos como andar pelas ruas, obter documentos, trabalhar e receber dinheiro, poder comprar uma casa, ter uma propriedade foram conquistas que levaram décadas. Só em 1951 foi criada a primeira lei para enfrentar a discriminação. A Afonso Arinos. Só a partir dela, instituições comerciais foram obrigadas a aceitar os negros. Eles eram impedidos de entrar em restaurantes, bares, clubes, lojas. O preconceito racial existe e é forte até hoje. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou este ano que o negro tem duas vezes e meia maior chance de ser assassinado do que o branco. 53% dos presos são negros no Brasil. O acesso à educação é mais difícil. As cotas nas universidades não foram criadas por acaso. Dunga teve a coragem de se comparar aos "afrodescendentes" no seu sofrimento como jogador de futebol. Só que foi muito além. Disse algo imperdoável. "Acho que sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar." Quer dizer que ele acha que o negro além de ter apanhado, "gosta de apanhar"?
Carlos Caetano Bledorn Verri é gaúcho, tem a ascendência italiana e alemã. É branco. Mais do que tudo, é brasileiro. Mora em Porto Alegre. Convive com o preconceito aos negros todos os dias. Não só na sua cidade, mas em todo o país. Será que ele não sabe que jogadores negros tinham de colocar pó de arroz, se disfarçar de brancos para jogar futebol no Brasil? Já se esqueceu de Aranha que foi chamado de macaco no estádio do Grêmio, do lado de sua casa? A irresponsabilidade de suas palavras não pode ser esquecida com um mero pedido de desculpas por escrito. Feito por assessores de imprensa. Não estivesse tão preocupado em continuar no cargo, o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, deveria exigir uma postura mais digna. Se não a demissão, pelo menos a convocação de uma coletiva para o treinador se explicar. Não aproveitar a emoção de um mata-mata hoje, contra o Paraguai, e se desculpar rapidamente antes de começar a falar sobre o jogo. Mas Marco Polo não pensa em ir ao Chile, país que, coincidentemente, tem acordos de extradição com os Estados Unidos bem menos complexos que o Brasil. A falta de discernimento de Dunga é mais ofensiva do que a visão preconceituosa. Racista ele não é. É ignorante. Ele desconhece a sofrida história da população negra do seu país. A constante luta pela igualdade. Que está longe de terminar. Precisava saber. Até uma questão de respeito ao cargo que ocupa. Quantos negros convocou para a Seleção?
Quantos negros obedecerão suas ordens contra o Paraguai? Quantos negros estão torcendo pelo time que comanda? Pelé e Garrinha eram brancos? Ronaldo e Romário são amarelos? De que cor é Neymar? Chegamos sim ao fundo do poço. Nunca estivemos tão mal representados em todas as áreas deste país...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Sem dinheiro, São Paulo seguirá o caminho que não queria. Repetir o que o Palmeiras fez com Gareca. E contratará colombianos para agradar Osório. Com o cuidado para não 'rachar' o elenco...

Sem dinheiro, São Paulo seguirá o caminho que não queria. Repetir o que o Palmeiras fez com Gareca. E contratará colombianos para agradar Osório. Com o cuidado para não 'rachar' o elenco...




"Não falo que mentiram para mim. Mas tampouco me falaram da situação econômica tão delicada do clube. Eu não sabia. É diferente. Não me enganaram, mas também não me disseram. Agora entendo melhor. "Mas não pensava que o problema econômico era tão grande e que tínhamos de perder três jogadores ao mesmo tempo. Eu entendia um, mas três é muito difícil." O desabafo de Juan Carlos Osorio tem toda razão de ser. Quando o presidente Carlos Miguel Aidar e o vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, foram até a Colômbia, desenharam um São Paulo inexistente. O clube continua com uma história maravilhosa. Com seis conquistas de Brasileiro, três Libertadores e três Mundiais. Sua camisa é respeitada no mundo todo. Mas seu presente financeiramente é lastimável. Desesperados para contratar um treinador estrangeiro, de qualquer maneira, Aidar e Guerreiro se fixaram na infraestrutura do São Paulo. No trabalho com os garotos em Cotia, no atual elenco. E na possibilidade de reforçá-lo, seguindo indicações do treinador. O plano que os dirigentes apresentaram consta a briga por títulos do Brasileiro e da Copa do Brasil. A obrigatória classificação para a Libertadores de 2016. E a montagem de um grande time para o próximo ano. Osório tinha nas mãos uma proposta do Cruz Azul. Time grande mexicano mantido por uma cooperativa de cimento fez uma proposta concreta ao técnico colombiano. Ela chegou até antes da do São Paulo. Mas trabalhar no futebol brasileiro era um velho sonho de Osório. Os mexicanos então decidiram contratar Sergio Bueno, que era técnico do Jaguares de Chiapa.

Ao desembarcar no Morumbi, o treinador foi entendendo a realidade do clube graças a Milton Cruz. Soube que o clube estava com dois meses de salários atrasados. As dívidas passavam dos R$ 200 milhões. E jogadores seriam vendidos. Osório acreditou que apenas um sairia. Rodrigo Caio. O assédio do zagueiro/volante era muito forte. E ele acabou indo para o Valencia. O técnico colombiano lamentou. Mas mal sabia que tudo apenas havia começado. Paulo Miranda acabou indo para a Áustria, comprado pelo Red Bull Salzburg. Quando Osório bufava, irritado. Foi embora, no dia seguinte, Denílson, para os Emirados Árabes. Os R$ 54 milhões arrecadados não resolveram o endividamento são paulino. Pelo contrário. O departamento financeiro quer novas vendas. Até porque a saída do trio não foi suficiente para baixar a folha salarial de R$ 8 milhões para R$ 6 milhões, como era o sonho. Os três juntos ganhavam R$ 580 mil. Um nome que Aidar e Ataíde torcem para ter uma boa proposta é Luís Fabiano. O veterano atacante de 34 anos foi oferecido a empresários com ligação com o Oriente Médio e com a China. O clube pretende se livrar dos R$ 550 mil mensais e ainda fazer algum dinheiro. Seu contrato termina em dezembro. O zagueiro Tolói também está à disposição. Se surgir interessados, o clube não colocará obstáculos.

Diante do atual quadro, Osório conversou com Ataíde Gil Guerreiro e se queixou. O São Paulo não não pode enfraquecer tanto seu elenco. O treinador percebeu que poderia ser o grande prejudicado diretamente. Ele tem o apelido de Lorde, por ser muito educado. Mas não é nada bobo. Sabe que será ele quem a imprensa e os torcedores irão cobrar se o time passar a fracassar. Por isso, já fez Ataíde Gil Guerreiro ter de repensar suas promessas. Em várias entrevistas, o vice garantiu que o São Paulo não iria repetir o que o Palmeiras fez com Gareca. E, de acordo com o dirigente, rachou o elenco do rival.

"Fizemos um acordo com o Osorio e não vamos contratar ninguém da Colômbia. Nem o Pelé de lá. Queimaram o Gareca, que é bom técnico, porque trouxeram um monte de argentino (Allione, Mouche, Tobio e Cristaldo). Depois ele caiu porque encheu o time de argentino. Os (outros) jogadores acabam ficando contra. Então, nós combinamos que ele vai olhar o mercado brasileiro." Mas quando um dirigente no Brasil se compromete com alguma coisa, costuma não cumprir. Com a desculpa que "mudou o cenário", Ataíde já tem nas mãos o pedido de dois atacantes colombianos. Osório pediu jogadores que conhece e confia. Além de ter certeza que cumprirá seu contrato de dois anos, no mínimo, no Morumbi. Mas o São Paulo deverá tentar, antes comprar, emprestar esses dois jogadores. Macnelly Torres foi pedido por Osorio assim que chegou. Meio campista ofensivo, de 30 anos, que está no Al-Shabab de Arabia. Mas como Ataíde, no mês passado não queria colombianos, o Atletico Nacional da Colômbia surgiu como interessado. E pode contratá-lo nas próximas horas. A verdade é que Osorio não está contente com o que encontrou no Morumbi. Notícias leves, como as que ele está jogando futebol, comendo churrasco e bebendo caipirinha com Milton Cruz, servem como cortina de fumaça. O treinador não quer ter o mesmo destino de Gareca. Sabe, por exemplo, que será muito cobrado clássico de amanhã, contra o Palmeiras, no campo do adversário. "Somos um bom time, mas é muito difícil para qualquer time no mundo substituir três jogadores. Estamos tratando, sou otimista do que podemos fazer. Mas não é uma equipe tão forte como era três semanas atrás", deixou bem claro. A enorme diferença entre ele e Gareca é que Osorio não tem medo de avisar que o time pode fracassar. Não fica tentando agradar os dirigentes, como o argentino fazia. Esse foi o seu grande erro. Alimentou uma perspectiva que o Palmeiras não teve como corresponder. E é bom Osório se preparar. O presidente Aidar não cansa de falar a conselheiros que o clube precisa de dinheiro. Para isso, não há jogador que não possa ser vendido. A prioridade é viabilizar o time. Não deixar atrasar mais salários ou direitos de imagem. O treinador não pode fazer nada. A não ser lamentar não ter compreendido que estava vindo para um clube muito importante. Mas tantas dificuldades financeiras...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Paulo Nobre sabe. Com Valdívia só vale contrato assinado. Por ainda ainda fará uma última tentativa para que não vá jogar no Al Whada. Não quer perder seu jogador de R$ 80 milhões...

Paulo Nobre sabe. Com Valdívia só vale contrato assinado. Por ainda ainda fará uma última tentativa para que não vá jogar no Al Whada. Não quer perder seu jogador de R$ 80 milhões...




"Não me arrependo de maneira alguma. Todos os palmeirenses sonhavam com a volta de Valdívia. Depois de muito sacrifício, eu consegui. Se foi muito caro? Jogador talentoso é caro mesmo." As frases foram me dita por Luiz Gonzaga Belluzzo. O ex-presidente do Palmeiras e eu estávamos nos estúdios da Record News. E mostrou que a contratação do chileno, em 2010, é um dos grandes orgulhos que carrega na vida. Economista renomado internacionalmente, ajudou na política econômica do falecido governador de São Paulo, Oréstes Quércia e dos ex-presidentes do Brasil, José Sarney e Lula. Foi o homem que levou a Parmalat para o Palmeiras na década de 90. Acalentava o sonho de ser presidente palmeirense. Ao assumir o cargo se esqueceu de toda cautela. Acumulou dívidas de R$ 200 milhões. A mais questionada é a do chileno, que acaba de fechar sua ida para o Al Wahda, dos Emirados Árabes. Durante cinco anos, Belluzzo foi questionado. Só para trazê-lo de volta, contratá-lo do Al Ain, dos Emirados Árabes, ele comprometeu seis milhões de euros, cerca de R$ 21 milhões. Fora comissões para empresários. "A transação do Valdivia já passa dos R$ 80 milhões. Essa sim foi a pior negociação da história do clube. Do futebol brasileiro. Basta ver o quanto o Belluzzo pagou para o clube dos Emirados (Al Ain), mais as luvas, comissões. Aliás teve muitas comissões. Não só para empresários, mas também ao pai do Valdivia. Fora esse contrato de cinco anos. No começo, o chileno ganhava R$ 435 mil limpos, fora luvas, premiações." A revelação foi me foi feita, de forma exclusiva, pelo também ex-presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone.

O aumento absurdo se explica. Mesmo com o empresário Osório Furlan pagando 2 milhões de euros e ficando com 36% dos direitos do chileno. Sem dinheiro para bancar o pagamento do jogador, o Palmeiras apelou para as cartas de crédito do banco Banif. A operação só foi fechada graças a Belluzzo, já que o clube estava endividado. Só que tudo se complicou. O Palmeiras não pagou os empréstimos e os juros foram crescendo de maneira absurda. O resultado: a dívida saltou para mais de R$ 40 milhões. O clube paga R$ 700 mil todo mês. Só acertará de vez o débito no final de 2016. Além disso, bancou mais de R$ 25 milhões entre luvas e salários ao meia. Tirone está certo. O clube gastará mais de R$ 80 milhões nesta passagem de Valdivia. R$ 16 milhões por ano só com um jogador. Um dos mais caros da história do futebol brasileiro. Se não for o mais. E está indo embora sem render um centavo ao Palestra Itália. Das 333 partidas que o Palmeiras teve neste período, disputou menos da metade. Ficou de fora 186 partidas. Atuou 147 jogos.

Mesmo com esses números, o anúncio de acerto com o Al Whada provocou uma revolução nos bastidores do Palmeiras. Paulo Nobre queria a renovação. Ele já havia avisado ao executivo Alexandre Mattos que desejava a permanência do meia. Estava encantado com as atuações do chileno na Copa América. Suas atuações foram mais uma prova do seu talento. E que valeria a pena seguir com o jogador. Mattos tem péssimo relacionamento com o meia. E também com Luiz Valdívia, pai e empresário do jogador. O desgaste veio desde que o executivo assumiu. A família Valdívia sabia que ele o queria fora do clube. Por isso havia oferecido um contrato de produtividade, R$ 120 mil fixos e mais R$ 60 mil por partida atuada. Qualquer que fosse o motivo de sua ausência de um jogo -- suspensão, convocação para a Seleção Chilena, contusão, doença ou terremoto --, ele não receberia um real. Jogadores importantes cansam de dizer que não aceitariam jogar no Palmeiras pela produtividade. "Não sou prostituta, que ganha por programa. Sou jogador de futebol. Um trabalhador. E trabalhador recebe por mês", me disse um atleta do Corinthians que acaba de ser negociado. Ele resumiu o que vários atletas pensam, inclusive Valdívia. Paulo Nobre sabe. O meia não pode ter assinado seu contrato com o Al Whada. Porque seu vínculo com o Palmeiras não acabou. Pré-contrato sim. O presidente palmeirense quer saber se, apesar do anúncio oficial, pode reverter a situação. Afinal de contas, no ano passado, ele chegou a ser apresentado no Al Fujairah, também dos Emirados Árabes. E não ficou.

Há um vazio existencial na diretoria palmeirense. O clube já contratou 24 jogadores. Só que nenhum deles com a característica do meia chileno. O quarentão Zé Roberto não conseguiu substituí-lo. Não tem mais vigor para atuar como meia criativo, como há dez anos. Em Atibaia, conhecendo o grupo palmeirense mais intimamente, Marcelo Oliveira percebeu. Não poderia abrir mão do meia. Ele seria fundamental para o time cumprir a missão dada pela diretoria: ao menos conseguir uma vaga na Libertadores de 2016. O técnico passou essa informação a Alexandre Mattos. O que deixou o executivo mais nervoso. Ele não quer ser apontado pelo responsável da saída de Valdivia. Em conversas sérias com o ex-executivo Brunoro e com Mattos, Paulo Nobre sempre cogitou em um jogador com capacidade para substituir o meia chileno: o argentino Conca. Só que ele foi jogar no Shanghai Dongya. Seu absurdo salário está perto dos R$ 2 milhões mensais. É totalmente inviável.

Montillo está em baixa no Shandong Luneng. Mas recebe cerca de R$ 1 milhão por mês. Alexandre Mattos não tem grande impressão do argentino. Foi ele quem acreditou ser a melhor solução para o Cruzeiro vendê-lo ao Santos. O dinheiro de sua saída acabou sendo o ponto principal da reformulação na Toca da Raposa, e a conquista do atual bicampeonato nacional. O contrato de Valdivia termina apenas no dia 17 de agosto. Ele precisa se reapresentar no Palmeiras depois da Copa América. A tabela mostra que, se o meia não exigir descanso, terá mais nove partidas para disputar com a camisa verde. Sua despedida seria contra o Flamengo, em São Paulo, no dia 14 de agosto.
Nesta manhã de sexta-feira, há muita tensão no Palestra Itália. Enquanto a Mancha Verde anuncia que amanhã fará um churrasco, festejando a despedida de Valdivia, Paulo Nobre quer saber se é possível reverter a situação. Tentar segurar o jogador, que considera a única real estrela internacional do time. Se não conseguir, vai desejar boa sorte, agradecer pelo site do clube. E deixar no ar que foi ele quem o dispensou. Mas a verdade não é essa. O Palmeiras ainda tenta seguir com o jogador de mais de R$ 80 milhões. Caso não consiga, muitas lágrimas saudosas escorrerão no Palestra Itália...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli