sábado, 31 de outubro de 2015

São Paulo e Sport em pleno Morumbi. O jogo que pode mudar a carreira de Falcão como treinador. Leco e Ataíde estão muito interessados no seu trabalho para 2016. Não querem Doriva...

São Paulo e Sport em pleno Morumbi. O jogo que pode mudar a carreira de Falcão como treinador. Leco e Ataíde estão muito interessados no seu trabalho para 2016. Não querem Doriva...




Exilado na China, em clube da Segunda Divisão, o Tianjin Songjiang, Vanderlei Luxemburgo é outro. Aos 63 anos, virou um treinador decadente, que não tem mais espaço nos clubes grandes brasileiros. Tem contrato para ficar um ano, mas ganhará outros dois caso consiga levar o time para a Primeira Divisão. Triste fim para um técnico que jurou revolucionar o futebol brasileiro. Mas ele já foi muito diferente. Fiz várias exclusivas com ele, no seu auge. E me lembro bem do jogo que ele qualifica como que mudou a sua vida. Ao contrário do que muita gente pensa, não foi no dia 29 de agosto de 1990, em Bragança Paulista, quando fez o Bragantino campeão paulista de 1990, ao empatar com o Novorizontino de Nelsinho Baptista. Naquela época, os estaduais tinham importância porque os dirigentes desprezavam a Libertadores. Tudo mudaria no início do novo século. A data e o cenário que transformaram a vida de Luxemburgo são outros. Então Parque Antártica contra o Palmeiras. Ele treinador da Ponte Preta. Dia 10 de fevereiro de 1993. Seu time era muito fraco diante da equipe de Octacilio Gonçalves. Ricardo Cruz, Samarone, Márcio, Nei e Branco; Serginho Carioca, Valmir e Anderson; Marcelo Prates (Valdecir), Marcinho e Claudinho. Essa era a equipe campineira. O Palmeiras da Parmalat tinha Sérgio, João Luís (Maurílio), Antônio Carlos, Edinho Baiano e Roberto Carlos; César Sampaio, Mazinho e Edílson (Jean Carlo); Edmundo, Evair e Zinho. "Eu sabia que havia muita gente no Palmeiras querendo a minha contratação. Havia uma seleção que a Parmalat deu ao Palmeiras. Só que o "Chapinha" (apelido do Octacílio) não conseguiu encaixar o time. Eu sabia exatamente o que queria fazer com aqueles jogadores. A chance de me impor chegou. Estudei muito como fazer a Ponte jogar. Massacramos o Palmeiras, abrimos 2 a 0 com 30 minutos de jogo. O estádio inteiro começou a gritar pelo meu nome no intervalo. O time suportou o quanto deu. No final, eles arrancaram o empate em um pênalti no Zinho. O Evair marcou. A arbitragem deu uma forcinha para eles, mas conseguimos nos segurar. O jogo acabou empatado em 2 a 2. Mas sabia. O vencedor fui eu."

Ele tinha razão. No dia 22 de abril de 1993, Luxemburgo fazia seu primeiro jogo com o Palmeiras. Vencendo o Rio Branco em Americana. A partir daí, sua carreira decolou. Seleção, Real Madrid. Até a decadência atual. Essa história veio à tona hoje. A situação é muito parecida no Morumbi. Assim com a direção palmeirense não acreditava no "Chapinha", os diretores não acreditam em Doriva. Estão apenas esperando terminar o ano para dispensá-lo. Isso já é unanimidade. A sua contratação foi feita pelo ex-presidente Carlos Miguel Aidar. O dirigente que teve de renunciar, diante de inúmeras denúncias. Foi o então gerente José Eduardo Chimello quem indicou Doriva como substituto de Juan Carlos Osório. Os dois haviam trabalhado juntos no Ituano. O treinador não pensou duas vezes em virar as costas para a Ponte Preta, quando recebeu o convite. Sua contratação foi uma enorme decepção para os dirigentes, conselheiros e torcedores. Doriva resolveu mudar todos os métodos de Osório. Deixou os jogadores inseguros. Sua campanha é pífia. O time foi eliminado de maneira humilhante da final da Copa do Brasil. Perdeu duas vezes para o Santos por 3 a 1. Tem seis partidas para tentar classificar o time para a Libertadores. Mesmo se conseguir, quem manda no clube não o quer no próximo ano.

Com a renúncia de Aidar e demissão de Chimello, antecipada pelo blog, Doriva está sozinho. O presidente recém-eleito Carlos Augusto Barros e Silva quer um treinador vivido, um nome respeitado nacionalmente. Ataíde Gil Guerreiro, também. Os dois consideram Doriva promissor, mas muito imaturo. Conselheiros influentes têm conversado com a dupla. E ouvido um nome ser muito citado. Paulo Roberto Falcão. Um dos maiores volantes da história do futebol brasileiro. Ídolo marcante da história do Internacional e da Roma. Ex-jogador do São Paulo. Ex-técnico da Seleção. Comentarista por 14 anos da TV Globo. Poliglota. Domina o italiano, inglês, espanhol. Homem de gosto refinado. Muito bem preparado intelectualmente. "Tem a cara do São Paulo", repetem conselheiros ligados a Leco. Falcão tem uma carreira como treinador muito instável. Ficou amargurado pela traição de Ricardo Teixeira. Eu estava cobrindo a Copa América de 1991 e sei o que ele passou. Tinha a missão de reestruturar a Seleção. Foi impedido de chamar jogadores do Mundial de 1990, aqueles que exigiram mais dinheiro por saber do milionário patrocínio da Pepsi. O Brasil com vários estreantes foi vice da competição no Chile. A vencedora foi a Argentina. Falcão foi demitido. Nem tanto pelos resultados. Mas por não se submeter a passar informações exclusivas a jornalistas cariocas a quem Teixeira devia favores. De personalidade forte e autoritário, Falcão não fez bons trabalhos no América do México, no Internacional, no Japão. Assumiu o posto de comentarista da Globo. Amadureceu. Não se conformava com o que via taticamente. Sentia que poderia fazer melhor do que muitos técnicos consagrados. Vaidoso, não engolia o fracasso. E voltou a trabalhar como treinador.

Não foi bem de novo no Internacional em 2011. Só voltou a ser chamado pelo Bahia, em 2012. Também não foi bem, diante da expectativa que gerou. Só três anos depois, retornou ao futebol. Teve a chance de assumir o Sport. Time organizado com muito talento por Eduardo Baptista. Após desgaste com dirigentes e torcida, o filho de Nelsinho Baptista decidiu aceitar o convite do Fluminense. Falcão assumiu seu cargo e o trabalho está sendo ótimo. Está indo até além taticamente do que seu antecessor. A mídia pernambucana está empolgada. A diretoria já projeta o trabalho com ele para 2016. Com reforços, investimentos. Para isso seria ideal ter o time na Libertadores. O Sport tem 49 pontos, está em sétimo. O São Paulo, 50, em quinto. Os dois se enfrentam hoje no Morumbi. Uma vitória e o time de Recife dorme na quarta colocação. E pode ser mais do que isso. Dependendo de como o Sport atuar, se vencer, quem pode se convencer de vez a investir em Falcão são Leco e Ataíde. Ou seja, o confronto tem muita semelhança ao jogo no Parque Antártica em 1993. Se Falcão tiver a pretensão de trabalhar no São Paulo, ele que faça o seu Sport se impor. Aplique toda a estratégia moderna que surpreendeu Atlético Mineiro e Palmeiras, entre outros. Até mesmo o presidente do Sport, João Humberto Martorelli, sabe desse interesse do São Paulo. Apesar de ter o treinador sob contrato até dezembro de 2016, ele se mostra resignado. "Faz parte. Todo profissional de sucesso atrai a atenção de outros clubes. Ainda mais se tratando de um nome tão importante como o de Falcão. Normal." Aos 62 anos, o treinador tem uma das grandes chances de sua vida instável como treinador. Ele não admitirá nunca isso publicamente. Mas Falcão sabe o que está acontecendo. Está com a faca e o queijo nas mãos. Pessoas importantes e influentes no Morumbi querem sua contratação. Mas têm dúvidas sobre a profundidade do seu trabalho. Melhor oportunidade para convencê-los, impossível...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

CBF 'conseguiu'. Polêmica garantida. Colocou o juiz que o Corinthians não queria de jeito algum contra o Atlético Mineiro. Há cinco anos, o clube não vence com Heber Roberto Lopes apitando...

CBF 'conseguiu'. Polêmica garantida. Colocou o juiz que o Corinthians não queria de jeito algum contra o Atlético Mineiro. Há cinco anos, o clube não vence com Heber Roberto Lopes apitando...




Dirigentes, Tite e jogadores acreditam que o Corinthians foi derrotado nos bastidores pelo Atlético Mineiro. O árbitro que todos não desejavam foi escolhido para o confronto de domingo, no Independência. Heber Roberto Lopes. O paranaense de 43 anos, que apita pela Federação Catarinense, é detestado no Parque São Jorge. Os motivos:falta de critério,irritação, intransigência e aparente suscetibilidade diante da pressão da torcida adversária. Com ele apitando, o Corinthians não vence há cinco anos. Foram nada menos do que dez partidas. 2011
5/11 - Brasileiro - Flamengo 1x1 Corinthians - Engenhão (Rio de Janeiro-RJ) 2012
11/7 - Brasileiro - Corinthians 1x3 Botafogo - Pacaembu (São Paulo-SP)
6/10 - Brasileiro - Náutico 2x1 Corinthians - Aflitos (Recife-PE) 2013
25/8 - Brasileiro - Vasco 1x1 Corinthians - Mané Garrincha (Brasília-DF)
12/9 - Brasileiro - Botafogo 1x0 - Maracanã (Rio de Janeiro-RJ) 2014
20/4 - Brasileiro - Atlético Mineiro 0x0 Corinthians - Parque do Sabiá (Uberlândia-MG)
20/7 - Brasileiro - Vitória 0x0 Corinthians - Barradão (Salvador-BA)
24/8 - Brasileiro - Grêmio 2x1 Corinthians - Arena do Grêmio (Porto Alegre-RS) 2015
24/5 - Brasileiro - Fluminense 0x0 Corinthians - Maracanã (Rio de Janeiro-RJ)
5/7 - Brasileiro - Goiás 0x0 Corinthians - Serra Dourada (Goiânia-GO) Foram seis empates e quatro derrotas.

Essa estranha coincidência veio à tona e irritou demais o time e os dirigentes. A assessoria de imprensa do clube entrou em ação. E destacou a performance corintiana com o careca apitando. Dirigentes e conselheiros comentam "em off" que pode haver um grande medo da CBF de o Brasileiro "acabar" no domingo. Uma vitória corintiana levaria a vantagem para 11 pontos sobre o rival mineiro. Restariam apenas cinco rodadas. Novo triunfo do time de Tite contra o fraco Coritiba em casa e derrota do Atlético contra o Figueirense, em Santa Catarina e o Brasileiro estaria terminado. As quatro últimas rodadas seriam inúteis em relação ao campeão do país. Essa situação não agradaria também à Globo. A disputa seria apenas para vagas na Libertadores e rebaixamento. O interesse maior estaria morto. Os atleticanos não reclamaram. Em 2014, os atleticanos venceram o Cruzeiro por 2 a 1. Os rivais questionaram a não marcação de um pênalti cometido por Otamendi. Na semifinal do Mineiro deste ano, os cruzeirenses reclamaram da não marcação de uma falta Edcarlos em Leandro Damião. A jogada seguiu e o Atlético marcou o gol que o levou à final. Tite já teve uma conversa com os atletas. Eles não devem se aprofundar em relação a Heber Roberto. O treinador quer o time focado apenas em jogar futebol. Mas é difícil. Os atletas comentaram muita a estranha escalação de quem o clube não desejava. A declaração de Mano Menezes em 2014, quando treinava o Corinthians, resume o que todos sentiram quando a CBF divulgou a escalação. "Não é normal o Corinthians não ganhar desde 2010 com um árbitro específico. Você perde, ganha, é beneficiado, é prejudicado. É normal. Com ele, não é normal", enfatizou depois da derrota para o Grêmio. Naquele jogo, Heber expulsou Guerrero, alegando que o peruano acertou cabeçada em Alan Ruiz. Não percebeu que Zé Roberto empurrou o ex-atacante corintiano. Tite sabe que os jornalistas tiveram acesso à informação dos dez jogos, dos cinco anos que o Corinthians não vence com Héber apitando. Isso já basta na guerra de nervos da partida de domingo. Ele não quer se aprofundar no tema. Assim como proibiu seus jogadores de falarem. Mas a contrariedade é anormal. O clima de irritação com a Comissão de Arbitragem é enorme. Como houve erros que ajudaram o clube... Dirigentes temem a possibilidade de vingança. Não que Heber vá entrar em campo para ajudar o Atlético. A simples presença do juiz já desconcentra os corintianos...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

O Flamengo está entusiasmado com Muricy e seu aprendizado no Barcelona. Se Eduardo Bandeira de Mello for reeleito, o treinador é prioridade na Gávea para 2016. Leco não o quer de volta ao Morumbi...

O Flamengo está entusiasmado com Muricy e seu aprendizado no Barcelona. Se Eduardo Bandeira de Mello for reeleito, o treinador é prioridade na Gávea para 2016. Leco não o quer de volta ao Morumbi...




Muricy Ramalho já recebeu o recado. Embora muitos conselheiros do São Paulo desejem sua volta, o presidente Carlos Augusto Barros e Silva não o quer. Ainda não o perdoa por tê-lo expulsado do vestiário, junto com amigos, em 2009. O treinador avisou que os jogadores precisavam de sossego. O treinador está plenamente recuperado de sua diverticulite. Cumprindo a promessa feita a sua esposa, Roseli, Muricy tratou de fechar os ouvidos para propostas até o final desta temporada. Ele retirou a vesícula em abril. Está há seis meses descansando, se divertindo, relaxando com os filhos, Vai para programas de tevê, rádios, comenta jogos, dá palpite sobre a Seleção. Muito ético, defende Dunga até debaixo d"água. Ele escuta muito o que seu amigo íntimo, e auxiliar, Tata diz. E ele falou que era hora de "fazer o que todos fizeram". Ir para a Europa dar "uma reciclada". E "tirar muitas fotos e ser filmado". Era importante aprender novos conceitos e também mostrar que seu repertório será mais variado. Principalmente para a imprensa esportiva, que o cobrava muito nos últimos tempos de São Paulo. Seu "Muricybol" não encantava mais. A insistências nos cruzamentos aéreos, a impaciência do seu time em prender bola no ataque. A inconsistência na recomposição. A postura passiva diante da falta de intensidade de jogadores como Ganso, Pato, Luís Fabiano. Muricy aceitou. Mas quis ir logo no melhor time europeu. O campeão atual da Champions. O Barcelona. E por seu currículo de campeão da Libertadores, tetracampeão brasileiro, teve todas as portas abertas. Teve 12 dias para acompanhar o trabalho do time catalão. Neymar intercedeu por ele junto a Luis Enrique e houve a liberação para que ele e Tata acompanhassem os treinos, fechados para a imprensa do mundo todo. Além disso, foi a jogos, conheceu como o Barcelona trabalha nas categorias de base. Quis saber também da administração. Enfim, uma reciclagem verdadeira. Ele teve acesso ao que muitos técnicos brasileiros que passaram por lá não tiveram. Nem sonham. Não foi apenas uma rápida conversa com Luis Enrique e fotos. Ele mergulhou na intimidade, como se estivesse no Morumbi, no CCT da Barra Funda, em Cotia. Quis conhecer as instalações dos profissionais e dos garotos. Entendeu como eles fazem para estudar e jogar. Compreendeu que o Barcelona segue uma mesma filosofia em todas as suas categorias. Os times utilizam o mesmo esquema. Por isso fica mais fácil lançar garotos da base.

Muricy também teve uma aula de como tudo acontece fora do campo. Como o clube é firme com os atletas. Exige profissionalismo. Compreendeu porque Ronaldinho Gaúcho, no seu auge, foi negociado. Suas farras fora do campo estava contaminando o ambiente. Os catalães exigem respeito durante toda a temporada, inclusive nas folgas. Por isso, todo o excesso dos atletas nas férias é tolerado. O treinador disse que escolheu o Barcelona porque a maneira de jogar, a escola, é a que mais se aproxima da brasileira. E teve contatos com os conceitos. A movimentação da equipe. A recomposição. A intensidade. A necessidade de o time atacar e defender em bloco. A qualidade da saída de bola. As triangulações pelas laterais. As infiltrações dos volantes. A inutilidade de um volante fixo na frente da zaga se seus laterais não atuam abertos como pontas. A troca constante de posição dos meio campistas e atacantes. Usar o conceito de preenchimento de espaço do basquete. Atacantes sem preguiça para marcar e cobrir laterais. Neymar fez questão de ajudar a detalhar cada detalhe tático. Justo ele que detestava estratégia. Teve de aprender a movimentação não só dele, mas de todo o time. Assim como todos os atletas. Cada jogador precisa entender o que todos os outros fazem em campo. Foi um choque para Muricy. Os presidentes de clubes brasileiros trocam muitas informações. E Eduardo Bandeira de Mello já sabe que o São Paulo de Leco não terá Muricy em 2016. Não há a menor possibilidade. Os dois não se falam. Doriva também não vai ficar. Mas isso não interessa a Bandeira de Mello. Muricy, sim. Esta reciclagem do treinador tetracampeão brasileiro e campeão da Libertadores chegou na melhor hora. Não só dentro do campo, assunto que Bandeira de Mello confirma não ser um profundo conhecedor.

Chegou até ele a maneira com que Muricy deseja fazer a integração entre o time profissional e a base. Usar o método que aprendeu no Barcelona. Fazer todos os times atuar da mesma maneira. Essa integração sempre ameaçou acontecer na Gávea, mas como em todos os clubes do país, a escolha dos técnicos da base serve como acomodação política. Indicações para agradar alas aliadas ao presidente. Bandeira de Mello quer garantir, se for eleito, mais seriedade no elenco profissional. Não aceita mais espaço para festas regadas a mulheres, cerveja e colchonetes espalhados pelo chão, como a que custou o afastamento e multa de Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Pará e Paulinho. O presidente flamenguista quer um novo técnico com muito mais energia e que não seja tão amigo dos atletas, como Oswaldo de Oliveira. Já é unanimidade a decisão de que ele não continuará no clube em 2016. Foi oportuno demais o contato de Muricy com a direção do clube catalão. E a exigência, por contrato, de um comportamento exemplar. Óbvio que os jogadores não agem como santos. Mas respeitam o clube até nos seus momentos de folga. Não se deixam fotografar com cerveja, prostitutas. Ainda mais com o time despencando no campeonato, acumulando cinco derrotas em seis partidas. Muricy virou o nome mais comentado, mais forte na Gávea. E até mais barato. Ele está desempregado. O outro objeto de desejo, Cuca, tem contrato com o Shandong Luneng e recebe R$ 1,5 milhão. Por um terço desse dinheiro, o tetracampeão brasileiro pode aceitar trabalhar na Gávea. O treinador sabe que não voltará ao São Paulo. E avisou que deseja trabalhar em clubes onde ainda não esteve. Quer algo novo na vida. O Flamengo quer uma nova filosofia. O flerte já acontece. Tem muita chance de virar casamento em 2016...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Vasco tem a última missão carioca do ano

Vasco tem a última missão carioca do ano



Olá galera. O ano de 2015 está chegando ao fim. No calendário da Elite do Futebol Brasileiro, faltam seis rodadas para o término do Brasileirão e a decisão da Copa do Brasil. Entre os clubes cariocas, o Vasco é o que tem a missão mais complicada. O Flamengo arrancou, namorou, entrou no G-4 e... O Rubro-Negro empolgou o torcedor quando ficou na quarta posição, mas depois acumulou resultados ruins. Com as chances reduzidas de voltar ao grupo que vai à Libertadores, cabe ao Fla terminar de maneira honrosa a campanha no Brasileirão. Com a eliminação na Copa do Brasil, o Fluminense precisa de seis pontos pra se garantir na Série A. Pela maneira que a equipe vem jogando, isso não deve demorar a acontecer. O Tricolor já tem dois reforços contratados para a próxima temporada, que tem tudo pra ser boa, caso mantenha a base do elenco. Com a iminente volta à Série A, o Botafogo já navega em águas tranquilas. Bem diferente do Vasco, que entre os clubes do Rio de Janeiro é o que tem a missão mais difícil. Ainda dá pra fugir do rebaixamento. Vencer o clássico contra o Fluminense no domingo é obrigatório para a manutenção desse sonho. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Em vez da comemoração pela chegada à decisão da Copa do Brasil, a tensão domina o Palmeiras. O trauma de Marcelo Oliveira, por três derrotas em finais, e em casa, preocupa a todos. Principalmente o abalado treinador...

Em vez da comemoração pela chegada à decisão da Copa do Brasil, a tensão domina o Palmeiras. O trauma de Marcelo Oliveira, por três derrotas em finais, e em casa, preocupa a todos. Principalmente o abalado treinador...




Jornalistas de Belo Horizonte e Curitiba têm o mesmo diagnóstico. Marcelo Oliveira é um excelente treinador para competições por pontos corridos. Mas ele se perde em mata-mata. Seu currículo mostra a conquista da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro com o Ipatinga. Dois Campeonatos Paranaenses pelo Coritiba. Dois Brasileiros e um Mineiro pelo Cruzeiro. Com a sofrida vitória contra o Fluminense, ele chegou à quarta final de Copa do Brasil. Perdeu as três que disputou. Em 2011, comandando o Coritiba, para o Vasco. Em 2012, caiu ainda no time paranaense, diante do Palmeiras de Felipão. Em 2014, sucumbiu com o Cruzeiro diante do rival Atlético Mineiro. Detalhe fundamental. Todos os jogos finais, decisivos, aconteceram com os times de Marcelo atuando em casa. Perdeu duas Copas do Brasil no Couto Pereira, diante da torcida do Coritiba. E no Mineirão, com o incentivo dos cruzeirenses. Para piorar seu histórico em competições eliminatórias, há a Libertadores. O Cruzeiro caiu diante do San Lorenzo empatando nas quartas de final, em 2014. E neste ano foi eliminado também nas quartas, perdeu para o River Plate por 3 a 0. Outra vez, os jogos aconteceram na casa do time de Marcelo Oliveira: no Mineirão, diante da torcida cruzeirense. A segunda eliminação, diante dos argentinos, custou o seu emprego na Toca da Raposa.

Nenhum técnico neste país conseguiu chegar a quatro finais da Copa do Brasil em cinco anos. O que é um enorme mérito. Mas a impressão dos repórteres que acompanharam o Coritiba e o Cruzeiro nestas decisões é a mesma. Marcelo acaba se deixando envolver emocionalmente demais nos mata-matas. Não consegue suportar a pressão psicológica. A obrigação de vencer. Sua insegurança reflete nos jogadores, diretoria, torcida. E as decepções se acumularam. A situação não acontece em campeonatos de pontos corridos porque uma derrota pode ser recuperada. Marcelo Oliveira vem dando mostras que as críticas da imprensa paranaense e mineira se justificam. Mesmo tendo um elenco muito melhor, o Palmeiras sofreu demais para passar por Cruzeiro, Internacional e Fluminense. Conselheiros reclamaram muito com Paulo Nobre pela insegurança do time. E o lembraram de quanto é fundamental estar na Libertadores de 2016. Teoricamente será o último ano dele como presidente. Há um movimento para esticar em um ano seu mandato ou até dar a possibilidade a concorrer por outro, de três anos. E precisa da lealdade dos torcedores. Não foi por acaso que ao final da decisão por pênaltis, ontem, Nobre fez questão de invadir o gramado. Comemorar com os jogadores e, principalmente, com o treinador. Foi uma resposta aos conselheiros de quanto apoia Oliveira. E também a demonstração ao técnico o quanto precisa de o time vitorioso na Copa do Brasil. Há horas em que o dirigente não responde ao jornalista. Mas manda recado aos conselheiros. Foi o caso de Paulo Nobre ontem. "Eu sofro muito como presidente que estou e como torcedor que sou. É duro, mas ser palmeirense é uma coisa muito especial. As coisas aqui são bem mais gostosas. Vim dar os parabéns para a galera, porque eles merecem. "Eu não diria que surpreendeu (o Palmeiras chegar à final), porque trabalhamos para isso, isto vem coroar um trabalho que está sendo feito super sério. Chegar na final não é fácil. Em duas, mais difícil ainda. O trabalho está no caminho certo."

Além da satisfação, da chance de aumentar seu período como presidente do Palmeiras, há muito dinheiro envolvido. Paulo Nobre quer aproveitar ao máximo a nova arena na Libertadores de 2016. Se vier a classificação, o time será reforçado. A promessa de Nobre a conselheiros é de pelo menos três estrelas. Um zagueiro, um volante e um meia, camisa 10. E daí arrecadar pelo menos R$ 5 milhões por partida da competição sul-americana. Para isso é necessário que Marcelo Oliveira dome os nervos. Até o executivo Alexandre Mattos faz novena. Reza para o treinador, amigo íntimo há anos, recupere a serenidade. E transmita confiança nos dois jogos finais diante do Santos. Motivo não falta. A começar pela série de ameaças de morte que recebeu no seu celular. Ele já avisou a polícia. E ontem não se segurou. Revelou aos jornalistas o que vem sofrendo. "Perdemos dois jogos e parecia que o mundo tinha acabado. Chegamos em duas finais na segunda possível. Parecia que o mundo ia acabar. E mesmo se perdesse, não acabaria. Tem que ter calma porque a gente recebe mensagem, cara falando que vai matar, andar na rua, não sei o quê. "Torcida apoia. Esses são uns bobos que arranjam o telefone e falam que vão matar, vou fazer, vou acontecer. O futebol vai caminhando para um lado que não tem nada a ver. A gente tem que ter calma na análise. Isso é muito influenciado pelas pessoas do mal que existe." Marcelo Oliveira sabia dessas ameaças. Os jogadores, não. Apenas eram xingados e cobrados pela exigente torcida palmeirense. A chegada à uma decisão de título tão importante quanto a Copa do Brasil deveria ser apenas motivo de comemoração. Mas a tensão de Marcelo Oliveira estava presente na coletiva de ontem. Era uma cena que ele já viveu três vezes. Jornalistas fazendo perguntas sobre a empolgação da proximidade de um título nacional. Restando apenas dois jogos depois de uma caminhada sofrida. Marcelo reagiu da mesma maneira que das três vezes anteriores. O que é ruim. Ele preferiu se irritar os momentos de pane do seu time do que passar uma mensagem de confiança na disputa do título. Embora o Santos seja favorito, é um clássico entre adversários históricos. "No Brasil, é assim mesmo. O técnico é muito bom porque deu uma arrancada de sete jogos, aí o time caiu e já não está tão legal. O torcedor também analisa com a paixão. Só me cabe cuidar da saúde e trabalhar honestamente." Que mensagem é esta de um treinador classificado para uma final? "Cuidar da saúde?" "Trabalhar honestamente?"

Técnico de clube importante precisa ter personalidade. Se impor. Ele é o líder de um grupo. Embora finalista da Copa do Brasil, há nos conselheiros do Palmeiras um ar decepção com Marcelo Oliveira. Como o Grêmio tem uma tradição de equipe aguerrida, o Atlético Mineiro de toque de bola, o Palmeiras historicamente cadencia seu jogo, busca tabelas, sai da defesa para o meio de campo com tabelas, infiltrações. Com Marcelo Oliveira, o time vive à base dos chutões dos zagueiros para a frente, como se os meio campistas não existissem. A recomposição é lenta. Os volantes estão invariavelmente mal colocados. A zaga está desprotegida. As substituições do treinador são assustadoras. Como a de ontem, quando tirou Robinho e colocou Rafael Marques. Escancarou seu meio de campo. Ofereceu a recuperação para o Fluminense. Marcelo foi responsável pelo sufoco que o Palmeiras sofreu nos últimos minutos de jogo. Tudo parece ligado ao seu emocional. Daí ter de "cuidar da saúde". O momento deveria ser de euforia no Palestra Itália. A CBF pagará uma premiação de R$ 7,9 milhões ao campeão. Nobre já decidiu que deverá dar parte desse dinheiro aos atletas. Conselheiros falam que dividiriam entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões. Proporcionais ao número de jogos na competição. Mas antes de pensar em dinheiro, a primeira providência a ser tomada é Marcelo Oliveira se acalmar. Não confundir vontade de ser campeão com tensão, preocupação. Ele precisa passar confiança aos seus jogadores e aos dirigentes. Tem um adversário muito poderoso pela frente. E que está jogando melhor que o Palmeiras. Sorte que os jogos serão nos dias 25 de novembro e 2 de dezembro. Há tempo de estudar todos os pontos fortes e fracos do Santos. Esperar pela recuperação de Arouca e Cleiton Xavier. Gabriel, os médicos alegam ser impossível. Porém mais do que tudo é necessário tratar o lado psicológico de Marcelo Oliveira. A hora de acabar com seu trauma no mata-mata chegou. Que busque uma terapia intensiva...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Fred fez o torcedor ter orgulho de ser Tricolor!

Fred fez o torcedor ter orgulho de ser Tricolor!



Olá galera. A final da Copa do Brasil será entre Santos e Palmeiras. A primeira entre clubes paulistas. Na semifinal, o São Paulo não deu dificuldade para o Peixe. Já o Flu de Fred, que jogou machucado, foi eliminado apenas nos pênaltis e fez o torcedor sentir orgulho de ser Tricolor! A decisão da vaga para a final da Copa do Brasil entre Palmeiras e Fluminense foi de arrepiar. Juntando os 180 minutos das duas partidas, podemos dizer que o time carioca foi um pouco superior. Mas o Verdão também teve seus méritos e está de parabéns pela classificação. Um dos destaques do duelo foi Fred. O atacante mostrou mais uma vez porque é considerado um dos principais ídolos na história do clube. Mancando, por causa de dores no joelho e tornozelo, ele fez o gol do time e por muito pouco não empatou no fim, resultado que classificaria o Flu. Perder faz parte do esporte. Claro que ninguém gosta de ser derrotado. Ganhar é melhor, lógico. Mas há derrotas que têm valor e a do Fluminense na semifinal da Copa do Brasil precisa ser valorizada. O clube mostrou que está no caminho certo, investindo na excelente base, que conta com um grande capitão dentro de campo. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

O talento, a organização tática e a juventude contra o dinheiro, a desorganização e a empolgação de um estádio que tem vida. Santos e Palmeiras decidem a Copa do Brasil de 2015. Pela primeira vez dois paulistas na decisão...

O talento, a organização tática e a juventude contra o dinheiro, a desorganização e a empolgação de um estádio que tem vida. Santos e Palmeiras decidem a Copa do Brasil de 2015. Pela primeira vez dois paulistas na decisão...




Uma mistura empolgante do talento com a organização tática. Da velocidade e vontade dos garotos com o sangue frio e competência dos veteranos. O Santos. Do outro o dinheiro, time instável, bom do meio para a frente, excelente na bola aérea, que se sustenta em um estádio com vida. O Palmeiras. Os dois despacharam seus rivais nas semifinais da Libertadores. A equipe de Dorival fez o que quis contra o pobre São Paulo de Doriva. Poderia ter conseguido uma goleada histórica na Vila Belmiro, se seus jogadores não se poupassem depois dos 3 a 0. Acabou "apenas" outro 3 a 1. No placar combinado, somando as duas partidas, 6 a 2. Já o time de Marcelo Oliveira mostrou toda a tensão, a instabilidade que o caracteriza. Time que se abala psicologicamente de maneira juvenil. Com péssimo poder de marcação no meio de campo. E que depende de jogadas individuais ou cruzamentos aéreos. Seu conjunto se equivaleu ao do Fluminense. Perdeu no Maracanã por 2 a 1. Venceu pelo mesmo placar em São Paulo. Passando um sufoco lastimável no final da partida. Culpa do seu treinador que escancarou o time e abriu toda a possibilidade para o desastre na arena palmeirense. Deu sorte. E seu time conseguiu sua vaga nos pênaltis. Por 4 a 1. Com Fernando Prass sendo decisivo, como foi na partida. Só por ele o Palmeiras chegou à decisão. Pela primeira vez dois times paulistas decidirão o título. Desde 1989 quando a Copa do Brasil começou a ser disputada, nunca equipes de São Paulo fizeram a final. Impossível não colocar o Santos de Dorival Júnior como favorito. A vaga para a Libertadores vale muito para os dois times.




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

"A extradição aos Estados Unidos de uma pessoa nefasta, corrupta como o Marin me traz conforto. Mas tinha de ser a polícia norte-americana. Aqui, no país da impunidade, seguiria aproveitando sua vida de corrupção." Ivo Herzog, entrevista exclusiva...

"A extradição aos Estados Unidos de uma pessoa nefasta, corrupta como o Marin me traz conforto. Mas tinha de ser a polícia norte-americana. Aqui, no país da impunidade, seguiria aproveitando sua vida de corrupção." Ivo Herzog, entrevista exclusiva...




Existe no Brasil uma pessoa que teve uma sensação diferente ao saber da extradição de José Maria Marin aos Estados Unidos. E saber que corre o sério risco de morrer na cadeia como seu pai. Ela se chama Ivo Herzog. Ele é filho de Vladimir Herzog. Ele era diretor da TV Cultura em plena Ditadura Militar. Marin era deputado estadual pela Arena, partido que sustentava a Ditadura Militar. No dia 7 de outubro de 1975, ele fez um discurso na Assembléia Legislativa de São Paulo, acusando Herzog de ligações com o Partido Comunista Brasileiro. Foi sentença de morte. 18 dias depois, Vladimir era assassinado. "Agentes do II Exército convocaram Vladimir para prestar depoimento sobre as ligações que ele mantinha com o Partido Comunista Brasileiro, partido que atuava na ilegalidade durante o regime militar. No dia seguinte, Herzog compareceu espontaneamente ao DOI-CODI. Ele ficou preso com mais dois jornalistas, George Benigno Jatahy Duque Estrada e Rodolfo Oswaldo Konder.[12] Pela manhã, Vlado negou qualquer ligação ao PCB. A partir daí, os outros dois jornalistas foram levados para um corredor, de onde puderam escutar uma ordem para que se trouxesse a máquina de choques elétricos. Para abafar o som da tortura, um rádio com som alto foi ligado. Posteriormente, Konder foi obrigado a assinar um documento no qual ele afirmava ter aliciado Vlado "para entrar no PCB e listava outras pessoas que integrariam o partido." Logo, Konder foi levado à tortura, e Vlado não mais foi visto com vida. "O Serviço Nacional de Informações recebeu uma mensagem em Brasília de que naquele dia 25 de outubro: "cerca de 15h, o jornalista Vladimir Herzog suicidou-se no DOI/CODI/II Exército". Na época, era comum que o governo militar divulgasse que as vítimas de suas torturas e assassinatos haviam perecido por "suicídio", fuga ou atropelamento, o que gerou comentários irônicos de que Herzog e outras vítimas haviam sido "suicidados" pela ditadura. O jornalista Elio Gaspari comenta que "suicídios desse tipo são possíveis, porém raros. No porão da ditadura, tornaram-se comuns, maioria até."

Conforme o Laudo de Encontro de Cadáver expedido pela Polícia Técnica de São Paulo, Herzog se enforcara com uma tira de pano - a "cinta do macacão que o preso usava" - amarrada a uma grade a 1,63 metro de altura. Ocorre que o macacão dos prisioneiros do DOI-CODI não tinha cinto, o qual era retirado, juntamente com os cordões dos sapatos, segundo a praxe naquele órgão.[13] No laudo, foram anexadas fotos que mostravam os pés do prisioneiro tocando o chão, com os joelhos fletidos - posição em que o enforcamento era impossível. Foi também constatada a existência de duas marcas no pescoço, típicas de estrangulamento." Esses são trechos do livro de Celso Miranda, Vladimir Herzog: Mataram o Vlado. Ivo tinha apenas nove anos na época. E seu pai foi assassinado com 38. As marcas da violenta morte marcaram sua vida. Não conseguiu fugir de uma fortíssima depressão que o acompanhou por "pelo menos 30 anos". Engenheiro naval, hoje atua como diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, que luta pelos direitos humanos. Ele falou com exclusividade ao blog sobre a extradição de Marin aos Estados Unidos. Do risco dele pegar 20 anos de cadeia por aceitar suborno, propina e lavagem de dinheiro. E poder morrer na cadeia como seu pai. Não assassinado. Mas já ter 83 anos e dificilmente suportar duas décadas trancafiado. Ivo, qual a sensação de saber que Marin será extraditado aos Estados Unidos? O sentimento é de justiça. Não de revanchismo. Mas traz um conforto. Ele é um bandido, uma pessoa nefasta que acreditava estar acima da lei. Sua prisão é simbólica. Sempre achei que, por ser muito bem relacionado e articulado, seria difícil qualquer coisa concreta ocorrer contra ele. Pelo menos não foi como o Ustra, que morreu. (Carlos Alberto Brilhante Ustra foi o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como torturador. Nos três anos e quatro meses em que comandou o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo, 502 pessoas teriam sido torturadas no local e 50, mortas pelo órgão.) O Marin está pagando em vida pelo mal que cometeu. Não só ao meu pai, mas a toda sociedade. Ele é uma pessoa nefasta.

Não é irônico que a punição venha justo pelo futebol? E não por sua vida política? Ele sempre foi corrupto, não importa onde estivesse. Mas o que me deixa frustrado é que foi a justiça norte-americana que o prendeu. Se dependesse do nosso país, ele ainda estaria mandando na CBF. Tinha de ser a polícia norte-americana. Aqui, no país da impunidade, ele seguiria aproveitando sua vida de corrupção. Me parece uma punição ao caráter de alguém que, há muitos anos, precisava ser extirpado da sociedade. Marin foi um entusiasta da ditadura, um governador corrupto (era vice de Paulo Maluf, mas em 1982 assumiu o governo de São Paulo porque Maluf renunciou para concorrer a deputado) e um dirigente corrupto. O que ele fez com o meu pai está dentro do contexto de atuação de um mau-caráter. Você imaginava que algum dia ele iria pagar por seus crimes? Não. Infelizmente tudo indica que não pagará por sua corrupção como político brasileiro. Por ter provocado a morte do meu pai. Mas por seu caráter, por roubar. Só que eu preciso destacar que, pelo que li, está negociando sua prisão domiciliar até o julgamento. Ele estaria disposto a pagar R$ 40 milhões de fiança. Mas eu pergunto: de onde vem esse dinheiro? Como um cidadão dessa espécie tem R$ 40 milhões? E ainda vai esperar o julgamento em um apartamento de alto luxo nos Estados Unidos? Isso é revoltante. Está mais do que claro que esse dinheiro ele acumulou na sua vida com as ligações nefastas que sempre cultuou. Só que serve como compensação para quem sempre pensou que estava acima do bem e do mal.

Você acha que os políticos brasileiros ficam desmoralizados com sua prisão? E que o mundo saberá o tipo de gente que dominava o país durante a Ditadura? Infelizmente, não. O que chamará a atenção será o dirigente esportivo corrupto que o Marin é. O mundo não saberá que político criminoso, sem caráter, indigno que foi governador de São Paulo. Uma pessoa desonesta no sentido mais amplo da palavra. E que se aproveitou do poder para enriquecer, se aliar a torturadores, assassinos. Ninguém saberá que o Marin é o pior tipo de pessoa que se possa imaginar. Mas o que importa é que a punição chegou. Pelas mãos dos americanos. E pelo futebol. É interessante Marin ser preso e o padrinho político dele, o (deputado federal Paulo) Maluf estar livre, mesmo sendo procurado pela Interpol fora do Brasil. Só aqui ele não é acusado de nenhum crime, então é parecido. Fico satisfeito porque Mari sempre tinha se safado. Ele tem 83 anos. Se pegar 20 anos de cadeia, dificilmente sairá vivo. Não é irônico, já que ele provocou a morte do seu pai, também poder morrer em uma prisão? Olha, eu tenho de lembrar que ainda haverá o julgamento. E esse tipo de gente tem acesso a muito dinheiro. É preciso esperar. Aprendi a muito tempo a não me iludir. Mas hoje estou mais confortável com essa extradição. O Brasil é o país da impunidade. Se ele estivesse por aqui estaria aproveitando do que roubou. Mas chegaram os americanos e mostraram que lugar de gente sem caráter, desonesta, corrupta é na cadeia. Pena que o Brasil não tenha capacidade de lidar com pessoas desse tipo. Gente que serviu a Ditadura. Colaborou com prisões, torturas, assassinatos. José Maria Marin é um criminoso da pior espécie. Mas que virou governador de São Paulo e presidente da CBF neste país...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

"Esse sujeito (Walter Feldman, secretário da CBF) pode dormir tranquilo, coitado. Não bato em mulher, criança e nem em homem daquele tamanho. Só aviso a ele : a Copa Sul-Minas-Rio sai de qualquer jeito." Alexandre Kalil, CEO da Primeira Liga. Entrevista exclusiva...

"Esse sujeito (Walter Feldman, secretário da CBF) pode dormir tranquilo, coitado. Não bato em mulher, criança e nem em homem daquele tamanho. Só aviso a ele : a Copa Sul-Minas-Rio sai de qualquer jeito." Alexandre Kalil, CEO da Primeira Liga. Entrevista exclusiva...




Grupo A. Flamengo, Atlético Mineiro, América Mineiro e Figueirense; Grupo B. Cruzeiro, Fluminense, Atlético Paranaense e Criciúma. Grupo C. Internacional, Grêmio, Coritiba e Avaí. Se classificam para as semifinais os primeiros de cada grupo. E o melhor segundo colocado. Semifinais: 23 e 24 de março. Final: 31 de março. Abaixo os jogos da primeira fase da Copa Sul-Minas-Rio. 27/1 Atlético-MG x Flamengo
27/1 Criciúma x Cruzeiro
27/1 Fluminense x Atlético-PR 28/1 América-MG x Figueirense
28/1 Avaí x Grêmio
28/1 Internacional x Coritiba 17/2 Grêmio x Coritiba
17/2 Figueirense x Atlético-MG
17/2 Cruzeiro x Fluminense 18/2 Flamengo x América-MG
18/2 Atlético-PR x Criciúma
18/2 Internacional x Avaí 9/3 Atlético-MG x América-MG
9/3 Flamengo x Figueirense
9/3 Grêmio x Internacional 10/3 Cruzeiro x Atlético-PR
10/3 Fluminense x Criciúma
10/3 Coritiba x Avaí

Bastou a tabela da competição ser divulgada e a CBF tremeu. Percebeu que a Primeira Liga era para valer. E a competição sairá em 2016. A bênção de Marco Polo del Nero é absolutamente dispensável. O torneio legalmente é amistoso. Não está dá a classificação a nenhum outro. Os clubes não vão abandonar seus estaduais. Agora, jogar com seus principais jogadores é outra história. Portanto, não há nada que a CBF possa fazer para barrar a competição. Mas os presidentes das Federações e Marco Polo estão longe de ser ingênuos. Sabem que "a serpente saiu do ovo". Ou seja, os clubes acordaram. Perceberam que não precisam das Federações e mesmo da CBF para nada. Para mostrar autoridade, foi convocada uma assembléia em tom de urgência. Nela, a CBF que não iria autorizar "de jeito nenhum" a competição, voltou atrás. Mas avisando que imporia condições. A reivindicação inicial. A alteração na primeira rodada. Janeiro é reservado à pré-temporada. Não há como acontecer jogos nos dias 27 e 28, as duas primeiras rodadas. Marco Polo não quer convites. Mas méritos técnicos. O exemplo. A Chapecoense está na frente do Criciúma no ranking da CBF. A terceira, que a tabela respeite 60 horas de descanso, exigido para os jogadores profissionais brasileiros. O quarto e maior desejo da CBF é o afastamento de Alexandre Kalil. O ex-presidente do Atlético Mineiro é o principal executivo, o CEO da Liga. Muito além de ser o mais radical dos dirigentes a exigir a realização da competição, ele teve um sério desentendimento pessoal com o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.

Kalil tem a certeza que Feldman espalhou para a imprensa que seu filho, João participou da reunião entre a liga e a CBF. Além dele, estava o filho do ministro da Comunicação Social de Dilma, Edinho Silva, Pedro Martins. A CBF mandou emissários avisarem que não aceitará que Kalil represente a Primeira Liga. O blog teve a confirmação que ele não é bem-vindo no prédio da CBF. Marco Polo e Feldman só aceitam falar com o presidente do Cruzeiro e presidente da liga, Gilvan Tavares. Ele é considerado pela cúpula da CBF como muito mais "respeitoso" e menos "bélico" que Kalil. Ninguém melhor do que Alexandre Kalil para explicar como está toda a situação. Em entrevista exclusiva ao blog, ele deixa bem claro. Derruba os argumentos da CBF, revela que quis abandonar o cargo de executivo da Primeira Liga, mas os presidentes não aceitaram sua renúncia. Avisa, inclusive, que a assembléia extraordinária para discutir a Liga foi ilegal. Fortalecido, estimulado, garante que a competição entrará de vez no calendário do futebol brasileiro, a CBF querendo ou não. E manda um recado tranquilizador a Walter Feldman. "Esse sujeito pode dormir tranquilo, coitado. Não precisa se esconder de mim, não. Não bato em mulher, criança e nem em homem daquele tamanho." Kalil, vamos direto aos pontos principais. Você não é mais o CEO, o representante da Liga? Eu nunca estive tão forte. Eu quero tanto que o futebol brasileiro mude, já que os clubes estão morrendo, que na sexta-feira falei que iria embora. Não queria ser o responsável pela Liga não sair. Só que os clubes se juntaram e não aceitaram a minha demissão de jeito nenhum. Disseram que eu seria o responsável pela liga de qualquer maneira. O apoio foi imenso. Senti o quanto confiam em mim. E vou seguir a minha missão. Transformar a Liga no melhor torneio possível. O mais rentável. Precisávamos de um torneio de tanta representatividade e lucrativo no início do ano. E ele foi criado sem alterar o calendário do futebol no país. Não voltaremos atrás de jeito algum. Como tive o aval dos clubes, aviso: quem negocia pela Liga sou eu. Há alguns questionamentos fundamentais. Os clubes participantes vão jogar os Estaduais com jogadores sub-23 ou com reservas? Eu posso garantir que os de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, não. Dá para conciliar. Sei que a dúvida principal é em relação aos cariocas, os do Flamengo e do Fluminense. Acredito que vão jogar o Estadual do Rio com sub-23. Aliás, já fariam isso de qualquer maneira. Mesmo se não existisse a Liga. É uma decisão fechada deles. A nossa intenção não é destruir os Estaduais. É construir. Ter uma outra fonte de renda no primeiro semestre.

Vocês não chamaram os clubes paulistas? Por quê? Vou colocar de maneira clara, como eu sou. Não chamamos ninguém para a Liga. Veio quem quis. Talvez eles estejam felizes com que o recebam da televisão nos estaduais. O Santos por exemplo, recebe R$ 23 milhões. O Internacional, R$ 7 milhões. O Atlético Mineiro, R$7 milhões. Como é que vão montar grandes times? Pagar em dia? É preciso arrecadar muito mais. Por isso a Liga. Se os paulistas estão satisfeitos com seu calendário, tudo bem. Vamos agora às imposições da CBF. A anulação da primeira rodada, já que acontece na pré-temporada. A segunda, a inclusão da Chapecoense e não do Criciúma no torneio. O descanso de 60 horas dos atletas... Vou colocar as coisas nos seus devidos lugares. Primeiro, a assembléia extraordinária da CBF foi ilegal. Foi contra a lei do Profut. Além das Federações, 40 clubes deveriam ser convocados, os da Série A e Série B. Tudo que eles falaram não tem validade alguma. Mas vamos lá. Não se joga futebol nas férias. Mas na pré-temporada sim. São torneios e amistosos. A Copa será mais um deles. Não há problema algum. Quanto à Chapecoense ou Criciúma, vamos respeitar o ranking da própria CBF. Se ele for divulgado em dezembro, nós respeitaremos o deste ano. Se não for, vale o do ano passado. E agora o mais absurdo é a CBF exigir as 60 horas de intervalo entre as partidas. A própria CBF não respeita. Basta ver a tabela das Eliminatórias, com jogos no dia seguinte. O Tardelli cansou de jogar pela Seleção e jogar pelo Atlético Mineiro no dia seguinte. A CBF e nem ninguém pode cobrar essas 60 horas entre uma partida e outra. Porque a principal entidade do futebol no país não respeita.

Vocês já venderam o direito de transmissão para a Globo? Não. Estamos abertos para negociação com todas as televisões interessadas. Todas. Quem pagar mais, leva. Simples e sem frescura. Não temos comprometimento com ninguém. Aqui é relação comercial, profissional. Vocês vão usar os árbitros da CBF? Não temos a menor preocupação com isso. Se houver restrição, traremos do Exterior. E os filiaremos em qualquer federação. Os jogos vão acontecer. Não há volta. Vocês querem o fim da CBF, das Federações, dos Estaduais?

Cosme, serei direto. Ninguém precisa ficar com medo. Não queremos destruir ninguém. Os clubes estão morrendo. Precisamos de dinheiro para sobreviver. Continuar com elencos fortes, pagando em dia, levando a torcida aos estádios. Para isso é preciso buscar novas fórmulas. Não é preciso destruir nada. CBF, federações que continuem trabalhando. O que aconteceu é que os clubes acordaram. Podem também trabalhar juntos para se fortalecer. Sem destruir ninguém, repito a todo instante. Ninguém fará intrigas com a CBF ou com as federações. Mas os clubes vão atrás de fórmulas que sejam lucrativas.


Soube que você está proibido de pisar na CBF. Marco Polo e Walter Feldman não o querem mais negociando em nome da Primeira Liga.

Ninguém pode me proibir de entrar na CBF. Eu sou o representante da Liga. Tenho o aval de todos os clubes. Quem não se sente bem, quem não quer pisar lá, sou eu. Mas se precisar, vou sem problema. Os clubes querem que eu siga como principal executivo. E acabou. Ninguém vai me tirar. O aviso fica para aquele novato que nem quero falar o nome.

Você está se referindo ao secretário Walter Feldman. Depois da troca de farpas entre vocês, soube que ele está preocupado, com medo de encontrar pessoalmente. Tem receio que você possa bater nele.

Vou colocar as coisas com muita calma, Cosme. Primeiro, ele é uma víbora, uma cobra. Para tentar me desestabilizar, me desmoralizar falou que o meu filho trabalha na Liga, disse sobre nepotismo. Isso foi ridículo. Falou sem saber. Meu filho não ganha um tostão. Aliás, ninguém que trabalha na Liga recebe. Só eu, que sou o CEO. Mas ainda não recebi e nem sei meu salário. Não iria perdoar um sujeito que é capaz de colocar a minha família no meio de uma discussão de futebol.Ainda mais mentindo, falando o que não sabe. Meu filho não ganha um tostão da Liga e nem vai ganhar. Só que, com a minha família, ninguém mexe.

Mas você vai bater no Walter Feldman quando o encontrar?

Não. Não preciso me rebaixar desse jeito. Cosme, eu sou um demônio. Levantei taças e mais taças com o meu clube. Sofri, chorei, perdi, ganhei. Me virei, fiz o diabo para pagar folha de pagamento. Sou um homem do futebol. Não um aventureiro qualquer. Um novato. Mas vou fazer um favor a ele. Esse sujeito pode dormir tranquilo, coitado. Não precisa se esconder de mim, não. Não bato em mulher, criança e nem em homem daquele tamanho. Só aviso a ele que a Liga sairá de qualquer jeito. E quem negocia pela Liga sou eu...



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Beckham pode agitar Mercado da Bola!

Beckham pode agitar Mercado da Bola!



Olá galera. Não, o Beckham não está de volta aos campos de futebol. O inglês, que foi muito bom de bola, será dono de um time em Miami (ainda sem nome), e pensa em contratar Ibrahimovic para atuar na equipe. O craque sueco ficou seduzido pelo projeto, e é boa a possibilidade do negócio acontecer. Como ele atua no poderoso Paris Saint Germain, o time francês deverá ir ao mercado, caso sua saída se concretize.

Já há três nomes em pauta. O problema é que eles são destaques onde jogam. Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Lewandowski (Bayern de Munique) e Neymar (Barcelona). O PSG sabe que não encontrará facilidade. Beckham e Ibrahimovic já foram companheiros no próprio Paris Saint Germain, no ano de 2013. Agora não adianta especular, pois não sabemos se os jogadores pretendidos teriam o interesse de sair de onde estão. O melhor é esperar pra ver. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

Falcão ou Cuca como novo treinador. Analisar volta de Lugano, buscar goleiro veterano, como Jefferson. Adeus a Ceni, Pato e Luís Fabiano. Diminuir a dívida de R$ 300 milhões. Abafar escândalos de Aidar. O esboço do São Paulo de Leco...

Falcão ou Cuca como novo treinador. Analisar volta de Lugano, buscar goleiro veterano, como Jefferson. Adeus a Ceni, Pato e Luís Fabiano. Diminuir a dívida de R$ 300 milhões. Abafar escândalos de Aidar. O esboço do São Paulo de Leco...




Apenas 193 pessoas tiveram direito a definir o destino do São Paulo. O clube não é democrático como outros grandes do futebol brasileiro. Elitista, restringe a votação aos conselheiros. Sócios seguem impossibilitados de votar. Na eleição de ontem, Carlos Augusto Barros e Silva venceu com facilidade Newton Ferreira. 138 a 36. 19 conselheiros fizeram questão de votar em branco. Apoiado pelo grupo que elegeu Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar, Leco fará o que o blog havia antecipado. Manterá todas as inúmeras denúncias que fizeram Aidar renunciar dentro do clube. Serão abafadas. Não virarão caso de polícia, mesmo se forem constatadas que prejudicaram financeiramente o São Paulo, como o caso Iago Maidana. Outro caso suspeito, Leco já avisava a conselheiros que estava enterrado. E de maneira mais do que estranha. O empresário Jack Banafsheha, proprietário da empresa Far East, é muito "bonzinho". Decidiu abrir mão, perdoar, doar ao São Paulo a comissão de R$ 18 milhões que teria direito pela chegada da Under Armour como substituta da Penalty, na confecção dos uniformes do clube. Jack "Tequila", como é chamado ironicamente por alguns conselheiros, desistiu em uma grande coincidência. Foi só o próprio Leco, quando era presidente do Conselho Deliberativo, anunciar a formação de comissão para investigar essa generosa comissão que seria paga ao empresário em Hong Kong. Aidar e o ex-vice de marketing e comunicação Douglas Schwartzmann eram pressionados para explicar porque pagaram tanto dinheiro. Com o clube não tendo de repassar esses R$ 18 milhões, a comissão deixou de existir. Aidar e Schwartzmann não terão de explicar nada. A postura "pacificadora" de Leco seguirá. Uma das principais atitudes que tomou ontem ao ser eleito foi avisar que recebeu finalmente a fita que Ataíde Gil Guerreiro gravou. Ela conteria a confissão de Aidar de várias irregularidades. Inclusive o oferecimento do ex-presidente para a divisão da comissão do jogador Gustavo da Portuguesa. Essa é a denúncia mais grave.

Como o blog antecipou, Aidar confirmou ao Estado de S. Paulo que, na verdade, teria sido uma maneira para oferecer dinheiro do próprio bolso a Ataíde. "Eu ia ajudar um amigo que, aos 70 anos, está em uma situação desconfortável. Ia ajudar do meu próprio bolso. Mas arrumei uma história para não deixar o Ataíde constrangido, para não parecer que era uma coisa pessoal, de doação. "Inventei que vou arrumar alguém para comprar, receberia em forma de honorários. Falei para ele que "isso não precisaria ser no meu escritório. Tenho outra empresa chamada Aidar Participações que é de uma das minhas filhas. (...)"No querer ajudar, acabei me entregando e me machucando." Para Leco está tudo resolvido. O São Paulo apenas pagará multa de R$ 100 mil na absurda contratação de Iago Maidana. Não importa se o clube teve de pagar R$ 2 milhões por 60% de um atleta que dois dias antes custava R$ 800 mil, antes de ser adquirido por uma intermediária, a Itaquerão Soccer, e repassado ao Monte Cristo, time da Terceira Divisão goiana. O R$ 1,2 milhões a mais são absorvidos pelo clube. O STJD não proibiu as contratações em 2016, como recomenda a Fifa. E "bola para frente". O dirigente já avisou que este assunto está morto para a imprensa. Será resolvido internamente.

Assim como a comissão da Under Armour, doada por "Jack Tequila". E do oferecimento de dinheiro, em forma de comissão, de Aidar a Ataíde. Por mais inverossímeis, quase impossíveis de acreditar, serão aceitas. Para a tal "pacificação" do São Paulo. Inclusive barrando o desejo de inúmeros conselheiros, a expulsão de Aidar do clube. O dirigente acredita ser um desgaste desnecessário. Ele já tem a palavra do ex-presidente que ele não irá frequentar o Morumbi. Para o novo presidente, aliado politicamente de Juvenal e do próprio Aidar, isso já basta. Leco vai manter Ataíde Gil Guerreiro na condução do futebol do clube. Mas o presidente quer efetivar a profissionalização na administração. Com pessoas exercendo cargos remunerados. Agora o assunto que o torcedor são paulino se interessa. Técnico. Na eleição de ontem ficou claro que ninguém apoia a permanência de Doriva para 2016. Só se ele conseguir o que muitos no Morumbi chamam de "milagre". A classificação para a Libertadores do próximo ano. O caminho não interessa. Reverter a desvantagem da derrota por 3 a 1 diante do Santos, hoje na Vila Belmiro. Classificar o time para a final da Copa do Brasil. Ou então dar uma arrancada nos seis últimos jogos do Brasileiro e fazer a equipe chegar pelo menos em quarto lugar. A cúpula do clube mantém o discurso que Doriva ficará de qualquer maneira. Mas nem o técnico acredita. Conselheiros ligados a Leco sabem que ele deseja um treinador vivido, de renome, para comandar o São Paulo. Ele segue rejeitando a pressão para o retorno de Muricy Ramalho, com quem se desentendeu em 2009. Cuca é um dos nomes que mais o estimula. Foi o último treinador brasileiro campeão da Libertadores da América, em 2013, com o Atlético Mineiro. Trabalhou no clube em 2004. Está na China, no Shandong Luneng.

Além dele, Leco vê com satisfação a volta por cima de Paulo Roberto Falcão. O ex-jogador que atuou no Morumbi, entre 1985 e 1986, é muito mais fácil e barato. Ele está fazendo ótimo trabalho no Sport. Seu refinamento, sua postura elegante, falar italiano e inglês, também conta. Teria o "perfil" refinado que tanto agrada ao presidente. Junta o atributo que o fez colocar Ricardo Gomes no Morumbi, no lugar de Muricy, em 2009. Leco sabe que as dívidas herdadas por Aidar chegam a quase R$ 300 milhões. O Itaú BBA, uma das principais consultorias do mercado, garantiu que, em setembro, batia nos R$ 272 milhões. A projeção era que em dezembro chegasse à casa das três centenas de milhões de reais, a maior da história do São Paulo. Por isso, a compra de Alexandre Pato está descartada. Ataíde Gil Guerreiro tem a missão de acionar empresários para buscarem jogadores importantes, em final de contrato para o clube. Mesmo veteranos. A lição de Ricardo Oliveira ainda dói. Ele estava na mão, mas Aidar não quis. Conselheiros insistem em Lugano, que fará 35 anos no dia 2 de novembro, é um nome constantemente pedido. Ataíde é contra. Leco, nem tanto.

O clube vai buscar no mercado um novo líder para o lugar de Rogério Ceni. Nem pensar em novo adiamento de sua aposentadoria. Não está descartada a possibilidade que ele seja outro goleiro vivido. Alguém com o perfil de Jefferson do Botafogo, Diego Cavalieri, do Fluminense, Victor, Atlético Mineiro. Ex-vice de futebol, Leco sabe da importância de um time forte para que não haja problemas administrativos. Além disso, não há interesse algum na renovação de Luís Fabiano. O presidente quer que o marketing consiga, por uma "questão de honra", novo patrocinador master. Há um ano de três meses nenhum empresa paga para colocar seu nome na camisa do São Paulo. É um fracasso que Leco não aceita. Ele está aberto para a ajuda do empresário Abílio Diniz. O novo presidente do São Paulo até fevereiro de 2017 é elitista. E quer de qualquer maneira acabar com o vazamento de escândalos do clube para a imprensa. Quem fizer parte da diretoria tem esse aviso. Se as notícias desfavoráveis chegarem aos jornalistas, como acontecia nos tempos de Aidar, ele tirará do cargo quem for o responsável pelo "vazamento". Seja quem for. Quanto a Carlos Miguel Aidar, a ordem do novo presidente é esquecê-lo. Não o expulsar. Mas não permitir que tenha a menor influência no clube...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O STJD presta um desserviço ao futebol brasileiro. Lava as mãos diante do caso Iago Maidana. O São Paulo comemora. Esperava ser proibido de contratar em 2016. Recebeu multa insignificante. Agora há a certeza que tudo será esquecido...

O STJD presta um desserviço ao futebol brasileiro. Lava as mãos diante do caso Iago Maidana. O São Paulo comemora. Esperava ser proibido de contratar em 2016. Recebeu multa insignificante. Agora há a certeza que tudo será esquecido...




Outra vez o Superior Tribunal de Justiça Desportiva prestou um imenso desserviço ao futebol deste país. Até mesmo a diretoria do São Paulo estava esperando uma pena muito pesada. O caso era claro demais. A contratação de Iago Maidana é algo inaceitável. A legislação foi desrespeitada sem contestação. E envolvendo uma jogador da Seleção Brasileira de base. O jogador pertencia ao Criciúma. Tinha multa rescisória de R$ 50 mil. Mas empresários do ramo de bebidas, donos de uma distribuidora, a Itaquerão Soccer, assumiram que compraram o jogador por R$ 800 mil. O registraram no Monte Cristo, clube da Terceira Divisão de Goiás. E dois dias depois, menos de 48 horas, venderam 60% dos direitos econômicos do jogador de 19 anos. A Fifa proíbe desde maio a participação de intermediários na compra de atletas. A negociação aconteceu em setembro. Os donos da Itaquerão Soccer assumiram ao jornal Lance! terem comprado Iago. A empresa foi aberta um mês antes da transação. Advogados especializados em transações financeiras acreditam que a abertura aconteceu só para ser efetuado o lucrativo negócio. Quem não gostaria de ganhar R$ 1,2 milhão em dois dias? Por que o São Paulo não comprou o atleta diretamente e deu essa quantia exorbitante ao intermediário? É um problema vergonhoso do clube. Mas a transação é responsabilidade da CBF, do STJD. Depois de três horas, qual foi a salomônica decisão? Que nem os advogados dos São Paulo esperavam? Multas insignificantes. Uma simples multa de R$ 100 mil para o clube paulista, mais R$ 100 mil ao Criciúma, R$ 100 mil ao Monte Cristo. E mais R$ 10 mil a Iago. O STJD alegou que não tem competência para julgar o artigo 13 do Regulamento Nacional de Transferências. Qual é este artigo? Aqui está. Art. 13 – Constitui obrigação dos jogadores e dos clubes fornecer à CBF, a cada operação realizada, todas as informações correspondentes às remunerações ou pagamentos de qualquer natureza que foram feitos ou que serão efetuados ao Intermediário, especificando datas, valores e condições de pagamento. § 1º – Havendo solicitação de órgãos competentes, associações nacionais, confederações ou da FIFA, os jogadores
e clubes obrigam-se a entregar, para fns de investigação, todos os contratos, acordos e registros relacionados
às atividades desenvolvidas por seus Intermediários com base neste Regulamento. § 2º – Os jogadores e clubes que utilizem serviços de Intermediário devem sempre formar acordo escrito com o objetivo de garantir a transparência, assegurando-se de que eventuais cláusulas de confidencialidade ou obstáculos
que impeçam a divulgação da informação e documentação pertinentes valem para terceiros, porém não podem
ser opostas à CBF e à FIFA. Os juristas vividos do STJD resolveram lavar as mãos. Poderiam dar uma punição exemplar. A participação proibida do intermediário é assumida. Os clubes poderiam ser proibidos de contratar atletas por até dois anos. Se houvesse algo parecido seria um marco. No Brasil a participação de intermediários continua sendo feita de maneira disfarçada. Todos sabem. Eles usam clubes pequenos que ficam à disposição. Ganhando apenas uma comissão.

Uma distribuidora de bebidas compra atleta de Seleção Brasileira, tem um lucro fabuloso e todos fingem não enxergar? O dono da empresa é Agnaldo Julio de Queiroz Crussi. Ele é operador de telemarketing. Sua sócia é Andreia Macedo Marques Os dois foram registrados como donos da empresa. Cada um com participação de R$ 250 mil. Tudo muito estranho. A empresa, vale a pena repetir, foi criada 30 dias antes da compra de Iago. O grande São Paulo vai comprar um jogador de uma equipe da Terceira Divisão de Goiás, perde dinheiro, quando poderia adquirir diretamente do Criciúma? A sensação é de tapa na cara para quem tem dois neurônios. O STJD repassou a situação ao Comitê de Resolução de Litígios da CBF. Não há data e nem os juristas que irão decidir o caso. A expectativa é que aconteça só no próximo ano. Quando o caso estiver quase esquecido. O novo elenco estiver montado. E nada impede, por exemplo, de o São Paulo vender o zagueiro. E pronto. Aí que o processo é esquecido. A decisão foi frustrante para quem espera o mínimo de coerência na justiça esportiva deste país. A força política do São Paulo pesou? Fossem o Olaria ou o Ypiranga de Macapá, o resultado seria o mesmo? É marcante a resposta dada ao ex-presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, dada ao Estado de S. Paulo. Ele foi perguntado sobre quem foi que fechou a transação de Iago Maidana. A resposta é lapidar. "Não sei."

O clube gasta R$ 2 milhões com um jogador, o presidente assina a liberação do dinheiro e diz que não sabe quem o contratou. A postura é como se idiotas estivessem lendo a entrevista. Como deixou escapar o auditor Washington Rodrigues de Oliveira no julgamento de ontem. Mostrou sua erudição ao citar Willian Shakespeare. "Há algo de podre no reino da Dinamarca." O cheiro de podridão nesta transação é algo repugnante. Assim como a postura do STJD. Homens instruídos e alfabetizados sabem que poderiam usar o artigo 34 do Regulamento de Intermediários da CBF. E com rigor, diante da inaceitável transação. Serviria como aviso a outros clubes interessados em burlar a lei. Art. 34 – O clube infrator de normas deste Regulamento
submete-se à aplicação das seguintes sanções, de forma
separada ou cumulativa:
I) advertência; II) multa; III) suspensão de registros de novos jogadores por
até 1 (um) ou 2 (dois) períodos anuais ou janelas de registros; IV) dedução de pontos; V) rebaixamento para divisão imediatamente inferior a que estiver disputando quando do trânsito em julgado da decisão. Está tudo lá, bastava ler e ter consciência na hora de votar. O departamento jurídico do São Paulo não assumirá publicamente. Mas esperava que o clube fosse proibido por um ano de fazer novas contratações. Era a informação que chegou ao presidente interino Carlos Augusto Barros e Silva. Mas quando os auditores lavaram a mão ao caso, se assumiram incompetentes para julgar o artigo 13 do Regulamento Nacional de Transferências, houve enorme alívio no Morumbi. O caso Iago Maidana passará a ser tratado como morto, resolvido. No São Paulo se acredita que será mera formalidade burocrática ao ser analisado pelo Comitê de Resolução de Litígios da CBF. Já deverá ser depois de janeiro. Quando a questão estará esquecida. E o clube ter feito todas as contratações para o primeiro semestre de 2016. Quanto ao estranho prejuízo, seguindo a filosofia de Leco, o clube assume e pronto. Não há satisfação externa a dar. Os envolvidos na transação já estão longe do Morumbi. Júnior Chávare, José Eduardo Chimello e Carlos Miguel Aidar. O clube absorve mais este escândalo. Se o STJD tivesse punido o São Paulo, a pressão para que tudo fosse resolvido publicamente seria imensa. Mas como apenas empurrou com a barriga, dando uma multa mínima, as decisões no Morumbi serão sem a menor transparência. Seja qual for o novo presidente. O que passou na administração passada, passou. Assim funciona o futebol brasileiro...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Ginástica brasileira conquista vaga inédita

Ginástica brasileira conquista vaga inédita



Olá galera. O Brasil terá pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, a equipe Masculina de Ginástica Artística. A inédita classificação se torna ainda mais especial pelo fato da próxima Olimpíada ser em casa. Mas nem todas as notícias do Mundial de Ginástica Artística, em Glasgow, são boas. Arthur Zanetti, principal ginasta brasileiro, ficou de fora da final nas Argolas, aparelho que é atual campeão olímpico e vice mundial. Zanetti demonstrou tristeza pela eliminação, mas ele sempre deixou claro que o objetivo principal era a conquista da vaga por equipes. Arthur Nory e Lucas Bitencourt, estão na decisão do individual geral. Nory também estará na final da Barra Fixa. Parabéns aos meninos pela inédita classificação. Vamos torcer para que eles se preparem bem e tenham uma ótima participação nas Olimpíadas do ano que vem. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

Zico foi muito ingênuo. Acabou fora da eleição para a Fifa. Abandonado por Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné Equatorial e Guiné Bissau. CBF não precisou dar seu fingido apoio à candidatura....

Zico foi muito ingênuo. Acabou fora da eleição para a Fifa. Abandonado por Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné Equatorial e Guiné Bissau. CBF não precisou dar seu fingido apoio à candidatura....




Desde os tempos de Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero é conhecido como uma pessoa vingativa. Ele não esquece as ofensas que recebe. Mas não compra as brigas diretamente. Com ofensas. Ele sabe manipular o poder que possui. Além de ter assistentes maquiavélicos, experientes, vividos. E a noite de ontem foi exultante para o presidente da CBF. Ele pôde economizar seu precioso voto na eleição da Fifa, marcada para o dia 26 de fevereiro. Como Marco Polo tinha a certeza que aconteceria, Zico não conseguiu se lançar como candidato. Para tentar ser o sucessor de Blatter, era necessário a pessoa ter ao menos o apoio de cinco países. Ele deveria ser por escrito. Em uma carta enviada à entidade. Depois de inúmeras viagens pelo mundo, o maior jogador da história do Flamengo estava animado. Tinha o apoio de países sem representatividade no futebol. Mas se confirmassem seus votos, Zico poderia brigar na eleição. Eram eles Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné Equatorial e Guiné Bissau. Estava tudo combinado verbalmente. Fechados com esses cinco, Zico faria a CBF cumprir a sua promessa e apoiá-lo na eleição. Só que as federações de Angola e São Tomé e Príncipe mudaram de ideia. Chegaram à conclusão que o brasileiro não teria a menor condições de vencer. E abandonaram Zico. Moçambique e as duas Guinés também desistiram. Sem apoio algum, ele não poderia exigir que a CBF o apoiasse. Marco Polo havia proposto um acordo indecente. Se Zico tivesse o apoio de quatro países, o Brasileiro seria o quinto. Sem isso, nada feito. Marco Polo sabia que ele não teria respaldo. No mundo da Fifa, craques não têm prestígio para comandar o futebol. Burocratas e milionários com grande fonte de relacionamento são os favoritos.

"Não foi possível conseguir as cinco cartas para ter a candidatura. Conversei com diversas pessoas e pelo menos umas seis quase que garantiram isso. Mas hoje houve uma reviravolta na questão da Uefa e não vejo que nada pode mudar. Principalmente por aqueles que lá vão estar, não vejo esperanças de que vai vir uma coisa nova. Lamento tudo isso que vem acontecendo. Pelo menos demos nosso recado e mostramos o que precisa ter para clarear", Zico usou um programa de rádio para confirmar que está fora da eleição. Os candidatos. Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa; o príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia; o francês Jerome Champagne; o ex-jogador David Nakhid, de Trinidad e Tobago; o sul-africano Tokyo Sexwade; o liberiano Musa Bility; e Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol. Gianni Infantino é o favorito. Substituiu ontem Michel Platini. O francês, presidente da Uefa, resolveu desistir. Ele está envolvido na acusação de haver recebido 2 milhões de euros, cerca de R$ 8,6 milhões, para não concorrer com Blatter nas eleições da Fifa, em maio passado. Foi suspenso pelo Comitê de Ética por 90 dias. Daria tempo para ainda disputar o cargo. Mas muitos jornalistas europeus garantem que se Gianni foi indicado para ser apenas "testa de ferro" do próprio Platini. "Quando Zico anunciou sua candidatura, disse que era uma boa opção, mas acredito que não está pronto. O que é certo é que não está corrompido e por isso meu voto é dele. Mas não terá nenhuma chance, a CBF não o apoia." O resumo é o senador Romário. Ele enxergou bem a situação. Zico sempre foi um crítico ferrenho da CBF. Principalmente depois que foi coordenador da Seleção em 1998. Atacou Ricardo Teixeira. Depois Marin. E finalmente Marco Polo del Nero.

"O ponto é que o futebol brasileiro hoje vive uma lacuna de comando e se desvia o foco com muita facilidade. Após a eliminação trágica na Copa do Mundo no ano passado, a CBF se apressou em dar uma resposta. Vale lembrar que o presidente da entidade na ocasião está preso na Suíça atualmente. E a estruturação começou por um coordenador de seleções que era empresário até o dia anterior. "O que tenho é o incomodo com a presença de um ex-empresário no comando das seleções e a percepção de que a nossa equipe principal entra em campo com jogadores jovens que se valorizam rapidamente e nem sempre atuam em campeonatos competitivos. E um treinador obcecado com a geração de 82.." As críticas foram em carta aberta de Zico, publicada pela imprensa. No dia dois de julho. Lógico que suas palavras repercutiram internacionalmente. Mas 28 dias depois, Zico estava na sede da CBF pedindo o apoio de Maro Polo. Assessores mostraram ao vingativo Marco Polo o que fazer. Ele seguiu fielmente os conselhos. Disse que apoiaria Zico, se ele conseguisse o apoio de quatro outros países. Zico quis fazer do Brasil, o primeiro a declarar o voto na sua candidatura. Ganhou um sonoro não. Zico foi ingênuo. Apenas desgastou sua imagem à toa. Faltou visão em analisar o terrível quadro das eleições na Fifa. Sem patrimônio altíssimo ou ligação de anos e anos com dirigentes, o ex-jogador perdeu tempo. "A gente fez durante a nossa carreira uma vida de credibilidade e honestidade, que a gente queria levar para o futebol. Fico muito feliz por poder ter visto uma campanha neste sentido e torcer que para aqueles que estão lá com uma responsabilidade possam olhar para o futebol com amor e paixão e não com o olhar de dinheiro no bolso."

Zico continuará sua carreira como técnico do FC Goa, na Índia. Seu sonho de comandar o futebol no mundo não deu em nada. Em 209 federações, não conseguiu cinco. Enquanto Zico absorve a derrota. Marco Polo comemora. O plano deu certo. Ele nunca apoiaria de verdade alguém que o criticou. Zico percebeu da pior maneira possível. A política esportiva é comparável à de Brasília. Não há lugar para ingênuos. Infelizmente, não há outro adjetivo. Zico foi muito ingênuo. E está fora das eleições para a Fifa....





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli